domingo, dezembro 30, 2007

Deus do céu!

Me mata logo de uma vez.
Mas não me faz enfrentar esse calor insuportável que maltrata São Paulo.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Preguiça

Eu quero mais é que o ano acabe em barranco, pra eu virar encostada.

domingo, dezembro 23, 2007

A caixinha de ingressos

Um costume que tenho há uns quatro anos.
Olhar os ingressos guardados, depois de um tempo, sempre traz lembranças do que foi o ano.
Publico aqui as de 2007, como uma retrospectiva.
Devem ter ficado algumas de fora - aquelas que não tinham ingressos, ou que eu assisti de graça, sei lá, coisas assim.
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Nina- Materialização do Sacrifício
A Pedra do Reino
Meia Ponta - Panorama Sesi de Dança
Kerouac
O Feminino na Dança
Good Morning São Paulo
Mostra Cemitério de Automóveis (os sete espetáculos)
Todo Bicho Tudo Pode Sendo o Bicho que se é
A Casa dos Budas Ditosos
Hotel Lancaster
Adubo
Oceano Mar
O Anjo Maldito
Seis da Tarde
Volta ao Lar
Delicadeza
Impostura
Roxo
Uma Pilha de Pratos na Cozinha
Educação Sentimental do Vampiro
O Incrível Menino na Fotografia
Gaivota- Tema para um conto curto
Anátema
Faz de conta que tem sol lá fora
Três Estações
Sweeney Todd
Pequenos Milagres
Algo no jeito como ela se move
A Festa de Abigaiu
Leituras de Cem Anos de Solidão (um dia)
(A)tentados
Tristão e Isolda
Caminhos
Les Ephemeres
Solitária
O Homem de Areia
Pra você que me esqueceu
Cocoonings
Andarilhos
O Natimorto
Encontro de Lonas
Miss Saigon

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Sorte de hoje:

Você passará por algumas experiências maravilhosas.
E não é que o Orkut tinha razão???

terça-feira, dezembro 18, 2007

...digo, bipolaridade

Gostaria de me corrigir.
Frustração não é a palavra que define o ano de 2007.
A palavra é Bipolaridade. Que além de estar na moda, alterna momentos de extrema excitação com momentos de extrema depressão.
Um termo ideal.
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Por falar em moda... e os anos 80, hein? Medo.
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Estranho querer férias quando não se tem um trabalho fixo nem um ano letivo pra terminar.
Foda-se. Quero férias do mesmo jeito!
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Outra: eu gosto de Natal e pronto, não vou perder meu tempo aqui me justificando. Próxima.
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Sabe o que é uma agenda?
É uma prova de que o Homem tem necessidade de acreditar que controla sua própria vida.
Mas ele não controla. Então ele compra um bloquinho de papel cheio de números e finge que tem o futuro nas mãos.
E o pior é que as agendas estão custando os olhos da cara, viu...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Cara, faz tanto, mas tanto tempo que eu não escrevo nesse blog, que nem eu fico mais sabendo do que acontece na minha vida.
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Vamos falar, intonci, sobre a teoria do fim do ano que dita o próximo ano.
Eu criei, com minhas próprias sinapses cerebrais.
Funciona assim: se você analisar a atividade principal dos últimos dias do ano, você consegue perceber mais ou menos qual será o foco principal do ano seguinte.
No fim de 2005, eu machuquei o pé e comecei a ter dor no joelho. Passei 2006 inteiro nas fisioterapias, hidroterapias, acupunturas e salas de cirurgia.
No fim de 2006, eu me formei, e aí comecei a fazer testes e procurar empregos. Não quero e nem preciso falar sobre o que foi 2007.
Eu tinha outros exemplos de anos anteriores, mas não consigo lembrar de nenhum. Dane-se, o que eu quero mesmo é dizer que eu estou ansiosa pra tentar perceber o que será 2008. Tanto que provavelmente não conseguirei perceber nada. De nada, de nada, de nada.
Ah, esse período do ano é também quando eu começo a procurar pela Ivana e por seu tarôzinho. Tô com um medo...

quinta-feira, novembro 22, 2007

Frustração

É a palavra que define o ano de 2007.
Quer dizer que tudo que eu acho que eu tenho tem que se dissolver na minha frente e escorrer pelas minhas mãos?
Bacana...

segunda-feira, novembro 19, 2007

Como diria Lobão:

"Infeliz de quem tá triste."
Profundo este Lobão.

Afe!

Dormi muito neste feriado. Oh, coisa boa!

terça-feira, novembro 13, 2007

Cruel

Uma das piores maldades do mundo é fazer um pão-de-ló branco e cobrir de brigadeiro.
Principalmente se a pessoa não vê o bolo cortado antes de aceitar um pedaço.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Preguicinha

Um diazinho frio, escuro e preguiçoso.
Agora, vou pra academia, e quando eu voltar quero uma bacia de pipoca e um chocolate quente me esperando.
Ouviram?
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Bah, tem gente me enrolando...

domingo, novembro 11, 2007

E agora, Maria?

Domingo a tarde e eu tô aqui, com fome, assistindo clipes da Amy Whinehouse no Youtube.
Ela é boa. Preciso mais coisas dela. Menos aquela torre que ela chama de cabelo, certo?
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O ano está acabando e as oficinas do VAI também. Eu me pergunto: e agora? E agora pra nós, e e agora pra elas. Que direito nós temos de nos enfiar na vida dessas mulheres, dar três ou quatro meses de oficina e depois sumir pra todo o sempre? Eu fico agora com os meus relatórios, minha prestação de contas e meu salário, e elas ficam com seus muitos filhos, seus abrigos, sua falta de emprego, de dinheiro, de casa, de marido e de auto-estima.
O que eu posso argumentar? Que essa experiência foi super válida pra elas? Será?
Bem, pra mim foi. Ah, e muito obrigada pelo café de ontem, dona Neilde.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Que seja doce!

Os dias tem sido cansativos. Mas muito bons.
Eu olho no espelho e vejo uma mulher linda e cheia de esperança.
Vejo uma chance das coisas se ajeitarem. Já se ajeitando.
Vejo milhões de projetos e idéias desabrochando.
Vejo menos medo, talvez até menos desculpas.
E é linda, linda, linda.
Não sei de onde veio tanta auto-estima.
Que ela não vá embora.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Like a babysitter

Analisemos, apenas como exemplo, um caso semelhante.
Uma jovem mulher que trabalha como babá.
Ela dorme pouco, acorda cedo, sai de casa e larga seus filhos na creche pra ir pro bairro nobre tomar conta dos filhinhos da patroa. Os filhinhos da patroa são limpinhos, são arrumadinhos, são cheirosos e tem suas roupas cheias de estilo, moram lá naquela casa grande e espaçosa, onde comem do bom e do melhor e dormem em suas camas kingsize.
E ela até que se diverte com eles. E ela até que paga suas contas por causa deles.
Não que seja um bruto sacrifício, mas ela sabe que, enquanto ela está lá, seus filhos estão sozinhos, querendo em silêncio a presença dela.
Agora, vou-me, que hoje é dia de estréia???

quinta-feira, outubro 18, 2007

Notas rápidas

Trabalhando bastante. Sonhando muito mais.
Assistindo muita coisa. Lendo menos, menos que o necessário.
Tentando lembrar coisas que aconteceram pra escrever aqui.
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Tropa de Elite - digam o que quiserem, polemize o quanto quiserem, o filme é bom. E isso porque eu vi a cópia pirata que não é a versão final. Wagner Moura e todo o elenco estão muito bem. O filme não é fascista porra nenhuma, o roteiro é ótimo, me faz pensar, que mais eu poderia querer???


