sábado, julho 31, 2004

Obsessões

Às vezes sinto necessidade de escrever sobre mim. De fazer desse blog algo mais útil que um simples acumulado de piadinhas idiotas mas tão mas tão idiotas que vocês até devem rir pensando em como eu pude publicar algo tão idiota.
Pois, pelo menos em algum aspecto da minha vida eu precisava ser corajosa. Que seja, então, no virtual, que dói menos.
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Eu ando cheia de obsessões ultimamente. A primeira delas é fazer meu joelho melhorar. Porque quando eu estava no auge do meu problema joelhístico, tudo que eu conseguia fazer era chorar, reclamar e achar que nunca mais conseguiria retomar nenhuma das minhas atividades na vida. Então, ao menor sinal de melhora, me transformei em uma louca fissurada em exercícios, que faz uma hora de alongamento por dia, hidroginástica, RPG, quatro cápsulas após o café e duas após o jantar, e fortalecimento do quadríceps com 3 séries de 20 levantamentos de perna com dois sacos de farinha de mandioca torrada amarrados à perna pra somar os 750 g exigidos pela fisioterapeuta, já que , é claro, eu não me dei ao trabalho de comprar tornezeleira.
A segunda obsessão é por contar calorias. Eu até posso comer como uma jamanta e engordar feito um bovino sendo preparado para o abate, mas eu jamais deixarei de contar as calorias que estou consumindo no dia. A não ser, é claro, do bolo de cenoura que estou comendo nesse momento, e como eu mesma fiz, não pude contabilizar as calorias dos ingredientes. Quanta falta faz um rótulo!
A terceira obsessão é pra arranjar um emprego. Mas eu juro que dessa vez é sério! Decisão tomada da última vez em que meu pai gritou na minha cara que o bolso dele não é uma fábrica de dinheiro. E eu saí pra Paulista puta da vida não com ele, mas comigo porque eu sei que no final das contas é óbvio que ele tem razão. E mesmo porque eu ainda não desisti do meu plano de ir morar num lugar civilizado o mais perto possível do centro e o mais longe possível desse lugar estranho cheio de gente feia que é a Zona Leste.
Aliás, sair da Zona Leste é a minha quarta obsessão.
A quinta obsessão não deveria estar nessa lista, afinal de contas ela já é au concour. É a minha obsessão mais antiga, a primeira de todas as minhas obsessões, sem contar, é claro, a de ser a She-ra, porque essa acabou se dissolvendo com o tempo. A obsessão-mor, a obsessão de dez entre dez mulheres solteiras da minha faixa etária, a obsessão que mais me atormenta ultimamente é arranjar um namorado. Aliás, agora que eu parei pra pensar, eu só queria ser a She-ra porque achava que assim ia namorar o He-man. É, eu também não sei o que eu tinha na cabeça pra achar o He-Man sexy, mas eu era criança, eu não tinha bom-senso, eu nem sabia o que queria dizer sexy, porra, dá um tempo!Depois eu tive minha fase Flávio Silvino enquanto assitia Vamp, depois eu tive minha fase Raí e Zetti ( lembram dele? Ah, que sorriso... até as reportagens da época do dopping eu guardei...) na época que o São Paulo foi campeão mundial e eles ainda não estavam tão velhos, nem tão gordos. Em alguma das Olimpíadas eu tive minha fase Xuxa, e deve ter tido mais um ou dois atores de cinema ou novela das oito,e até tiveram algumas pessoas que realmente conviviam e conversavam comigo, vejam só, que curioso!
E cá estou há 21 anos cheia de problemas a resolver e eliminando o mais simples deles que é como seria o final deste texto.

quarta-feira, julho 28, 2004

Nascida em 25 de março

Só queria dizer, de uma vez por todas, que eu adoro o Jim Carrey! Em filmes cômicos ou dramáticos, ao contrário do resto do mundo, eu acho ele o máximo. E foi só isso que eu consegui pensar. Desculpem.
Mas alguns filmes são ruins, outros são bons e outros são simplesmente catárticos. E quando vejo um filme catártico, eu esqueço que estou num cinema e depois sou absolutamente incapaz de fazer qualquer crítica sobre ele. O máximo que vou conseguir fazer é um monte de comentários filósoficos sobre o sentido da vida, baseados em minhas experiências traumáticas, etc e tal, e eu até poderia escrever linhas e linhas sobre isso aqui, mas resolvi poupá-los da minha filosofia de boteco e apenas implorar para que vocês assistam Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças pra eu ter com quem debater depois. Ou filosofar. Ou falar bem do Jim Carrey. E do resto.

