segunda-feira, maio 31, 2004

Celebridade imatura

Não, eu não estou inventando.
Juliana Paes declarou em entrevista a Veja essa semana:

Veja- Há estudos sérios que afirmam que em muitas coisas a mulher de hoje se comporta como suas avós: finge orgasmos, quer casar e ter filhos. Você se enquadra nesse perfil?
Juliana - Acho que sim. Qual o problema de fingir um orgasminho para agradar a seu parceiro? Eu não sou nada feminista. Ao contrário. Acho que mulher dirige pior, que homem tem de abrir a porta do carro, que mulher é sexo frágil.


Uau! Que mulher! Olha que tem que ser muito macho pra assumir que finge orgasmo e sonha em casar nesse mundinho de merda em que as pessoas acham que ser respeitada como mulher é virar homem. Pois não é! Mulher é mulher e pronto. E faz a unha, e sabe fazer bolo, é delicada, vaidosa, tem TPM e chora por qualquer coisa. Essência feminina. E sei que vocês, palhaços, não entendem mesmo dessas coisas.
E isso não quer dizer que eu seja uma dona de casa babaca. Simplesmente acho um absurdo essas feministas malucas que acham que se libertam muito comemorando o 8 de março e queimando sutiã no meio da rua. Um desperdício. Um sutiã da nova coleção da DeMillus tá 79 reais! E é lindo! Não queimem, dêem pra mim!
Assumam, garotas: no fundo, todas vocês, assim como eu, estão esperando pelo Príncipe Encantado. E todas vocês, assim como eu, só encontram o Lobo Mau. É, a Síndrome da Cinderela tá aí. É a Mulher-Disney. E eu adoro os desenhos da Disney.
Não estou falando de revolução sexual. Dêem pra quem vocês quiserem. Claro que acho um absurdo o Islã proibir as mulheres de fazerem tudo. Brigo pela liberdade delas. Mas isso é brigar pelos Direitos Humanos, e não pelo Feminismo. Discordo de mulheres que ganham menos que homens mesmo trabalham muito mais. Acho que o marido tem a obrigação de dividir o serviço da casa e a criação dos filhos. Só quero dizer que as feministas são machistas até o último fio de cabelo. E o fato de eu querer que os homens me respeitem não quer dizer que eu vá deixar de freqüentar o cabeleireiro e a depilação. Coisa de mulherzinha mesmo. Coisas essas que eu adoro.
Ponto pra Juliana Paes. Imatura até o último buraquinho de celulite. Pra ficar como eu só falta perder um pouco de bunda...

sexta-feira, maio 28, 2004

Série Grandes Momentos

Um é pouco
Dois é bom
Três... é demais!

GRANDES MOMENTOS DE KAREN MÜLLER - Capítulo III

" Karen- Rafael, você tá sabendo da greve? Você quer esse folheto aqui falando sobre isso?
Rafael - Ah, Karen, eu...
Karen- Ah, então, devolve, que nem adianta te entregar isso... " Sem comentários.

" Ah, Rafael, nada acontece por acaso, entende? " dando uma de Mestre dos Magos, após saber do término de ´Dias Felizes´, um dia depois da dupla não conseguir se apresentar na aula dela por falta de tempo

" Porque você tem uma atenção, um trabalho de corpo, Fernanda, que eu acho que você devia ter formação em eutonia. E eu queria alguém pra ficar no meu lugar, sabe. Porque, gente, eu não vou ficar aqui pra sempre, entende? " convicta de que tudo que é bom dura pouco

" Gente, cadê maçã? Quero maçã, gente, não tem maçã, não? " no Dia dos Professores

" Andrea, fala mais devagar, querida! " durante o AIEST, porque, afinal, Karen Müller tem ironia afiada e bom humor!

E ATENÇÃO!!!! FONTES SEGURAS ME TRANSMITIRAM A PÉROLA MAIS RECENTE:

" Gente, porque o departamento é o Patinho Feio do Patinho Feio. E eu também quero meu dia de Cisne, entende?"

