quinta-feira, abril 29, 2010

Certas coisas da vida fazem a gente perceber que aquela história de "tudo tem seu tempo" não é apenas mais um clichê.

sexta-feira, abril 16, 2010

Pequenos diálogos entre mãe e filha

- Minha filha, Godot não vem!!! Sai debaixo dessa árvore e vai pra cama JÁ!
- Ah, mãe, só mais cinco minutos, vai? Por favoooor.


- Larga esse livro, minha filha. Vai pra rua, andar de skate, aprender um pouco de hip hop...
- Quero fazer faculdade pra virar artista, mãe.
- Bom, depois quando não conseguir emprego nenhum como oficineira, não diga que eu não avisei...


- Laura, vai pra sua aula de datilografia AGORA!
- Eu não posso, eu vomitei.
- Toma um DRAMIM e não me enche o saco! E ensina pro teu irmão o que é Torrent, pelamordedeus!


- O Jasão não servia pra você, mãe. Você sabe, homem é tudo palhaço!
- Cala tua boca, menina! Te afogo!


- Mãe, como era mesmo o nome do papai?
- Luis Carlos Prestes, filha. Luis Carlos Prestes.

terça-feira, abril 13, 2010

Só por hoje

Eu pensei bem e resolvi que como um ser humano consciente, cristão, que não faz mal a quase ninguém e tenta pagar quase todas as suas contas em dia, tenho direito a um dia de tristeza profunda por mês. Um dia só, porra. Até quem segue dieta de pontos se permite uma mousse de chocolate, até as modelos magérrimas comem um pastel de queijo, embora vomitem tudo isso depois - e cá entre nós isso é exatamente o que eu pretendo fazer.
Vomitar faz bem, porque não?
Esse sempre foi um blog confessional e de repente, de uma hora pra outra, me deu vontade de transformá-lo num blog de ficção. Diz minha psicóloga que eu deveria escrever ficção, que seria uma boa maneira de encontrar uma finalidade útil pra tanta divagação e tanto pé no mundo da fantasia - porque me veio à cabeça a imagem de uma centopéia nesse momento?
Eu já percebi que tudo o que me resta é uma mente criativa, e como não tenho outra escolha tenho dedicado minhas horas a perceber o que é que dá pra fazer com ela. Então, é isso, fazer ficção de si mesmo. Escrever historinha e fingir que nada disso tá acontecendo com você. Bom, melhor do que escrever historinha pra fingir que TÁ, não é?
Aí penso que quero ir embora, fugir, que quero sumir do mundo e voltar só no dia em que eu já tiver encontrado um jeito de ser feliz, e depois penso que mundo é esse do qual eu tô tentando ir embora, se eu não vivo no mundo há tanto tempo - que porra é ir embora do mundo na minha concepção, é ir ainda mais pra dentro de si?
Falando em concepção, preciso mudar de pílula. A minha já não tá segurando a TPM.
Ah, tá. Um dia de tristeza profunda por mês. Explicado.

segunda-feira, abril 12, 2010

Eu vi

Cinema

e achei lindo pra caralho.
Claro que tem umas "gorduras", como bem disse Carol Pinzan ao fim da peça, mas a ditadura da magreza nem sempre é a melhor solução, tá, e os dois terços finais são de uma beleza TÃO impressionante que eu saí do teatro quase convencida que o Felipe Hirsch já pode morrer que ele já fez a parte dele por aqui.

In on It

cujo índice de gordura corporal é zero. Texto bom, atores bons, direção boa e todo o resto que faz valer super a pena mesmo o Teatro FAAP continuando caro e desconfortável. O Enrique Diaz, pra mim, tá morto, já.

Veria qualquer uma das duas de novo.
Tô dando sorte com a programação teatral da cidade ou meu senso crítico tá meio esquisito?