segunda-feira, julho 23, 2007

É bom quando a gente percebe que o nosso insucesso não quer dizer incapacidade.

quinta-feira, julho 19, 2007

O que é pior?

As imagens do acidente? As imagens dos familiares? As imagens dos passageiros antes de embarcar? O fato de o avião derrapar um dia antes e ninguém fazer nada? Ou o bafafá que a imprensa faz, os casos que todo mundo conta de fulano que se salvou, de ciclano que perdeu o vôo por dois minutos de atraso, dos "famosos" que morreram, ou ainda as pessoas que tentam botar a culpa no Lula, ou o Lula que cancela a agenda e faz discurso, as notícias sensacionalistas dos jornais, as matérias espíritas falando sobre a Lei Divina e os resgates coletivos? Os idiotas que vão dizer que morre mais gente na África em um dia, e que ninguém faz nada- como se uma tragédia justificasse a outra? Aquela que jura de pés juntos que viu a asa do avião bater no topo do táxi em que ela estava? A sensação de que poderia ter acontecido comigo, ou com alguém próximo, ou imaginar a dor dessas pessoas que foram, dessas que ficaram, ou perceber que a vida é essa coisa estúpida, que nada fica pra sempre, e que, mesmo que haja um motivo pra tudo isso- e eu realmente acredito que há- isso não pode diminuir o sofrimento de ninguém, nem a certeza de que todos vamos passar um dia por tal sofrimento?
Eu e você vamos esquecer dessa história em poucos dias. Alguns não vão.
Eu não sei o que é pior, mas o melhor é que não foi comigo. Essa é a grande verdade. Toda essa comoção é um alívio. Porque eu- e você- estamos aqui hoje perdendo nosso tempo nos blogspots da vida. Ou lendo as notícias do Terra e vendo as fotos e tudo mais. Ou comprando jornais que estampam a palavra TRAGÉDIA na capa. Que contam quantas pessoas morreram- puxa vida, é um recorde, meu Deus, realmente, um acidente sem proporções, o maior acidente aéreo do Brasil, minha nossa, que coisa bacana, não? É isso que as pessoas querem, vender jornal. E a gente quer comprar, pra sentir que se emociona. Pra sentir que é humano. Mentira. A gente não está nem aí. A gente não pode mesmo fazer nada. E quando acontecer com a gente, também não vai poder. Não está nas nossas mãos. Nunca esteve. Nas de ninguém.
A imprensa vai procurar alguns culpados, que não vão ser punidos, Congonhas vai fechar um tempinho, aí vão diminuir os vôos, e aí vai aumentar o caos nos aeroportos, e aí todo mundo vai reclamar da fila de oito horas que não deixa ninguém passar suas férias de verão na Bahia, tomando água de coco e comendo acarajé. E não parem pra pensar no que a Marta vai dizer.
Esta é questão.
O pior é que ninguém entende isto e ninguém nunca vai entender.

terça-feira, julho 03, 2007

Um leão por dia!

Tá foda.
Tem que matar um Simba Safári por dia.
Na unha.
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E o cartaz que tem lá na ONG diz o seguinte:
Você está grávida?
Tem entre 10 e 18 anos?
Nós podemos te ajudar.
Entre 10 e 18 anos. Não é entre 14 e 18 anos. Não é entre 12 e 18 anos.
É entre 10 e 18 anos.
E se escrevem isso no cartaz, é porque devem existir casos.
Deus!
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Vi um cara lendo isso no Metrô e precisei colocar aqui.
Afinal, de uns meses pra cá eu descobri o prazer de postar imagens no blog.

Deus!