Lá a coisa é sempre muito grande. E eu tenho medo. Tenho medo do exagero porque sei que ele é naturalmente parte de mim. Deus, porque Diabos eu fui nascer em março? E então os amores são grandes, o medo é grande, a dor é grande, a impaciência é grande, a insegurança é grande, tudo devidamente elevado a sei lá que potência, e não que essa grandeza sempre chegue ao mundo exterior, mas estamos falando daquilo que acontece aqui dentro, ok?
E sei lá que barreiras são essas que eu me imponho pra não deixar que as coisas grandes cheguem do lado de fora. Eu tenho descoberto muitas delas, e fico sempre muito feliz até perceber que elas me parecem grandes demais para que eu consiga ultrapassá-las. Eu não me sinto capaz de vencer meus instintos, nem minhas tendências auto-destrutivas, minha educação, meus valores ultrapassados, meus vícios, meus traumas. Eles estão todos aqui. Eu nem sei se todo mundo percebe. Eu sempre me preocupei em esconde-los tão bem...
Eu queria que minha vida fosse um livro aberto. Que as pessoas olhassem pra mim e soubessem exatamente o que eu estou sentindo. Pra eu não ter que me dar ao trabalho de falar sobre, coisa que eu nunca soube fazer. Vai ver foi por isso que um dia eu resolvi que ia ser atriz. Pras coisas ficarem mais claras. Não sei se deu muito certo, já que eu sou tudo aquilo que uma atriz não deveria ser. O que me salva é que eu psicossomatizo.
Eu não me expresso, eu transbordo. Falar as coisas pra mim não é um elemento comum da relação entre dois ou mais seres humanos. Falar pra mim é explosão, é deixar que tudo aquilo que não encontra mais seu lugar dentro alcance o lado de fora. É alívio, puro alívio. Por isso que as coisas só vem à tona quando atingem o limite, quando eu não suporto mais, e aí sim: Crise, esse é o Mundo. Mundo, essa é a Crise. Então eles que se virem sozinhos, que a minha parte eu já fiz. E eu não queria estar no lugar do Mundo nesses momentos...
Por hora, tudo no meio termo por aqui. Comigo muita coisa remexendo, remoendo, misturando, querendo conhecer a vida. E eu como boa mãe superprotetora não sei se devo deixar. Pra que, meu Deus, tanto e mais sofrimento? Pra ser remoído mais um pouco, pra virar material de construção pra mais uma barreira a me separar de quem eu amo?
Eu tô tentando fugir, e me esconder. Mas quando eu mesma descubro os meus esconderijos, ai, fica tão mais difícil...
E sei lá que barreiras são essas que eu me imponho pra não deixar que as coisas grandes cheguem do lado de fora. Eu tenho descoberto muitas delas, e fico sempre muito feliz até perceber que elas me parecem grandes demais para que eu consiga ultrapassá-las. Eu não me sinto capaz de vencer meus instintos, nem minhas tendências auto-destrutivas, minha educação, meus valores ultrapassados, meus vícios, meus traumas. Eles estão todos aqui. Eu nem sei se todo mundo percebe. Eu sempre me preocupei em esconde-los tão bem...
Eu queria que minha vida fosse um livro aberto. Que as pessoas olhassem pra mim e soubessem exatamente o que eu estou sentindo. Pra eu não ter que me dar ao trabalho de falar sobre, coisa que eu nunca soube fazer. Vai ver foi por isso que um dia eu resolvi que ia ser atriz. Pras coisas ficarem mais claras. Não sei se deu muito certo, já que eu sou tudo aquilo que uma atriz não deveria ser. O que me salva é que eu psicossomatizo.
Eu não me expresso, eu transbordo. Falar as coisas pra mim não é um elemento comum da relação entre dois ou mais seres humanos. Falar pra mim é explosão, é deixar que tudo aquilo que não encontra mais seu lugar dentro alcance o lado de fora. É alívio, puro alívio. Por isso que as coisas só vem à tona quando atingem o limite, quando eu não suporto mais, e aí sim: Crise, esse é o Mundo. Mundo, essa é a Crise. Então eles que se virem sozinhos, que a minha parte eu já fiz. E eu não queria estar no lugar do Mundo nesses momentos...
Por hora, tudo no meio termo por aqui. Comigo muita coisa remexendo, remoendo, misturando, querendo conhecer a vida. E eu como boa mãe superprotetora não sei se devo deixar. Pra que, meu Deus, tanto e mais sofrimento? Pra ser remoído mais um pouco, pra virar material de construção pra mais uma barreira a me separar de quem eu amo?
Eu tô tentando fugir, e me esconder. Mas quando eu mesma descubro os meus esconderijos, ai, fica tão mais difícil...