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Particularmente, detesto esses blogs CTRL+C/CTRL+V. O cara cria um blog e fica colando textos de outras pessoas??? No mínimo estranho...
E nem sou muito de astrologia, numerologia, búzios, ou coisas do tipo... mas recebi isso de uma amiga, muitas coisas "bateram", e eu resolvi colocar aqui. Quem concordar, discordar, ou quiser me xingar pela picaretagem, por favor, manifeste-se até o próximo post ou cale-se pra sempre.

Pessoas nascidas em 25 de março ( tipo eu )

Criativo, desonesto, ou uma mistura de ambos? Como sabemos, as pessoas mais criativas também podem ser as mais desonestas, e vice-versa. O valete de paus é a carta da criatividade mental e financeira. São pessoas cheias de energia e produtivas. Possuem mente brilhante, e nesse aspecto estão muito à frente das pessoas comuns. São da Era de Aquário, portanto, não são inteiramente masculinos nem femininos. São avançados e estão na liderança da evolução de nossa sociedade e do mundo.São muito inteligentes e (...) se seu trabalho lhes permite expressar sua criatividade, eles podem apreciá-lo bastante e mantê-lo, ao mesmo tempo usando-o para ganhar muito dinheito.
Apesar de sua grande inteligência, eles podem mostrar-se inflexíveis e propensos a discussões(...). Muitas vezes não conseguem ver que é seu amor ao debate que os faz desentender-se com os outros. Assim, discutem o mais que podem, e apreciam esse exercício mental. Sua mente inflexível às vezes impede-os de ver a verdade, mas também lhes dá a capacidade de terminar tudo o que começam e defender aquilo em que acreditam.(...) Não gostam de trivialidades e impacientam-se com os erros dos outros. Precisam sentir-se respeitados e querem ocupar uma posição na qual possam deixar sua brilhante criatividade à solta. (...)
Pelo lado negativo, podem ser irresponsáveis e até desonestos. Vêem a coisa de pontos de vista tão diferentes que não acham nada realmente errado ou certo. São capazes de explicar quase qualquer coisa, inventando muito depressa uma história perfeitamente verossímil. Mas nem sempre safam-se com essa esperteza, pois a mão de Saturno não deixa de lembrá-los que devem respeitar os limites que os mantém equilibrados e justos. Os problemas começam quando eles passam a acreditar nas próprias histórias, afastando-se um pouco demais da realidade e com isso criando muitas dificuldades.
São essencialmente generosos. Embora gostem muito de discutir, são amorosos e tratam amigavelmente todas as pessoas que conhecem.
Um modo taõ fixo e intelectual de ver a vida pode trazer problemas pra eles, porque nem sempre funciona no campo do amor. No entanto, o carma deles nessa área não é particularmente ruim. Precisa de uma pessoa que, em primeiro lugar, seja sua amiga e que lhe dê uma certa liberdade para ser o que é. Quando consegue isso, é fiel e devotado. Os homens dessa carta são excelentes amantes e as mulheres, ótimas companheiras.
É comum os valetes de paus precisarem lidar com problemas de saúde de uma pessoa amada. Ou então, são eles que têm esses problemas, e isso pode afetar seus relacionamentos. Na maioria dos casos, as doenças são de fundo emocional, causadas por assuntos familiares ou amorosos. 
  

terça-feira, julho 27, 2004

Lugar comum, eu sei, mas...

Ser campeão em cima da Argentina, nos penâltis, depois de empatar aos 47'30" do segundo tempo, mesmo com eles jogando melhor o tempo todo, é bom pra caralho.

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OK, a próxima da lista sou eu. Tá combinado assim?

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Tenho deixado esse blog meio de lado, por dois motivos.
O primeiro é que cheguei a um estágio patético na minha vida em que nada de novo ou interessante acontece.
O segundo é o ORKUT. Maldita tecnologia viciante...

sábado, julho 24, 2004

Gente legenda e outras histórias

Algumas pessoas que estão sobre a face da terra são repugnantes.
Um dos piores tipos é a pessoa legenda. Aquela que não se contenta em assistir o filme. Ela precisa comentar. E não se contenta em comentar com o coleguinha da cadeira ao lado. Ela precisa gritar pra que toda a sessão ouça. E não se dá sequer ao trabalho de formular uns comentários engraçados, ou quem sabe inteligentes, que façam você ter uma nova visão do mundo, ou do filme. Eles dizem coisas do tipo: " Ih, ó lá, ele abaixou!" quando a personagem abaixa. " Xi, ficou preso " quando a personagem fica presa. E por aí vai.
Não bastavam as cadeirinhas péssimas, as pessoas que brincam de Flash e acham que fazem animação, a trilha sonora sendo invadida por celulares tocando na fileira de trás, os lanches naturais a 5 reais: eu tinha que encontrar um tipo desses pra estragar o meu Anima Mundi.
Que apesar de tudo foi legal. Deveria ser um pouco mais barato, claro. E o stand das massinhas deveria ter menos fila, porque meu lado criança nunca aprendeu a esperar.