Tristão e Isolda - o pior elenco da História, o pior diretor da História, o pior texto da História com uma luz linda e um cenário que impressiona. Não recomendo, principalmente se você for pegar fila.

Caminhos - um texto bonito, mas um recurso de direção que incomoda - repetição de texto e essa coisa de tentar fingir uma naturalidade na representação já me encheram. Alguns atores muito bem (coincidentemente, os que eu conheço... rs), outros atores meia-boca. Cenário muito mal aproveitado. Tinha tudo pra ser mais do que é.

Les Ephéméres - sutil e fantástico. Assisti os dois primeiros quartos. O primeiro tem mais ritmo que o segundo, é verdade. Alguns cenas são maravilhosas, outras são apenas boas, ou legais, ou supérfluas. Atores muito bons, uma produção espantosa e cenários milimetricamente pensados, com vida. Adorei muito. Adorei mais ainda ter visto de graça. Mas não gostei o suficiente pra aceitar trabalhar como escrava do Theatre du Soleil.


(A)tentados - Mais uma vez, aquele recurso de fingir naturalidade me incomodou. É usado além da conta. Gosto do texto, mas imagino que a versão em inglês seja mais legal. Não por culpa da tradução, por culpa da Lingua Portuguesa, mesmo. Os atores cumprem seu papel, a montagem é criativa, divertida, uma produção bacaninha, bem cuidada. Algumas cenas falam sobre o mesmo assunto e ficam sobrando, e pra mim fica faltando aquele humor raro de Beth Lopes. Mas no geral, gosto, embora ache um pouco longo.


Extremamente Alto e Incrivelmente Perto - Lindo, lindo, lindo. Sem palavras. Um retrato fantástico de um menino de 09 anos, carismático ao extremo, daqueles que dá vontade de ter, ou de ser, que fica órfão de pai no 11 de setembro. Tocante sem ser piegas, criativo sem ser maluco, de adulto sem deixar de ser de criança. Do tipo que você ri chorando, e chora rindo. De baixar o livro de vez em quando pra dar uma respirada antes de continuar. Talvez o melhor livro que li esse ano. Recomendo cinco vezes.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Os Anos 80

Estão voltando!
Cuidado!
As bolsas são coloridas.
Os braceletes são coloridos.
Os colares são grandes.
Os cabelos são volumosos.
Até as polainas estão querendo voltar.
Essa é a moda!
Os anos 80 são uma década perdida! Não acreditem nos estilistas! Não acreditem!
Eles começam nos fazendo usas as bolsas coloridas (lindas, confesso) e acabam com as ombreiras e a maquiagem esquisita.
Diga não!!!

quarta-feira, outubro 03, 2007

Mas quê...

Quem foi que disse que donos de blog têm obrigação de manter seus blogs sempre atualizados?
O que é que faz com que todos os autores de blogs, mesmo os que escrevem com uma freqüência absurda, gastem posts e mais posts com "esse espaço anda meio esquecido", "desculpem a demora em atualizar" ou "tô sem tempo de escrever, mas fiquem com esse lindo poema do fulano de tal..."
Porra! Eu já tenho todos os meus compromissos do dia-a-dia. Eu tenho que trabalhar. Eu tenho que procurar trabalho. Eu tenho que ir na fisioterapia. Eu tenho academia. Eu tenho coisas pra ler, coisas pra escrever, ligações a fazer, então porque diabos eu me preocupo em manter atualizado uma porcaria de um blog que fui eu quem criei, e que eu posso encerrar a qualquer minuto, que não me traz nenhum benefício e que praticamente ninguém lê? Devo eu alguma coisa a alguém?
Sabe quantas coisas eu deixo de fazer todos os dias? O quanto eu desrespeito as regras que eu mesma me impus, as promessas que fiz, o quanto deixo de compreender as coisas e as pessoas, o quanto eu fujo de mim mesma, sem por isso ficar pedindo desculpas pra mim? E eu deveria, bem sei que deveria.
Portanto, se este blog nunca é atualizado, isto não é um problema meu. Pelo menos não é um dos maiores. Bah!

domingo, setembro 30, 2007

Filho da puta

E, neste exato momento, um maloqueiro da vila Invernada está fumando ou cheirando o rádio do meu carro. E minha porta amassada. Cuzão.

sábado, setembro 29, 2007

Tudo novo

Saí da Vivo e fui pra Claro, e agora tem um microondas na minha cozinha.
Oh, Deus, tantas mudanças me assustam...

terça-feira, setembro 25, 2007

Bodas de pérola

O que significa nada menos que 30 anos de casamento.
Isso é tempo pra diabo.
Isso chega a ser irreal.
Isso é tão tão bonito.



quarta-feira, setembro 12, 2007

Nowhere

E eu vejo um novo sonho em cada esquina.
E sigo, voltas e mais voltas no mesmo quarteirão.
Deve haver um lugar longe de tudo isso.

terça-feira, setembro 11, 2007

A bala da Michael Love?


Zazuage, a bala com tatuagem pra zoar!

Genial!

segunda-feira, setembro 10, 2007

Pra que mesmo?

São 13:15 de uma segunda-feira, e eu continuo esperando por um motivo.
Ou uma motivação.
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A VIVO é tão ruim que até pra reclamar do serviço deles você tem que ser insistente e paciente.
Afemariamãedideus.

domingo, setembro 09, 2007

Nostalgia

É impressionante a minha capacidade de guardar cacarecos e lembranças que não tem mais importância nenhuma.
É impressionante a minha capacidade de acreditar que as coisas duram pra sempre. Não duraram.
É impressionante como arrumar o quarto pode trazer a tona uma nostalgia do tamanho da vida.
E essa estranha sensação de se encontrar, fisicamente, com com o próprio passado.
Qual o segredo desse tal de tempo, que de repente trasforma coisas de tanto valor em um monte de papel sem graça e embolorado?
Renovar as lembranças..
Joguei tudo fora antes que eu embolorasse junto.

terça-feira, setembro 04, 2007

Sorte de hoje: Você tem um equipamento incomum para o sucesso, use-o corretamente.

Equipamento?
Na boa, quem formula essas frases mal escritas, Deus do Céu???

segunda-feira, setembro 03, 2007

Sorte de hoje: Uma surpresa agradável está à sua espera.

Ah, é. Tô vendo.