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Pessoas, por enquanto, os Grandes Momentos de Karen Müller esgotaram.
Se você tiver alguma pérola ainda não divulgada, por favor entre em contato comigo, terei muito prazer em passar adiante.
E aguardem, que em breve estarão publicados

GRANDES REDUNDÂNCIAS DE VENDRAMINI
GRANDES REVOLTAS DE HUMBERTO
GRANDES METÁFORAS DO SEU ORLANDO ( SIM, ELE, O PAI DO FREEEED, AVÔ DO VITOOOOR )
GRANDES PIADAS DE DEMARCHI
e por aí vai...

segunda-feira, maio 24, 2004

Eu resolvi revolucionar a minha maneira de pensar. Resolvi não julgar as pessoas por seus atos. Resolvi que ser diferente, agir diferente, pensar diferente, não faz a pessoa melhor ou pior do que eu. Resolvi me assumir como sou. Meus defeitos, meus problemas, minhas dificuldades. Tentei acabar com a hipocrisia e rompi com meus preconceitos. Procurei afastar minhas idéias repressoras e xiitas. Descobri que ser humano é errar, e acima de tudo assumir seus erros. E então tentei ser mais corajosa. Inovar, abusar, criar. Que cada um tem sua história e seus motivos. Dei espaço pra minha loucura. Resolvi não me prender a valores antigos, rompi meus limites, derrubei barreiras. Ao menos tentei. Me modifiquei. Mas o resto do mundo não fez isso. Agora a diferente sou eu. E eu descobri que estar do outro lado era menos digno mas muito mais confortável.

sexta-feira, maio 21, 2004

Che

Diários de Motocicleta.
Tudo de bom.
Faz você ver que o Che Guevara é muito mais que uma figurinha com boina de estrela estampada no bíquini da Gisele Bündchen. Ou um nome pixado nos muros de alguma faculdade da USP por algum bicho grilo pseudo-intelectual que se acha conhecedor da causa. E que a América do Sul é muito mais que o eixo USP-VILA FORMOSA. E que talvez você não faça tanto pelo mundo como você acredita que faz. E nem tenha tanta coragem como você acha que tem.
O filme é ótimo. A fotografia é linda. O ator mais ainda. Só pra não perder o comentário imaturo, com um Che daqueles até eu queria uma Revolução Comunista...

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Pensando por outro lado, se Che não tivesse morrido, será que hoje ele estaria igual ao Fidel? Que medo...

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No filme do Casseta e Planeta descobrem que Che não morreu. Ele na verdade está escondido, e faz fortuna produzindo e vendendo camisetas com sua foto.
Não vi o filme, li isso em algum lugar. Mas achei o máximo. De vez em quando os Cassetas dão uma dentro. Sem trocadilhos pândegos, por favor. Claro que não chega aos pés das piadas deles do tempo em que eram roteiristas do TV PIRATA. Isso sim era programa de humor. Ah, já não se fazem mais piadas pândegas como ultimamente...

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Já eu...

Vou-me embora para Pasárgada
Lá sou amiga do Rei
Lá terei um homem bonito
que não seja canalha ou gay.

domingo, maio 16, 2004

Acredite, se puder

No intervalo

G- Prof. Z., você vai começar a aula agora?
Z- Pretendia, por que?
G- A gente queria entrar na aula do J., e fazer uma performance.
Z- Performance?
G- É, coisa simples, a gente só vai entrar, arrancar a roupa dele e vir embora.
Z- Agora?
G- Sim.
Z- Tudo bem, podem ir lá que eu espero.

Depois da invasão

Z- Poxa vida, a gente ficou duas horas aquecendo a voz, e vocês gritam? Precisava gritar pra arrancar a roupa do J. ?
G- A gente tava treinando emissão.

No fim da aula de J.

I- Meu, o que foi aquela intervenção na nossa aula?
G- o que o J. disse?
I- Nada, ele só reclamou de cãibra.
G- Bem feito, ele não deixou a gente arrancar a cueca.