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O Balé da Cidade deveria fazer duos. Apenas duos. Unicamente duos. Porque o resto sempre tem um bailarino com cara de perdido fazendo o movimento atrasado. Ou uma bailarina que se posiciona no lugar errado. Bossa é assim, claro. Não poderia ser diferente. Passou de dois, vira zona, né, amigo?

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Eu tenho 21. Se eu começar a fazer balé clássico a sério hoje, até os 30 eu vou ser uma bailarina mediana. Uma bailarina de duos. Ou não?

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Pessoas, torçam pra Marta ser reeleita. Porque se um homem ganhar essa eleição, a grana que a Prefeitura vai gastar trocando todas as plaquinhas PREFEITA por PREFEITO não vai ser pouca. A mulher não poupou nem o gabinete do Teatro Municipal. Cúmulo do feminismo reprimido. Afe! 
 
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Se a campanha contra Helen Cristina der certo, talvez eu inicie a
MELFI, DÁ LOGO A PORRA DO REAJUSTE SALARIAL QUE OS FUNCIONÁRIOS QUEREM, FILHO DA PUTA!!!
Afinal, seria uma boa voltar a ter aula ainda este ano.

terça-feira, julho 20, 2004

O Chico não merece

Está chegando em São Paulo uma nova montagem da Ópera do Malandro. Grandiloquente até. Uma cara de musical da Broadway, que, vamos combinar, não tem nada a ver com o clima da Ópera. Tudo pra ganhar dinheiro. E o povo vai assistir em massa. Ah, claro que vai. Até eu iria, se não fosse tão longe, e principalmente se não fosse tão caro. Então, coloquei-a na minha lista de peças que eu só vejo se arranjar VIP, ao lado de Chicago e Mademoiselle Chanel. Que eu estou louca pra ver, mas recuso-me. Questão de princípios.
Eu achei que isso era o pior desrespeito que o Chico podia receber. Mas estava enganada. O FAMA vai fazer um programa especial só com músicas de Chico Buarque. Isso sim é doloroso.
Primeiro, porque os caras vão cometer o maior de todos os pecados: vão cantar Chico afinado. Ora, qual é a graça se não podemos ouvir aquela voz rouca e desajeitada berrando ao microfone? Realmente, só quem tem o direito de cantar Chico, além dele próprio, são cantoras do nível Elis/Bethânia pra cima. Se é que existe um acima.
Além do que, os caras vão encher as músicas de U uuuuu aahaa yeahyeah ohohohohuaaaaaeee uuuuuuuh, como eles fazem sempre, deixando todas as músicas com a mesma cara. Sempre as mesmas vozinhas agudas, aquelas mocinhas achando que são a Sandy, que aliás é outra tosca que tem boa voz mas não sabe cantar.
Agora vamos ter que agüentar o outro tiozão cantando Chico no seu estilo sertanejo, a outra subindo o tom todo final de frase, e a outra, ridícula, uma tal de Helen Cristina, que diz que seu estilo é MPB e vai cantar Samba do Grande Amor, leu a letra e disse: " Ah, é estranho, ele fica repetindo Mentira, mentira, mentira a música toda...". Alguém precisa explicar pra ela  que isso se chama poesia. A mesma idiota vai fazer um duo de O Meu Amor, e teve a pachorra de comentar, irônica: " Me beijar o ventre, me beijar o sexo... percebem a profundidade da letra?". Só pra encerrar, as duas acham que ao cantar vão interpretar duas prostitutas, "como na peça". Tão achando que é Folhetim...
Era só o que me faltava... já mataram o teatro, agora estão querendo matar a música popular brasileira. O pobre do Chico já se remexe antecipado no caixão. E a Globo ganhando dinheiro, porque essa porra de programa tem audiência. Vai se fuder!
Por isso, no auge de minha ira, resolvi iniciar a campanha Expulse a Helen Cristina do FAMA. Se cada um votar algumas vezes, a gente faz um favor ao mundo e cala a boca dessa mulher. Aí ela vai pra casa, ouve um pouco mais de Chico, e quem sabe percebe que música não é pra ela. Pecadora!!!!

sábado, julho 17, 2004

Reinauguração oficial

As Imaturidades continuam as mesmas,
Mas o Template... quanta diferença!!!!
 