Não tenho mais medo do Fantástico

Domingo à noite, e lá estava eu, mais de uma da manhã, assistindo documentário sobre Beslan no GNT, e pensando: houve um tempo em que domingo à noite era uma coisa chata, porque você sabia que tinha que acordar cedo - muito cedo - no dia seguinte, fosse para ir ao colégio, fosse pela aula da Karen, fosse pra ensaiar, fosse o que fosse.
Agora eu não tenho mais essas sensações. Agora eu fico digitando todo as noites até as três e pouco da manhã e depois não consigo acordar nada cedo no dia seguinte.
Não sei até que ponto está vida boêmia é boa pra mim. Meu tendão do pé esquerdo também não sabe. E provavelmente amanhã serei condenada a dez sessões de fisioterapia.
Ai, como isso me cansa.
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Quê, padronizar a Lingua Portuguesa, o quê!
Vão todos pra putaquepariu!

quinta-feira, agosto 30, 2007

A quem eu amo

Se eu fosse você eu copiava e colava isso, rápido, antes que eu tenha um ataque súbito de timidez e retire este post daqui.
(Não que eu realmente acredite que isto vai acontecer.)
É como se estivéssemos juntando pontos. Como aqueles joguinhos do Playland em que você precisa juntar 6548 pontos pra ganhar um urso. Você pode levar uma vida inteira pra chegar onde quer. É praticamente impossível. Mas dessa vez, quem diria, a gente chegou lá.
É estranho comemorar um ano quando a gente sabe que já se passaram sete. Mas não valeu. A gente ainda estava juntando os pontos. Não tinha o Urso pra abraçar.
( Você não vai entender a parte do urso como uma ofensa pessoal, vai?)
Eu podia escrever um texto fantástico e impressionante sobre a beleza do amor e da convivência e da superação e, acima de tudo, da teimosia. Mas eu não fui capaz.
Então eu resolvi escrever simplesmente Eu te Amo. Porque isso eu sei que sou capaz. Agora.
( Não que eu ame só agora. Mas só agora posso dizer com certeza que amo. )
Eu podia ter comprado um presente. Se eu não trabalhasse tanto sem ganhar nada.
Mas tudo bem porque eu sei que os próximos anos estão por vir. Sem dúvidas. Sem voltar atrás.

O sertão vai virar mar...

Essa eu roubei de blog alheio. Mas achei interesantíssima.
O sujeito em questão é Zé Rodrix. Terá ele razão?
“(...) Não acredito que o dinheiro de TODOS deva servir para patrocinar a aventura pessoal de ALGUNS (...) Impostos devem ter fim específico, e os sustento da arte não é, a meu ver, uma destas essencialidades. Sempre fui um artista que não se privilegiou de nenhum tipo de ligação com estados e governos, em nome de minha própria liberdade (...) No Brasil de hoje, precisamos de investidores conscientes, e não, segundo minha maneira de ver a realidade, de utilizar de maneira equivocada o dinheiro público (...).”
Era um dos diretores da peça “Rei Lagarto”. Pediu demissão quando soube que ela teria fundos da Lei Rouanet. Tem culhão.
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Quer dizer, então, que essa é a semana das respostas?
Pena que a que eu mais esperava, não vem...

sábado, agosto 25, 2007

Ódio

Eu comentei lá embaixo que eu cansei de ter inveja dos outros?
Bem, agora comentei.
Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão.
Mário Quintana

La Loba


Cansei.

Cansei de ler cláusula de edital, cansei de fazer inscrição, cansei de fazer listinha de tarefa pra conseguir entregar tudo. Cansei de mandar currículo, cansei de procurar anúncios na internet, cansei de vasculhar o orkut, os sites, os grupos de e-mail, cansei de ligar pra agências e ouvir que o mercado está mesmo assim, meio parado, que todo mundo está reclamando, eu tô cansada do todo mundo. Cansei dessa repetição, cansei do lugar-comum, cansei.
Cansei de fazer conta, fazer de conta, criar expectativa e me decepcionar. Cansei de fazer planos, projetos, de ter idéias e de não ter coragem pra executar. Cansei de responder às mesmas perguntas da minha psicóloga, cansei de ir na academia todo dia e mesmo assim ter dor no joelho, cansei dessa gripe chata que faz que vai embora mas não vai há mais de três semanas.
Cansei de me atrasar e de não conseguir acordar porque estou cansada, cansei desta porra deste blog e destas merdas de textos sem criatividade que tem sempre esse tom ridículo de desabafo- quem tá interessado nisso, caralho? Cansei dessa merda de auto-piedade, cansei de mim mesma, que saco, cansei. Can-sei.
Quero viver gorda e ter um emprego de funcionária pública, daquelas bem negligentes, e acordar tarde e dormir tarde, ler jornal, frequentar exposições de arte, gostar de cerveja e aprender a sentar na guia da calçada e filosofar toscamente sobre a vida, o universo, o governo Lula e os textos daquele novo autor alemão ainda desconhecido e sua filosofia de vida e seu suicídio precoce.
Tô cansada, tô cansada, caralho, me deixa em paz, porra de consciência filha da puta, me deixa em paz!

terça-feira, agosto 21, 2007

E agora que meu blog resolveu aceitar figuras novamente...






Infância em caixinhas


De repente, não mais que de repente, me deparei com um desses numa lojinha perto do Metrô Armênia. Infância em caixinha longa-vida.

Já vi alguns protestos na internet- algo sobre falta de fidelidade, e tudo, e tal.

Eu devo dizer que, fora o preço, adorei: muito mais fácil de furar.

Saibam que...

ALGO NO JEITO COMO ELA SE MOVE

está em cartaz no

TEATRO DO ATOR

que fica na

PRAÇA ROOSEVELT, 172

sempre as

QUINTAS AS 21H E SEXTAS AS 20H30

até

DIA 14 DE SETEMBRO

tem direção de

PAULO F.

custa só

R$10,00

e você pode ver mais informações no

http://www.algonojeito.kit.net/


E que eu tentei publicar a imagem, mas não consigo.

Deu pra pegar???

segunda-feira, agosto 20, 2007

Quando?


A vida artística deve ser aquilo que acontece enquanto a gente se preocupa com o que fazer pra que nossa vida artística aconteça.
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Da série Toca Raul:
"... porque foi tão fácil conseguir,
e agora eu me pergunto: e daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar
e eu não posso ficar aqui parado."
Eu às vezes tenho vontade de publicar essa música todo dia.
Vocês continuariam sendo meus amigos?
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A propósito, já disse que me cooperativei?
Cooperativa, teu nome é Imposto.
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Simpsons- The Movie

É um episódio de TV, só que maior. Mas as piadas estão todas lá.
Ri como não ria há muito.
Recomendo.
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Francamente. Não dá pra ver um negócio desses no Orkut e não sentir vontade de publicar.
Tentem adivinhar quem é esse cidadão:


Resposta nos comentários.

terça-feira, agosto 07, 2007

Dark Room

Estamos de volta.
De cara nova.
Vamos ver no que vai dar...

DARK ROOM
Espaço dos Satyros 2
Quartas de agosto, às 22h30

domingo, agosto 05, 2007

Em canções

Resumindo o meu domingo:

"Sou mais um na multidão...."
"Ô, Antônia brilha... ô!"
"Até quando esperar?"

sexta-feira, agosto 03, 2007

Saiu!

Enfim, DRT 27494/SP.
É provisório, mas é meu.
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É, há que se ter muita xoxota.
E tem gente que não tem.
Fazer o quê...
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Eu tenho que comprar um celular novo, que o meu a bateria tá abrindo, eu tenho que comprar um tênis novo, que o meu tá rasgado e não dá pra andar na chuva, eu tenho que comprar um óculos escuros, que meus olhos doem de dirigir no sol, eu tenho que comprar uma bota preta, simplesmente porque eu sempre quis uma bota preta, e eu tenho que comprar um bolsa da Doll Brazil ou da La Reina Madre mas eu não vou ter dinheiro pra isso nunca!
E tem gente que gasta seus trocos comprando Luis Vuitton!

quarta-feira, agosto 01, 2007

Afemariamãededeus

Já ouviu falar de cansaço?
Sabe, o saco cheio?
Sabe quando uma coisa te enche tanto, que você vive pra esperar que essa coisa acabe?
E quando você começa a perceber que se a coisa acabasse ela não traria tanto alívio assim?
Sabe quando o corpo esgota, a cabeça esgota, e você quer apenas um cantinho pra ficar isolado de tudo e de todos, maldizendo a fúria dos teus dias? Quando você quer dormir e não quer acordar?
Pois é assim que eu estaria me sentindo se não tivesse descoberto o chocolate quente fervido com casca de laranja pra esquentar as minhas noites. Com Toddy Light, que eu preciso perder uns dois quilos e recuperar aquela calça da Zara que não fechou da última vez.

segunda-feira, julho 23, 2007

É bom quando a gente percebe que o nosso insucesso não quer dizer incapacidade.

quinta-feira, julho 19, 2007

O que é pior?