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No Rio Pequeno- Vila Madalena

G- Sabe que eu sempre tenho vontade de vir comer aqui?
V- Nossa, eu também.
G- Vai ver por isso somos amigos.
V- ( com espanto )Oi? Tudo bem?
G- Que foi?
V- Você não percebeu? O motorista passou a entrada.
G- Passou a entrada?
V- Claro, ele tinha que ter virado na rua do Compre Bem, e não nessa.
G- Que absurdo!
C- Ow, motorista, você nunca trabalhou nessa linha?
M- Não.
C- Você não sabe o caminho?
M- Não.
P- Pega um retorno. Volta pra praça. Dá a volta (...)

20 minutos depois

G- Sabe que eu sempre tenho vontade de vir comer aqui?
V- Eu também.
G- Vai ver por isso somos amigos.
V- Você já disse isso hoje.
G- Foi um déja vu.
V- Aqui, motorista. Vira nessa. Vira!
O ônibus todo- Vira! Vira! Vira! Vira! Vira!
( aplausos e comemorações )

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No terminal de ônibus do Metrô

G- Merda, o ônibus está saindo. Vou atravessar a Heitor e pego ele lá na frente.

No ponto de ônibus

G- Oi, o Rio Pequeno passa aqui?
S- Passa.
G- Obrigada.

No Rio Pequeno

G- Puxa, ele não deveria ter virado naquela rua de trás? Talvez ele pegue a próxima travessa.
G- Ou a próxima.
G- Ou a próxima.
G- Ou a próxima.

10 minutos depois

G- Por acaso, esse não é o Rio Pequeno que vai pra USP, é?
C- Não, você devia ter pego a outra linha.
G- E como eu faço pra ir pra USP?
C- Desce depois da ponte, em uns 15 minutos você chega no Portão 2. É meio longe.
G- Ok. Vou mesmo assim. Aí pego um Circular.

No celular

V- Fe, você tá chegando?
G- Tô a caminho.
V- Onde você tá?
G- Não faço a menor idéia.
V- Hein?
G- Eu peguei o ônibus errado. Acho que vou demorar um pouco.
V- Mas você não sabe nem onde tá?
G- Tô... passando por cima do Pinheiros.
V- Tá. Vem logo, que tô aqui sem nada pra fazer, por causa da paralização não tem nem biblioteca, nem NICA, nem Circular.

Na Avenida Jaguaré

G- Ok, desci, agora pego táxi porque entrar pelo portão 2, sem Circular, é procurar ser estuprada.
(...)
G- Ok, não tem ponto de táxi nessa avenida.

Na próxima esquina

G- Oi, você trabalha na CET, né?
E- Sim.
G- Como eu vou pra USP daqui?
E- Não faço idéia.
H- A USP é na próxima ponte. Pega o outro sentido da Marginal, é na próxima.Você tá de carro?
G- Não.
H- Você tá a pé????
G- Sim.
H- Você quer que eu te leve?
G- Como assim???
D- Pode ir, ele é de confiança, não tem problema.
G- Ah... bem... ah, tamo na merda mesmo, vamo aí.

No carro de H

H- Então, você é daqui de Osasco mesmo?
G- Não, sou de São Paulo. Zona Leste.
H- Vixi, isso é longe, não é?
G- Bastante.
H- Afinal, o que é essa tal de USP?
G- ...
H- A gente ouve falar, mas não sabe bem o que é.
G- É uma faculdade estadual.
H- Ah, sim. Você fica aqui?
G- Se puder me deixar naquele prédio lá na frente, aquele iluminado...
H- Prontinho.
G- Obrigado. Você foi um anjo que passou em minha vida.
H- De nada.

Na ECA

G- Mentor... você é o cara!

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Todos os fatos aqui narrados são reais. Os nomes foram omitidos para preservar a integridade dos envolvidos. Algumas frases foram adaptadas para melhor compreensão e entendimento dos leitores.




Série Grandes Momentos

E em comemoração ao meu computador que voltou à vida...

