quarta-feira, abril 27, 2011

Passei mal a noite toda, acho que li alguma coisa que não me fez muito bem.
Sonhei que uma ideia genial me perseguia, querendo ser colocada num papel.
Acordei suando, assustada, com a impressão de que ela ainda estava ali, no quarto, rondando. Não consegui pregar os olhos com medo dela voltar.
Só quando o sol nasceu é que pude dormir em paz.
As ideias geniais nunca NUNCA aparecem pela manhã.

terça-feira, abril 26, 2011

A felicidade é um daqueles vestidos que chamam atenção quando vemos a moça com ele na rua, mas que quando vestimos sempre parece que em nós não cai tão bem.

quarta-feira, abril 13, 2011

Fake Moleskine


Ele é quase um pára-raio de ideias, um tradutor-intérprete entre você e o mundo, e você precisa deixar ele ali, na sua bolsa, a postos, porque a qualquer momento do seu dia pode surgir uma ideia genial que você precise anotar, e se o Moleskine não estiver ali, nenhum guardanapo de padaria vai te salvar. Se a ideia for embora, pode não voltar nunca mais. E as ideias geniais andam exigentes, elas já não se deixam anotar em qualquer saquinho de pão, com qualquer caneta, a qualquer hora do dia.
Entrei na padaria outro dia e lá estava ele: um Moleskine, aberto, em cima de um balcão. Atrás tinha uma moça com uma caneta na mão, mas vejam bem, a moça aqui não importa. Porque não era a moça quem escrevia no Moleskine, era o Moleskine quem se deixava escrever.
Eu fiquei bem amiga desse caderninho (não exatamente o Moleskine, os meus sempre foram falsos, da Cícero Papelaria, mas são cópias MUITO fiéis). Carregava na bolsa e anotava toda e qualquer coisa interessante que me viesse na cabeça.
Muitas das ideias que o Fale Moleskine me deu viraram depois textos nesse blog. Mas nos últimos dois meses, o Fake Moleskine ficou aqui na mesa do computador, abandonado, cedendo seu lugar na bolsa, antes reservadas à expressão e criatividade, à coisas mais úteis no momento, tipo pomadas antiinflamatórias, livros do Hamlet abertos poucas vezes, roupas de ensaio e um caderno de anotações teóricas que ainda não tive coragem de reabrir.
Mas Fake Moleskine está de volta. Eu o abri ontem à noite, antes da sessão de cinema começar, e ele não me disse nada - embora eu pudesse sentir um traço de mágoa naquelas páginas sem pauta.
Você não foi embora? Que tipo de ideia incrível você espera de mim agora?
Perdão, Fake Moleskine. Espero que voltemos a ser grandes amigos em breve.