As imagens do acidente? As imagens dos familiares? As imagens dos passageiros antes de embarcar? O fato de o avião derrapar um dia antes e ninguém fazer nada? Ou o bafafá que a imprensa faz, os casos que todo mundo conta de fulano que se salvou, de ciclano que perdeu o vôo por dois minutos de atraso, dos "famosos" que morreram, ou ainda as pessoas que tentam botar a culpa no Lula, ou o Lula que cancela a agenda e faz discurso, as notícias sensacionalistas dos jornais, as matérias espíritas falando sobre a Lei Divina e os resgates coletivos? Os idiotas que vão dizer que morre mais gente na África em um dia, e que ninguém faz nada- como se uma tragédia justificasse a outra? Aquela que jura de pés juntos que viu a asa do avião bater no topo do táxi em que ela estava? A sensação de que poderia ter acontecido comigo, ou com alguém próximo, ou imaginar a dor dessas pessoas que foram, dessas que ficaram, ou perceber que a vida é essa coisa estúpida, que nada fica pra sempre, e que, mesmo que haja um motivo pra tudo isso- e eu realmente acredito que há- isso não pode diminuir o sofrimento de ninguém, nem a certeza de que todos vamos passar um dia por tal sofrimento?
Eu e você vamos esquecer dessa história em poucos dias. Alguns não vão.
Eu não sei o que é pior, mas o melhor é que não foi comigo. Essa é a grande verdade. Toda essa comoção é um alívio. Porque eu- e você- estamos aqui hoje perdendo nosso tempo nos blogspots da vida. Ou lendo as notícias do Terra e vendo as fotos e tudo mais. Ou comprando jornais que estampam a palavra TRAGÉDIA na capa. Que contam quantas pessoas morreram- puxa vida, é um recorde, meu Deus, realmente, um acidente sem proporções, o maior acidente aéreo do Brasil, minha nossa, que coisa bacana, não? É isso que as pessoas querem, vender jornal. E a gente quer comprar, pra sentir que se emociona. Pra sentir que é humano. Mentira. A gente não está nem aí. A gente não pode mesmo fazer nada. E quando acontecer com a gente, também não vai poder. Não está nas nossas mãos. Nunca esteve. Nas de ninguém.
A imprensa vai procurar alguns culpados, que não vão ser punidos, Congonhas vai fechar um tempinho, aí vão diminuir os vôos, e aí vai aumentar o caos nos aeroportos, e aí todo mundo vai reclamar da fila de oito horas que não deixa ninguém passar suas férias de verão na Bahia, tomando água de coco e comendo acarajé. E não parem pra pensar no que a Marta vai dizer.
Esta é questão.
O pior é que ninguém entende isto e ninguém nunca vai entender.

terça-feira, julho 03, 2007

Um leão por dia!

Tá foda.
Tem que matar um Simba Safári por dia.
Na unha.
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E o cartaz que tem lá na ONG diz o seguinte:
Você está grávida?
Tem entre 10 e 18 anos?
Nós podemos te ajudar.
Entre 10 e 18 anos. Não é entre 14 e 18 anos. Não é entre 12 e 18 anos.
É entre 10 e 18 anos.
E se escrevem isso no cartaz, é porque devem existir casos.
Deus!
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Vi um cara lendo isso no Metrô e precisei colocar aqui.
Afinal, de uns meses pra cá eu descobri o prazer de postar imagens no blog.

Deus!

quinta-feira, junho 28, 2007

Não é foda fazer algo só por causa de dinheiro?
Se fosse foda, era bom.

quarta-feira, junho 27, 2007

Dos não-afagos

Já passa da meia-noite.
Ainda estou aqui, sentada, escrevendo meus projetos no Word.
A casa está em completo silêncio. Fui até a sala há pouco tempo, encontrei a tevê ligada e meu pai roncando alto, caído de sono, deitado no sofá.
Não há mais ninguém na casa. Meu irmão vai dormir fora. Minha mãe ainda não chegou do serviço. Eu cheguei e já me enfurnei aqui. Meu pai já devia estar dormindo, mas me viu chegar, da janela da sala vigiou enquanto eu abria o cadeado, o portão, fechava o cadeado, o portão. Provavelmente depois que eu entrei, sã e salva, ele deitou no sofá e dormiu de novo.
E continua lá. Logo minha mãe vai chegar e ele vai fazer o mesmo. E amanhã ele vai fazer o mesmo. Eu de repente pensei que ele é quase como um cachorrinho, cochilando mas sempre atendo pra proteger os donos quando estão em perigo. Depois voltam tranquilamente pras suas almofadas/tapetes/casinhas/camas dos donos sem que eles vejam/sofás e dormem seu sono de dever cumprido.
Eu olhei meu pai e pensei: como é solitário este homem!
Foi triste. Foi bem triste. Pensar que há tempos eu não dou um afago, um osso, algo que mereça um abanar de rabo ou coisa do tipo.
Não estou falando de brigas nem nada disso. Estou falando de esquecer de dizer a quem está do nosso lado que estamos felizes por ter alguém do nosso lado. Que nós gostamos de ter alguém- que a gente ama- que olha pela janela- que afasta com os olhos os fantasmas que nos rodeiam.
Mesmo que isso aconteça só na cabeça deles.
Mesmo que isso aconteça só na minha cabeça.
Eu devia afagar meu pai e todo o mundo de vez em quando.

segunda-feira, junho 25, 2007

Que posso eu fazer?

Eu não quero mais ficar no casulo.
Eu estou pronta, mas não depende só de mim.
Por favor, me deixem voar.

Já foi

Pois é, quem foi no O que não foi, foi, quem não foi: já foi!
Nossa, esta foi a coisa mais engraçada que já postei aqui.
Ha-ha-ha.
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Agora, colocar em dia a lista de espetáculos assistidos. Valendooooo!