Ela é divertida. Ela é responsável. Ela é politizada. Ela é chefe do Departamento de Artes Cênicas. Ela é a musa da campanha EUTONIA, EU TÔ NESSA!. Ela é o Coelho da Alice no País das Maravilhas. Ela é a inspiração para os

GRANDES MOMENTOS DE KAREN MÜLLER - Capítulo II

" Gente, não sei do Coutinho, gente... " demonstrando a grande comunicação entre os professores do departamento

" Vou ajudar vocês no trabalho de Interpretação com o Armando... é Armando, né? " demontrando a imensa comunicação entre os professores do departamento

" No trabalho em dupla... é dupla? " demonstrando a fantástica comunicação entre os professores do departamento

" O Tó dá Improvisação pra vocês, né? " demonstrando a soberba comunicação entre os professores do departamento

" Gente, não tem enfermaria, não " expulsando da sala os alunos que não tinham condições físicas de trabalhar em aula

" Juliana, você ri demais. Você precisa arranjar um namorado!" demonstrando todo seu lado conselheira sentimental

" Então, que que saiu? " perguntando delicadamente à aluna Tânia qual era o sexo de seu bebê recém-nascido

De onde vieram essas, virão muitas mais...
Mas só outro dia..

segunda-feira, maio 10, 2004

Momento crítico

Bom, deveria chamar SAMWAAD - Avenida do Encontro, porque aquilo é comprido pra porra, e falar em rua é um pouco de caridade. É claro que sobra uma mãozinha aqui, um pezinho acolá, um indivíduo fora da linha, mas a gente perdoa porque a galera não é profissional. No geral, o espetáculo é lindo. Essa coisa de misturar samba com dança indiana, com capoeira, com circo, com balé, com etc, deu bem certo. Tirando, é claro, os momentos Vejam-eu-sei-plantar-bananeira! que ocorrem umas duas vezes na uma hora e vinte de duração. É tipo uma coisa meio ONG, assim. Um que vira Dois, o velho que vira novo, sabe? Sei lá, acho que eles pesquisam o Humano...
E já que falamos em espetáculos do SESC Belenzinho, eu vi Shi Zen 7 cuias domingo passado. É tudo! É lindo! É LUME! É assim uma coisa meio Butô, misturado com Oiê-muié-rendera, sabe? Uma pesquisa corporal voltada pro universo do significante e do significado, um lance de energia, entende? Não energia abstrata, mas a sua energia enquanto ser humano-performer-ator-bailarino. Vejam. Nem que seja só pra depois vir jogar na minha cara que aquilo sim é bom e não o que eu faço. Porque , enfim, é verdade. Se eu pudesse fazer o agradecimento deles, eu já tava feliz.

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Alguém precisa explicar pra mim que não é porque meu joelho está doendo menos que eu deixei de ter problemas no joelho.

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Andei tendo umas idéias psicóticas de ligar pro CVV e ler o 4.48 Psicose só pra ver como eles me aconselham. Só não fiz isso por medo de alguém ligar pra lá, dar ocupado e se matar de verdade. Porque aí eu teria de reencarnar como atendente de telemarketing pra resgatar meus débitos e não seria legal.
Por favor, calem-me!

quinta-feira, maio 06, 2004

Diálogo interior

- E então, Fe, você é feliz?
- Só cenicamente.

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Meu computador está com vírus. Ou com pau, ou com problemas ou seja lá que porra está acontecendo com aquela maldita máquina que me tem feito sentir cada vez mais intensamente saudades dos tempos em que eu e meu irmão residíamos no mesmo lar.
O fato é que talvez meus posts comecem a ficar mais raros, até que essa situação se normalize, afinal agora só escrevo da faculdade, e arranjar tempo na faculdade não é algo que se possa considerar fácil.
Isso me provoca certo medo e angústia, afinal de contas este blog está prestes a completar dois meses, o que significa que ele está entrando em período de crise.
Nada na minha vida dura mais que dois meses. Paixões, musculação, namoros, regimes, entusiasmos, cursos de inglês, promessas, fases depressivas, Yoga, tudo parou antes de chegar a esse período de tempo. Espero que o Imatura, sim. vença esse desafio.

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Ultimamente umas das questões que mais atormenta minha personalidade é: Uma pessoa que se forma em Fisioterapia tem mesmo que ficar quatro anos estudando o corpo humano pra aprender a colocar gel no seu joelho e apertar o botão ON/OFF do ultra-som?