E com essa piada pândega mega ultra manjada, eu considero inaugurado o novo
Imatura, sim. E pândega, graças a Deus!
Muito mais moderno, muito mais bonito, muito mais cheio de frescuras. 
E o mais importante de tudo: com a nova tecnologia bloguística, eu posso publicar meus textos justificados!!! Ah, vocês não imaginam como é orgásmico pra mim ver todas essas palavrinhas alinhadas tanto à esquerda quanto à direita. Porque, vocês sabem, eu sou perfeccionista demais pra agüentar os meus textos publicados todos tortos. Vocês não imaginam o quanto eu sofria com aquele espaçamento esquisito, com aquelas palavras cortadas.
O texto tem que ficar bonito! Alinhado! Simétrico! Tem que ser retinho. Dos dois lados. Tem que ser! Tem!!!
Que pensamentos maduros. Credo.
 

terça-feira, julho 13, 2004

Jabá

Ainda está em construção, mas eu já vou anunciando.

Blog do Grupo Teatro de Auto-Ajuda

Porque a Denise Del Vecchio é melhor que a gente...
Mas o nosso site é bem melhor que o dela!


segunda-feira, julho 12, 2004

O necessário e o supérfluo

Eu costumo ser uma pessoa fiel. Mas em alguns momentos, não dá.
Você insiste, quer porque quer, chega a ser inconveniente, mas as pessoas teimam em não te dar atenção, em não te ligar, em não te incluir nos programas de sábado a noite.
Não vou citar nomes aqui. Vamos chamar essas pessoas de... Casal L&L.
Pois o Casal L&L se esqueceu de mim.
Então, fui obrigada a ir fazer trabalho de rua na quinta à noite no grupo do Helinho.
E digo mais, viciei. A partir de agora, foi pro centro velho da cidade com chocolate quente e sanduíche, tô indo junto.
Alguém aí tem o telefone do Marcelo Bebê ???

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Nunca comprem carro da FIAT. Ele pode quebrar em São Bernardo as duas da manhã debaixo de chuva, e você terá que ser guinchado. E não digam que a culpa foi minha porque dessa vez o carro não era meu e nem era eu quem estava dirigindo.

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Acabou. Acabou, as ilusões se foram. Eu cheguei a uma conclusão definitiva. O amor eterno não existe.
Meu avô está apaixonado pela enfermeira nova. Desde que ela chegou, ele está mais sadio. É comprovado. Depois de 52 anos de casados, ele está amando outra. Só porque minha avó está de joelho operado. Sempre soube que essa coisa de joelho ruim era impedimento pros relacionamentos amorosos.
Ou talvez sejam as injeções que a enfermeira está dando.
Mas a outra hipótese é mais triste e muito mais bonita.

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Deve ser triste viver no mundo da novela das oito. Você se apaixona pelo gostoso do Gabriel Braga Nunes e aí passam 20, 30, sei lá quantos anos e ele vira o estranho do José Mayer. Pensando melhor, ainda bem que o amor eterno não existe. O tempo faz coisas que até Deus duvida.

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Existem coisas na vida que são necessárias. De um modo ou de outro, elas passam por você e sua existência passa a ter um sentido diferente. Resumindo, mudam sua vida.
Existem coisas na vida que são supérfluas. Elas passam por você e você sente que elas poderiam muito bem não ter passado, afinal de contas elas não modificaram porra nenhuma. Resumindo, não faria falta.
Pra melhor explicar, vamos a alguns exemplos.
Os Sete Afluentes do Rio Ota. Necessário. A peça é boa pra caralho.
Os Sete Afluentes do Rio Ota ter duração de cinco horas. Supérfluo. Dava pra cortar pelo menos uma hora daquilo tudo. Talvez uma hora e meia.
O cenário. Necessário. Muito bonito.
As mudanças de cenário. Supérfluas. Os caras mudavam o cenário a cada duas falas. Putaquepariu, e eles fizeram isso por cinco horas. Ninguém merece.
Efeito dos espelhos no quinto quadro. Necessário. Lindo, lindo. Valeu o espetáculo.
Magrelo de dois metros dançando butô em cima das pedrinhas. Supérfluo. Ainda mais se isso será repetido mais umas três vezes até o fim do espetáculo.
Ana Beatriz Nogueira vendo a peça na fileira de trás. Necessário. Absolutamente maravilhosa e necessária.
Gorda sentada na poltrona ao lado com o quadril tão largo que levanta o apoio de braço da sua cadeira. Supérfluo. A própria encarnação do supérfluo, em seu sentido mais material.
Maria Luiza Mendonça. Necessário. Você vê aquela mulher em cena e sabe que de hoje em diante terá em quem se inspirar.
Simone Spoladore. Supérfluo. Ela não é nada. Poderia ser facilmente banida da peça. Aliás, poderia ser facilmente banida do Teatro. Eu agradeceria.
Mas o figurino dela, esse sim, extremamente necessário. Fiquei louca pra ter uma roupa daquelas. Aí li que a peça tem apoio da Daslu e imaginei que deve custar os olhos da cara. Daslu é supérfluo. Bota supérfluo nisso.

