quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Enfim, atualizando

Esperamos sinceramente que os posts sejam mais frequentes a partir da chegada do meu Speedy, que se Deus quiser ocorrerá nessa semana.
Isso se eu não desistir do blog até lá.

********

Como assim, fadiga muscular no maxilar? Plaquinha pra dormir? Será possível que eu tenho que somatizar tudo, Deus do céu?

********

Gente, o que é esse Noitão do HSBC???
Pessoas alternativas do mundo alternativo do alternativo, assistindo filmes alternativos num horário muito mais que alternativo. Pior que eu adorei!
Principalmente por O Massacre da Serra Elétrica, que é um terror tão mas tão ruim que chega a ser uma das melhores comédias que eu vi nos últimos tempos.
Ah, e fujam no novo filme do Robin Willians. Mas fujam com toda a força de suas pernas.

********

Quando crescer, eu quero ser atriz de filme falado em espanhol. Daqueles bem tristes, com trilhas sonoras bonitas e cenários legais. Pode ser um Almodóvar, que eu não ligo. Minhas chances com ele, aliás, são altas, afinal sou nariguda, e isso já é meio caminho andado.

********

Sorvete de creme com cobertura de Nutella é minha nova comida oficial para dias de fossa.
Porque não basta sofrer, tem que sofrer com chocolate.

********

MOSTRA NOVÍSSIMOS DIRETORES LANÇAM SUAS CERTEZAS?
Quando as máquinas param, de Plínio Marcos
Direção de Diego José Villar
com Fábio Fonseca e Lumi Abe
TUSP- R. Maria Antônia, 294
de 24/02 a 06/03/05
quinta a sábado as 21h
domingos as 19h
Grátis

Meu amigo, gente, que lindo que ele é! Que orgulho!



quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Frases desconexas

( totalmente a ver com o momento. Ou não )

" O tempo cura todas as feridas. A não ser que você fique arrancando as cascas". Eu ouvi isso, por incrível que pareça, num jogral de criancinhas toscas no Dia das Mâes. Achei profundo. Não é lá muito profundo, é verdade, mas dentro do contexto apresentado, tentem dar um braço a torcer.
O fato é que a gente acha que esquece e não esquece. Não que eu queira esquecer ( isso se consideramos 'esquecer' como ' retirar completamente de sua vida, sem deixar vestígios' ), mas só aprender a conviver e tocar pra frente já seria uma ótima. E é péssimo quando você percebe que não aprendeu. E pior ainda quando percebe que os outros aprenderam. É sádico, mas há momentos na vida em que tudo que você quer é saber que certo alguém sofre tanto quanto você. Não que eu ande querendo passar a perna nos outros. Ao menos não mais do que o normal. Mas, puxa, se você demonstrasse fraqueza... minha vida seria um pouco mais feliz.
De vez em quando é bom chorar, chorar de se acabar, guardar alguns dias, horas, meses, sei lá quanto tempo ( lá estamos nós no maldito remédio de todos os males ) de luto, pra então renascer. Fazia muito tempo que eu não chorava. Especialmente por isso. Especialmente assim, encolhida no chão e deixando a baba escorrer. Aquela coisa nojenta, depressiva e que já foi mais comum na minha vida. E indo tomar banho pra ver se a energia ruim vai embora. E ficar escrevendo nomes e desenhando coisas no box do banheiro. Como se fosse resolver alguma coisa. Há tempos também eu não escrevia por aqui. Pelo menos nada de útil. Agora já paguei minha dívida. Chorei e registrei nesse maldito blog, mais uma das concretas provas de que privacidade é coisa do passado.
Passado é uma coisa que tem me incomodado. É duro quando você descobre que depende muito mais dele do que acreditava. Remoer, remoer, remoer. Refazer, repensar, relembrar, recordar, remoer, remoer. O tempo não volta atrás. Pois é, mas arrependimento é um bichinho que persegue. Pelo menos o que resolveu me perseguir. É bem insistente. Deve ser ariano, ou coisa do gênero. Difícil é largar aquilo que fez parte da sua vida por tanto tempo. Tenha sido bom ou ruim, o fato é que fica. De tempos e tempos a memória acaba vindo à tona. Ciclo. É como, sei lá, menstruação. Pior que quando não vem a gente tende a ficar ainda mais preocupada.
Dou graças a Deus, às vezes, e repito, só às vezes, porque não estou muito certa de isso ser realmente uma vantagem, de não beber, fumar ou coisas do tipo, porque não sei muito bem o resultado se o um litro de chá fosse substituído por um litro de vodka. Consequências desastrosas. Mesmo porque recordações amorosas amargas somadas à perda da sobriedade não costumam gerar bons resultados. O fato é que juntar Closer + Caio Fernando Abreu + Roberto Carlos + encontros inesperados já é destrutivo e depressivo o suficiente. Só faltou a cocaína. Que eu não uso, graças a Deus.
Mas amanhã eu tenho uma peça pra ensaiar, uma consulta pra pagar, muitos projetos pra serem feitos, e eu não posso mais ficar aqui a esperar que um dia de repente você volte para mim, só pra citar o Rei, que ninguém é de ferro. "Amor não devia rimar com dor" eu também ouvi hoje, em outro comentário extremamente pseudo-profundo, levando-se em conta que em dias de crise qualquer coisa piegas que você ouve é profunda ( E viva a filosofia de boteco! ). E respondi, num momento ainda mais piegas, ainda mais considerando-se que foi envolto em soluços, lágrimas e afins, que rima não só com dor, mas também com temor, e com horror, torpor, calor, elevador, computador, como eu pensaria depois, só para tornar o texto ainda mais desconexo.
E o tempo passou, e as coisas mudaram, as pessoas tocaram a vida pra frente e eu, quem diria, acabei ficando pra trás. Eu que sempre quero ser a primeira da turma. Ironia do destino, não? Outra coisa pra refletir mais tarde, ironias do destino. Acho que eu já andei dizendo por aqui que a vida é um eterno cuspir pro alto e sentir cair na testa, não? Chega de filosofia furada e vamos a um dos motivos da madrugada depressiva em plena quarta-feira de cinzas. Ao menos, eu escolhi um dia bastante adequado pra me arrepender...

********

Nem mesmo você pode entender
Porque tanto amor me prende a você
A própria razão já me fez pensar
Que por toda a vida eu vou te amar

Ainda que eu passe
A vida inteira dizendo que não
Você continua
A todo momento em meu coração

MAs se eu pudesse me libertar
E te esquecer, eu queria um amor
Mas não adianta nem pensar
Porque o amor que eu quero
E que tanto espero
É igual a você

Nem mesmo você pode entender
Nem mesmo você pode entender
Nem mesmo você pode entender

Gravada, é claro, pelo grande Roberto Carlos, no tempo em que ele tinha mais cabelo e todos eram pretos. E aguentem, que eu ainda vou comprar os outros CDs e completar a coleção com todo o dinheiro que eu vou ganhar fazendo teatro que essa é minha verdadeira preocupação esse ano.

********

A propósito, a Estação Ciência finalmente me pagou. Pela única vez na vida, que depois dos pitis eu não serei contratada nunca mais. Mas outros empregos e amores virão...