sábado, junho 23, 2007

O meu contemporâneo

Primeiro, que eu gosto de gente que não se leva tão a sério. Eu tento fazer isso o tempo inteiro. Eu nunca tenho sucesso, mas eu tento. Rir de si mesmo, rir de seu próprio trabalho, rir da incerteza. Gente que consegue o milagre da desmitificação- como fugir nesse momento da imagem do Janô babando e gritando desrubricar, desconfigurar, desconstruir, desmitificar, assassinem os mitos, assassinem os gênios, assassinem o Janô????
Daí uma companhia tem a pachorra de montar um´A Gaivota com vaso de planta, capacete de astronauta, penino no olho e suicídio com secador de cabelo cor-de-rosa. Sensacional.
Pela quebra de padrões, pelo humor, pela história que mesmo desconstruída é totalmente compreensível- e não, eu nunca tinha lido a gaivota antes de assistir a peça, pelo figurino que é funcional é lindo, pela luz que é ótima, e principalmente pelos atores.
Pelos atores.
Uma companhia tem que ter muita estrada e muito talento pra interpretar com tanta precisão, com tanta sincronia, pra dar e tomar o foco com tanta facilidade, pra apresentar trilhões de elementos cênicos e em nenhum- NENHUM- momento deixar o espectador perdido, sem saber pra onde olhar. E na hora de dizer aqueles bifões da Nina, do texto do próprio Tchekov, as vadias ainda se dão bem. Vadias. É muito pra minha cabeça.
Você não sabe se ri, se chora, se xinga.
Contemporâneo. De quem? Meu, com toda certeza!
Eles pecam um pouco nas projeções, completamente desnecessárias- embora eu admita que a piada do Rei do Gado me fez doer a barriga de tanto rir. Sim, podiam ter economizado em projetor, mas veja bem: uma peça que até o Phabulo disse que é genial merece respeito de qualquer um.
A Gaivota- tema para um conto curto está em cartaz no Sesc Pinheiros e é da Cia dos Atores.
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Eu gosto cada vez mais do Beto Brant. Achei O Invasor estranho, mas divertido, adorei Crime Delicado, e o novo filme me fez chorar como criancinha.
Em parte toda essa emoção se deve a ele ter cutucado minha ferida: falar sobre um recém-formado que não consegue arranjar emprego nem dinheiro pra nada, a essa altura do campeonato, é mancada. Ainda tem uma modelo que faz book e fica correndo atrás de testes e sonhando com o sucesso, pra terminar de fuder.
Mas o filme tem todo o mérito de um roteiro ótimo, simples, com diálogos naturalíssimos, de um trabalho de atores fantástico, de uma edição prática e eficiente e, claro, de um cachorro fofinho, que é chamado de... Cachorro.
Ah, com essa ele me ganhou de vez!
Pena que entrou em cartaz em três ou quatro salas. Quase ninguém vai conseguir assistir esse filme. Eu podia, quem sabe, no futuro não muito distante, conseguir atuar com Beto Brant. Seria bacana.
Cão sem Dono é do senhor Beto Brant, faz parte do meu contemporâneo, e pode ou não ser exibido em um cinema alternativo bem longe de você. Corre.

quinta-feira, junho 21, 2007

Revista MURO #06

Está no ar a edição número 6 da revista Muro.
Mas eu nem sabia das outras cinco- é o que você vai dizer.
Pois é, nunca é tarde pra começar.

http://www.revistamuro.kit.net/
Dois minutos na invertida. Lero lero. Lero lero.
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Última semana!!!
Teatro de Auto-Ajuda apresenta

O QUE NÃO FOI

Até 24 de junho

Sábados as 21h e Domingos as 20h

Teatro da Estação Ciência

R. Guaicurus, 1394, Lapa (ao lado da estação de trem e do Terminal da Lapa)

Ingressos: R$ 10,00 e 5,00

quarta-feira, junho 20, 2007

C.A.

Além dos limites.
Consumo incontrolável.
Já acontece em casa.
Suflair e esses outros 70%de cacau que lançaram por aí. Guarda no armário da cozinha uma barra de cobertura meio-amargo de 500g pra uma eventualidade... que mergulha, vez em quando, no leite quente, porque Toddy já não é suficiente.
As gorduras laterais pulando pra fora da calça de ginástica denunciam que é hora de parar.
Ao menos diminuir.
Ao menos controlar.
Ela ignora os sinais.

segunda-feira, junho 18, 2007

Adoro!

- Mas essa peça é pra entender ou pra sentir?
- É pra sentir, Vó.
- Ah, então eu senti bastante. A peça é ótima, viu?
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Ah, nada como a calmaria após a tempestade.

domingo, junho 17, 2007

O que não foi bom

É...
Um ator sem subtexto, sem concentração e sem ensaio geral antes do espetáculo... não é nada!
Ainda bem que a baiana não tava aí pra ver...
Melhor ainda que a Avenida Paulista também não veio (ainda).
E hoje tivemos lucro! Seis reais! Dá pra pagar a alface e as maçãs, mas não paga as rosas.
Alguém pode pedir pro cara da barraca de espetinho diminuir o volume do forró durante o espetáculo? Atrapalha um tantinho...
Alguém viu meu balde depois da cena das bolinhas? Bah, deixa pra lá... vou comer o resto do meu ovo de páscoa Kopenhagen.

quinta-feira, junho 14, 2007

Pindaíba

Desde dezembro do ano passado não cai um real na minha conta. Não é exagero. Seis meses sem ao menos um real. Pra não dizer que eu não recebi nada, trinta reais de cachê teste no mês passado- mas eles não foram pra conta, foram direto pra minha carteira e de lá direto pro caixa de alguma lanchonete que vende cheese-salada, a nova mania da minha vida- aliás, tem alguns na Mooca que valem uma vida. Se eu não tivesse economizado nos últimos anos e não morasse com a mamãe não teria sobrevivido.
O que me anima é pensar que esta pode ser a pior fase financeira de sempre. Porque se isso vier a se tornar uma rotina da minha vida de artista, será realmente desanimador. Esse mês já entra um dinheirinho do VAI- dinheiro que eu ganhei dando aula, aquela coisa que eu tinha dito que eu não queria que fosse minha fonte de renda nunca mais. OK, dar aulas pra adultas foi até agora muito mais legal do que trabalhar com os meninos mimados do jardim anália franco. Mas isso não é suficiente pra tirar da minha cabeça o fato de que não, eu não me formei em Licenciatura.
Os projetos se amontoam nas memórias minha e do meu computador, nunca se sabe qual deles vai vingar. Os castings já não me deixam nervosa- e isso não é necessariamente uma coisa ruim. Agência que é bom não me liga e meu diploma também ainda não deu as caras. Tô na média de envio de três curriculos diários. Ainda não ganhei trabalho nenhum. Mas eu não vou trocar tudo por um emprego na Baked Potato. Não por enquanto. Tenho fé de que está sendo assim também praquele cara que se formou na FEA em dezembro. Tudo bem que ele deve ao menos ter tido uma festança no Expo Center Norte com a Banda Nova Era. Mas isso não faz dele um recém-formado melhor que eu. Ou faz?
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O importante é: agora eu tenho um MP3 Player cor-de-rosa. Eba!
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Na boa, Marta, se você não tiver algo decente pra dizer, não diga.
O pior de tudo é que essa é uma daquelas coisas que acontecem no cenário nacional que são tão, mas tão bizarras, que a única coisa que eu consigo pensar a respeito é: o que será que o Simão escreveu sobre isso na coluna dele?

quarta-feira, junho 13, 2007

Definitivamente, uma Casa Abrigo para Mulheres não é o lugar mais animado do mundo pra se estar num dia 12 de junho.
Solidão às vezes dói. E quando dói a gente nunca pára pra pensar que gente como eu e você pode ser tudo na vida, menos solitário. Não solitário de verdade. Não solitário como muita gente é.
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Com sorte, chegará o dia em que não mais precisaremos arrumar cenário, montar coxias, afinar luz, aquecer, maquiar, arrumar contra-regragem e apresentar em menos de duas horas.

quarta-feira, junho 06, 2007

O QUE NÃO FOI




Quase não foi mesmo. Tivemos a fase sem tempo, a fase sem joelho, a fase com atrizes deportadas, a fase sem diretora, a fase sem teatro, mas enfim teremos nossa fase temporada na Estação Ciência.


O ingresso é pago porque vamos ter que pagar o técnico (coisa que não aconteceria se estreássemos na USP, o que era o plano inicial, e portanto coisa para a qual não temos um puto sequer). Mas ainda assim é baratinho, a inteira é 10 reais- que se compra com dez reais? nem um Big Mac, nos dias de hoje...