quarta-feira, julho 07, 2004

Fraquíssimo

Alguém aí viu alguma graça no final de Friends?
Aliás, alguém aí viu alguma graça nas últimas três temporadas de Friends?
Os caras nem pra fazer um final manjado, daqueles com cenas de flashback, melhores momentos da série toda, uma coisa assim bem brega.
Bem, eles vão continuar exibindo Friends eternamente, como fazem com Married with Children. Ou Cheers, ou Full House. Essas velharadas todas. Então, continuaremos ouvindo Smelly Cat e vendo as idas e vindas de Ross e Rachel. Os desavisados nem vão perceber que a série acabou.
Já era hora. Estavam ficando todos velhos e gordos
. E sem graça.

segunda-feira, julho 05, 2004

Eu não nasci pra Fernanda Montenegro

Não, não tenho o poder da Grande Dama do Teatro. Eu não admito ser indicada ao Oscar e perder pra Gwyneth Paltrow. Injustiça e politicagem eu não tolero. Faço barraco mesmo. Me chamem do que quiserem, mas não de idiota. Eu tenho inteligência suficiente pra saber que sou melhor atriz do que uma múmia que estuda na Oficina Teatral Denise DelVecchio. E pra saber que meu espetáculo é melhor que um teatrinho de colégio mal-feito que tem como enredo a mais batida de todas as músicas da mais batida de todas as bandas de rock do Brasil. Então não questionem minha inteligência. Porque se vocês fizerem isso, eu grito marmelada mesmo. Mando tomar no cú e digo que seu prêmio foi comprado. E faço questão de mostrar isso pra todo mundo. Inclusive pra Denise DelVecchio. Eu sou imatura. Cuidado comigo.

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Vovó Mafalda filha da puta, gorda, nojenta, asquerosa, ridícula, estúpida, Velha.
Papai Papudo, vai tomar no cú. Naõ vejo sua peça nem por 1,20.

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E depois da catarse, as informações.
Ganhamos prêmios de Sonoplastia, Iluminação, Direção e Melhor Espetáculo - Júri Popular.
Fomos indicados para Maquiagem, Figurino, Cenografia, Ator e Atriz.
Ou seja, tudo aquilo a que poderíamos ser indicados.
Inclusive o curioso prêmio de Melhor Comunicação, que nem mesmo os jurados sabem pra que serve.
E ainda assim nosso espetáculo não conseguiu ficar em primeiro, nem mesmo em segundo lugar.
Paradoxal, não?
Pois, eu também achei.

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Nunca me senti tão usada em toda minha vida.
Nunca dei tanto piti em toda minha vida.
Nunca senti tanta falta do Camilo em toda minha vida.
Porque só ele compreenderia minha ira e me ajudaria a gritar que aquilo era o enterro do Teatro Brasileiro.

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Gente, eu beijei o Ronaldo Ciambroni na hora de receber o troféuzinho. ARGH!!!

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Nada no mundo pode ser mais cômico que ver o Rafael correr feito uma gazela até o palco aos gritos de " É meeeeeeeu! Dá pra mim!!!! ".
Ai, justiça seja feita, ele merecia.
Rafa, SMACK, te amo!!!
Sensacional.

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Fernanda Gama ( batendo a cabeça contra um cubo ) - Estou puta. Muito puta.
Nem todas as Avenidas Paulistas do mundo poderiam me acalmar.

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E já que estou na catarse, quero aproveitar pra xingar Alessandro, o homem que compensa horas trabalhadas, e Karen Müller, a vaca mãe.

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OK. Passou. Agora vou digitar projetos e procurar Festivais sérios pra participar. Do tipo que dão dinheiro. E semana que vem, voltemos aos posts sobre coisas interessantes. Pra ver se as pessoas voltam a comentar. Adeus!