Não me venham com essa de que é longe, só perdoarei aqueles que já declararam que estão em Dubai ( algumas amigas minhas realmente têm o dom de me surpreender).


Enfim, O que não foi será....




terça-feira, junho 05, 2007

Me sinto uma inútil cada vez que olho pra esse blog sem um mínimo de atualizações.
Penso milhares de coisas pra escrever mas sempre esqueço delas ou acho que são estúpidas demais para merecer um post.
Mas prometo que tentarei, a partir de hoje, escrever qualquer bobagem sempre que acessar a net. Só pras pessoas saberem que eu estou viva.
Em breve, notícias sobre a estréia.
E já fico na invertida 30 segundos. Tchanãn!

segunda-feira, maio 14, 2007

Fiz invertida sobre a cabeça hoje.
Não tinha ninguém do lado pra comemorar.

Das coisas que não entendo

O porquê de chocolate ser tão gostoso, o porque de as pessoas passarem um dia inteiro no frio esperando um velhinho passar num carro blindado, o porque da gente sempre dizer que vai fazer as coisas e ficar adiando, o porque do joelho doer mais no inverno, o porque das mães sempre adorarem o presente mas dizerem que não precisava, o porque da gente sempre ver o defeito nos outros e não perceber na gente, o porque da gente sempre fazer qualquer coisa que nos livre de culpa, o porque das pessoas tomarem papeizinhos com frases e acharem que vão se curar, o porque do nosso emocional dar truques na gente, o porque do tempo ser relativo, o porque de ser tão bom abrir o tubo de pomada furando ele com a própria tampa, o porque de a gente sempre culpar Deus, o caos e as cirscunstâncias por coisas que a gente não resolveu porque não quis, o porque da gente gostar ou não gostar de alguém logo de cara, o porque de a gente ter medo, o porque de alguém passar com uma chave ou um prego e riscar o seu carro, de ponta a ponta, só de sacanagem, o porque a gente nunca conseguir falar sobre o que sente sem parar pra pensar ao menos uma vez, o porque de alguém decidir, assim, sem mais (será?) que chegou a hora do grand finale, o porque de a gente alimentar esperanças em vão, o porque da gente não alimentar, o porque das coincidências, o porque do tal do destino, o porque da gente desistir das coisas antes da hora, o porque a hora nunca combina com o que a gente quer. e se combinasse? e quando ela chega, a hora certa, será que a gente também teria coragem? de voar sem pensar, voltar, ou olhar pra trás?

segunda-feira, abril 23, 2007

FESTA!

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Copiei essa, confesso. Mas é tão pândego que não pude resistir.

"A Globo exibe nesse momento uma novela com trilha sonora de Sandy e Junior e participação especial de Nair Bello. O nome da trama? Era uma vez. "

quinta-feira, abril 19, 2007

Apaga o Japa

01. Zefa (que é a que vai morrer na frente do filho, o Uélintôn)
02. Nena (que é a que vai morrer dentro da Casa de Umbanda)
03. Xica (que é a que vai morrer a pauladas)
04. Dôna Lurdi (que é a que assobia "Silvio Santos vem aí" pelos corredores do hospital)
05. JAPA ( aquele cachorro filho dumégua)
Não, ninguém escapará à fúria de sua peixeira Teotonho Tarso. Que a Brida passou quatro anos lá, na fila do SUS. Vingança é um prato que se come frio.
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Das vantagens de fazer aula com a terceira idade. Você fica lá com seu shampoo e sua toalhinha na mão, esperando liberar um chuveiro, e alguém te diz:
- Feliz é você, aí, quietinha, toda cheia de colágeno...

domingo, abril 15, 2007

Meu Deus, nunca vai acabar, nunca, nunca??????

domingo, abril 08, 2007

Colação de grau

Colei grau no dia 04 de abril.
Fiz o pedido do meu diploma no dia 05 de abril. Vamos contabilizar a demora.
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" Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado

Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção de coisas grandes
Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado "

quarta-feira, março 28, 2007

Quiosquezinho da Caramba, aquela lá que vende sorvetes.
- Por favor, eu queria um cascão.
- Olha, sorvete eu não vou ter agora.
- Hein?
- É, estou sem sorvete.
- (...) Bom, então, traga só os biscoitos, né...
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Tenho que registrar que passei de saia em cima daqueles "ralos" imensos em plena Praça Dom José Gaspar. Estava saindo ar quente dele. Sim, foi, um momento Marilyn. Não, não foi nada glamouroso.

terça-feira, março 27, 2007

No 25 eu cheguei aos 24

Caralho, 24 anos. 24 anos é tempo pra caralho. Quem tem mais vai dizer que eu ainda sou nova, mas vai perguntar pruma criança de 7 anos pra ver se ela não te responde que eu já sou mó velha, já sou adulta, que quando ela chegar na minha idade já vai ser casada e com filhos e já vai ter juntado o primeiro milhão, e essas coisas todas.
( Puta criancinha capitalista esta que eu descrevi...)
Já aviso, crianças: é tudo mentira. Inventaram isso pra vocês se comportarem bem na escola. E eu fui bem pra burro na escola e estou aqui solteira, sem filhos, desempregada e sem dinheiro. E o pior, resolvi virar artista! Ai, se Mamãe me pega agora!
A verdade é essa: com 24 anos o plano de saúde fica mais caro. No ano que vem eu já tenho que começar a usar Renew. Existem as teorias de que a bunda de toda mulher começa a cair nesse período da vida. Só quem me considera jovem é a Porto Seguro, mas é só porque assim o seguro também fica mais caro. Resumindo, estou cada vez mais perto de morrer doente e mais longe de bater o carro. Vá lá, não é de todo mal. O problema mesmo são a celulite e as rugas.
Eu não sou do tipo que fica deprimida em aniversários. O que acontece é que eu demoro um tempo pra me acostumar, só isso. As pessoas me perguntam minha idade e eu tenho que parar pra pensar antes de responder. Isso dura uns dois dias. E entro naquelas de pensar Puxa vida, quando eu tinha XYZ anos... ah, eu era tão feliz e não sabia. Isso dura uns cento e noventa e dois dias. Aí nos outros cento e setenta e três dias eu fico sonhando o futuro. Bom ter os pés 38 no chão.
Mas gosto, gosto de bolo, de festa, de ouvir parabéns. Mesmo das pessoas que quase não falam comigo. Mesmo das pessoas que não gostam de mim. Mesmo por Orkut. Acho que dia de aniversário é dia de a gente se sentir especial. Acredito no Paraíso Astral, e tenho tendência a dizer que Inferno Astral é coisa da nossa cabeça. Que se é pra ter superstição, que seja coisa boa. Eu passo embaixo de escada, brinco com gato preto e quebro espelho, mas se eu encontrar trevinho de quatro folhas na rua, meu amigo, eu VOU guardar.
Uma borboleta pousou no meu dedo outro dia. Ficou lá quietinha e depois voou e bem depois me disseram que borboleta é sinal de sorte, sinal de que coisas boas vão chegar. Acreditei. Até o biscoitinho chinês da sorte disse que eu vou chegar lá. Acreditei também. Mas não venha com mandinga pra cima de mim. Eu não vou acreditar. Eu sou seletiva. Eu tenho Se Mágico.
Cuidado comigo.
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A Casa dos Budas Ditosos
O cúmulo do putaquepariu na vida é você demorar três anos pra ver uma peça e justamente no dia você sentir um sono animal e ter que ficar lutando pra se manter acordada. Mas um dia eu quero saber dar um texto que nem a Fernanda Torres. E encher um teatro de 12o0 lugares em plena segunda-feira a noite, como ela faz. E cobrando 60 reais por cabeça. Bom, pra isso eu tenho que ganhar um Cannes aos 18 anos. Quantos anos eu fiz mesmo??? Porra.
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Amei o presente. Mesmo. Te gosto.

quarta-feira, março 21, 2007

VAI

Vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiii!!!!!
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E eu sou uma mulher agenciada. Uh la lá.
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A partir de agora, tem início a série: Os Anúncios mais Bizarros da Cooperativa Paulista de Teatro.
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- A YYYYYY está precisando de atores de todas as idades (profissionais), circenses e estátuas vivas para a encenação itinerante da "Paixão de Cristo". O trabalho não será remunerado mas oferecemos lanches.
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- Preciso de um garoto de 8 à 13 anos para interpretar o Lucas Silva e Silva do Mundo da Lua. É para a TV (nome de uma renomada e cara faculdade, famosa por seu curso de cinema e seus anúncios procurando atores para curta metragens), por isso não temos verba. Em compensação é bastante assistido pelos alunos de todos os cursos da faculdade.
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- Necessito de atrizes bonitas, com idade entre 19 e 25 anos, com corpo bonito (tem cenas de nu) para protagonizar, inicialmente, por 5 meses uma minisérie em canal a cabo.
Sei...

segunda-feira, março 19, 2007

Não! Eu me recuso!

Primeiro vieram com esse papo de que eu lembrava a Blossom. Eu me ofendi a princípio, depois me acostumei e acabei aceitando.
Aí inventaram que eu tinha algo de Marisa Orth. Relutei, mas me acostumei.
Surgiu o boato, então, de que eu era a cara da Fernanda Torres. Alguns, mais abusados, até diziam que eu ia ficar a cara da Montenegro quando ficasse mais velha.
Não satisfeitos, resolveram que eu parecia a Marisa Monte. Eu já estava habituada. Cheguei a pensar: agora, nada mais me atinge.
Mas, peralá. Eu não pareço a japonesa do Grey's Anatomy! Nem fudendo. Não me venham com chorumela!!!
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E minha vida de atriz ( que vida, Fernanda? desde quando ensaiar no CAC é ter vida de atriz???Ora, ora, acreditem, dentro de mim há uma atriz em metamorfose) continua me apavorando.
Ainda bem que agora eu tenho um empresário pra me proteger dos perigos da vida artística.
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Emprenteira, cadê minha sala Miroel Silveira???????????????

terça-feira, março 13, 2007

Estou triste

Me deixem quietinha aqui...

segunda-feira, março 12, 2007

Saldo final de semana

Quatro nãos.
Oh, Deus. Não precisa dar certo agora.
Só me mostra que o caminho e a companhia estão certos.
Aí eu acho que eu até posso conseguir esperar.
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A democracia é mesmo uma fruta podre.
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Pelo menos meu novo cartão de banco chegou, a verba está minimamente encaminhada, e as minhas fotos foram entregues (depois de um bom piti, claro).
Vamulá, Eri Johnson, agora só falta você!

domingo, março 11, 2007

Queremos albumina

Eu penso que a gente deve pensar em palavras.
Quando a gente começa a pensar só em números, a coisa começa a perder a graça.
Me disseram que esse é o grande mal dos vinte anos: querer subir na vida, ontem.
Só que eu não quero chegar a um ponto em que eu tenha preguiça de sonhar. E eu já tô começando a ter saudade do tempo em que eu acreditava.
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- Então, Gabi, teve uma época na minha vida em que eu cheguei a acreditar que tudo daria errado, mas foi justamente nesse momento que aconteceu a grande reviravolta, quando...
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OK. Mas se o meio teatral é realmente um ovo, como eu faço pra deixar de ser casca e chegar na gema??? No mínimo, na clara, vai...

quarta-feira, março 07, 2007

É, como diz meu pai, é melhor ouvir merda do que ser surdo.
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Não, porque não basta ser pobre. Não basta ser artista e pobre. Não basta ser artista e pobre e desempregada. Alguém tem que clonar seu cartão de banco e limpar sua conta corrente.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Limbo

É o limbo total.
As respostas não vêm.
Os trabalhos não vêm.
O dinheiro não vêm.
As idéias vêm e vão embora muito rápido.
A paciência diz que vai embora, a esperança convence-a a ficar, e por aí vai.
E enquanto isso as pessoas vão até o site da Cooperativa Paulista de Teatro pra dizer que precisam de atores para comédia comercial semi-alternativa na cidade de São Paulo.
Eu não quero mais viver nesse mundo.
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Loooooola, cadê as minhas fotos????
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Fernaaaaaaandes, cadê a minha verba?????
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Eri Johnsooooooon, cadê meu papel em Aluga-se um Namorado?????

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

nada.

O pior de ficar muito tempo sem postar é que as coisas acontecem, você pensa: Puxa, essa tem que ir pro blog, aí você acaba não escrevendo, e quando finalmente tem tempo e paciência e um computador minimamente rápido pra fazer isso você não lembra mais aquele milhão de coisas maravilhosas que você tinha escolhido e fica olhando pra tela em branco sem escrever porra nenhuma.
Desde o último post eu fiz um book, um teste pra ser assistente de festival de mágica, dois projetos, um bolo de chocolate, um trabalho de rua, muitos telefonemas, muitos ensaios, me viciei em sorvete, comecei musculação, fiz reuniões, cantei, fui ao dentista, percebi que estou sim, formada, e que não aguento mais esse lugar intitulado faculdade, vi minha conta corrente diminuir dia-a-dia, pensei mil vezes que deveria ter tirado o DRT no segundo ano, no máximo, xinguei muito, invejei todas as pessoas do mundo que fazem sucesso, lembrei do passado, sonhei com o futuro, fiz planos, pensei se devo ou não continuar com a terapia, tive vontade de voltar pro RPG, lembrei do passado, fiquei extasiada com ele, cocei muito o olho e lembrei que talvez seja hora de trocar minha lente, discuti com meu pai, discuti com meu irmão, não discuti com a minha mãe não que a minha mãe é do bem, descobri que minha senha do NICA expirou, comi carne louca que minha mãe fez depois de milênios sem comer, comi no Habib´s umas três ou quatro vezes, e o que me sobrou pra escrever nesse blog?
nada. nada. nada. absolutamente nada.
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E como me disseram ontem: Ai, tô precisando tanto dar certo.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Na etiqueta estava escrito:
Não lavar à seco.
Porra, quem lava um maiô de natação à seco???
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E meu irmão chegando em casa à noite:
- E aí, desempregada, como cê tá?
- Tô pobre.
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O importante é que algo grande vai acontecer.
Dizem que vai.
E eu gosto muito de acreditar no que as pessoas dizem.
Principalmente quando são pessoas especiais.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Acadêmicos

E por recomendação médica, recomecei a academia.
Hidroginástica; se rolar, musculação; quem sabe até Yoga e Pilates, já que está incluído no pacote.
Mas vamos com calma que o joelho ainda reclama de vez em quando.

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Deus, perdoe meus pensamentos preconceituosos, mas eu não consigo confiar em uma professora de ginástica.... gorda!
É o mesmo que um dentista com os dentes todos podres.
É o mesmo que uma professora de português falando errado.
É o mesmo que um manobrista batendo o carro.
É o mesmo que um psiquiatra louco.
É o mesmo que uma faxineira suja.
É o mesmo que um caixa que não sabe contar.
Como assim???
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Professores de academia, entendam uma coisa. Nós, alunos, não somos crianças em um acampamento de férias. Nao me venham com essa de gritar "Tem alguém cansado aí??" achando que eu vou gritar "Nããããããooooo!!!!".
Quem foi que te disse que eu tenho que sorrir enquanto faço sua aula?
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Alguém resolveu que seria muito divertido quebrar o vidro do meu carro enquanto eu fui entregar projeto lá na Mmazzarroppi (eu sei que dobra letras, mas não sei onde, então fica assim mesmo). Um susto e um Porto Seguro depois, tudo está resolvido.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Confissões e risadas amarelas

Hoje fiz uma visita à ECA.
Eu não sou daqui.
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-Oi, vim retirar meu atestado de conclusão de curso.
(procura.procura.procura.)
- Aqui está. Só isso?
- E a minha carteirinha da USP.
- Nossa, que sorte, hein, se forma e tira a carteirinha da USP ao mesmo tempo?
- É, eu perdi a antiga.
- Puxa vida. Válida até o fim de 2008. Oficialmente eu teria que jogá-la fora, porque você já se formou, mas como eu não vi nada e não sei de nada...
Risadas Amarelas.
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Sobre o post acima: obviamente não era o sr. Murilo, a materialização do conceito funcionário público e encarnação da má-vontade na Terra. Ai, tomara que ele não trabalhe no Serviço de Pós-Graduação!
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Da série Coisas que eu poderia ter feito durante a faculdade, não fiz e não mais farei:
- comprar um adesivo da ECA pra colar no carro
- fazer alguma atividade no CEPEUSP
- alguma optativa de História da Arte
- aula de capoeira no SINTUSP
- andar de bicicleta no campus
- algum intercâmbio ou algo assim no exterior
- aula de inglês na ECA ou POLI ou FEA
- participar de um BIFE ou Juca ou esses treco aê
- ido à FESTECAS e afins.

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Mas sabe o que eu queria?
Sabe o que eu queria mesmo?
Trabalhar numa pecinha bosta. Ficar em cartaz no Teatro das Artes. Ganhar dinheiro. Chegar com uma hora de antecedência, dar uma alongada, passar um pó compacto e só.
Me chamem de vendida ou o que for.
Eu quero é fazer Aluga-se um Namorado.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Vi

Era um passarinho que caiu do ninho na escada da garagem .
Meu pai, solícito, recolheu o pobre, tentou dar comida, água, mas ele nada aceitou. Ficou apenas piando, piando. Está com a asinha muito curta, pobre. Não sabe voar ainda. Então foi colocado numa velha cadeira de praia com um paninho em cima e tudo bem.
No dia seguinte, alheio aos gatos e todos os demais perigos noturnos, lá estava ele, ainda no quintal. Piando. Piando. Fiz até um carinho na cabeça dele. Já estava começando a gostar do pequeno. E à noite, quando voltei pra casa, ainda ali. A cadeira já marcada com umas belas marcas brancas de cagadas. E ele encolhidinho por cima da camisa velha do meu pai. Piando. Piando.
Mais um dia, e qual minha surpresa ao olhar para a cadeira, depois de ter a curiosidade aguçada por meu pai, e ver que estavam na cadeira três passarinhos. Ele foi buscar reforços? Não, os irmãos caíram do ninho também. OK. Três corpinhos fofos, cinzas e redondos, com a cabecinha pequena e encolhidinhos. Piando. Piando. Nada mal.
Mais um amanhecer. Nada como acordar ao som de passarinhos. Piando. Piando. Ir até o quintal e admirar os três lindos pas.... os quatro lindos passarinhos empoleirados na cadeira de praia. Eles estão procriando? Não, caiu mais um. Caíram todos? É. E olha lá pra antena. O que é isso? São os pais dele. Quem? Os pais dele. Eles estão vindo pra cá trazer comida pros filhotinhos. Comida? É, olha lá o minhocão na boca dela. Ugh. São fofinhos mas comem minhocas. E como cagam, essa cadeira não costumava ser amarela? Sai daí que senão ela não chega perto. Tá bom, tá bom, eu saio. Discovery Channel ao vivo. Que beleza. Minha casa é mesmo um zoológico.
A namorada do meu irmão passou o fim de semana aqui. Ai, como são bonitinhos! Piando. Piando. Mas a Laika não corre atrás deles? Corre nada, ontem ela chegou muito perto, os pais deles já quiseram avançar nela. Como é que é, pai? Esses passarinhos querendo atacar minha cachorra? Esmago esses filhos da puta agora mesmo se machucarem a Laika, mano! Não atacam, não, é só não chegar perto. OK, OK. Meu quintal agora tem território proibido. Chegou perto demais tem passarinho piando lá do alto. Não corra, não se aproxime, não tente fazer carinho na cabecinha deles que eu sou uma mãe ciumenta e posso furar seus olhos e sequestrar sua cadela. Ora, vá, minha senhora, essa casa é minha e se eu quiser andar por ela eu ando e eu sou ser humano e se quiser dar uma estilingada nos seus filhos você não vai poder fazer nada nada ouviu bem nada! Isso aqui é o que agora, Sobradinho dos Pardais? Pelamor.
Pardais, nada, que são todos bem-te-vis. Pena que os filhotinhos só aprenderam a sílaba Vi até agora. De vez em quando um ou outro arrisca falar o Bem. Mas o Te não rola ainda e a frase inteira então só Mamãe e Papai. E se você está dormindo do outro lado da janela isso não é problema nosso, continuaremos praticando nossa seqüência musical de uma nota só, como um bom aluno de violão que teve sua primeira aula e treina seu único acorde bloin-bloin-bloin-bloin-bloin-bloin-bloin-bloin pelo tempo que for necessário. É o sonho da nossa vida, porra! Pra isso somos feitos! Por isso somos chamados de Bem-Te-Vis. Ai, que saco, é de manhã, eu quero dormir, alguém tira daqui esse bando de cagões barulhentos que já espalharam suas manchas brancas pelo quintal toooodo. Mas quem ia tirar? Meu pai? HAN.
Hoje só tinham três no quintal. Cadê o quarto? Foi embora. Aprendeu a voar. Confesso que sentirei saudades. É uma questão de tempo. Ser cuidado. Crescer. Aprender. Abandonar. Todos farão o mesmo. Será que ele aprendeu a dizer bem-te-vi?

sábado, janeiro 06, 2007

Puxa vida, que gostoso!

Ontem e hoje eu dormi tanto que beirou o absurdo. Beirou o ridículo. O escandaloso. O inescrupuloso.
Fiquei até com vergonha.
E com uma leve dor nas costas.
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E descobri que a única bebida que a Fernanda Young conhece é uísque.
E que ela é, sim, tão neurótica como sua irmã Fernanda Yin já havia denunciado.
OK, isto foi uma piada interna.
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Sim, jogo, eu jogo Campo Minado.
Mas eu páro quando quiser.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

É, eu devo ser realmente uma pessoa muito insuportável.
Tão insuportável a ponto de merecer ouvir grosserias.
Não só ouvir, como não poder reagir a elas.
Porque isso obviamente também seria insuportável.
Só não entendo porque as pessoas, então, ainda se dão ao trabalho de lembrar da minha chatíssima existência.