domingo, novembro 27, 2005

Eu tô no topo!!!

Advertência inicial: este será o texto mais diva da história desse blog. Não me acusem de esnobe, vejam que ele é um texto realmente emocionado. Obrigada!

Ontem foi a premiação do Curta Teatro de Sorocaba.
Não, infelizmente não ganhamos os 2 mil do primeiro lugar; também não ganhamos os 1,8 mil do segundo lugar, e tampouco os 1,2 mil do terceiro lugar. Sim, vamos ter que suar pra pagar o aluguel do teatro.
Mas ganhamos Melhor Atriz- sim, eu mesma, recebendo o troféuzinho no palco com as bichas gritando Maravilhosa, o Rafael dando seu famoso grito explosivo depois de fingir que tava calmo a premiação inteira, e a oradora comentando como minha mão tava gelada na hora que eu a cumprimentei, pra depois fazer o discurso mais diva de todos naquele microfone: Eu tô no topo! Gente, quem não assistiu a peça deve ter me odiado naquele momento!
Fomos indicados em Maquiagem e Figurino também - puta peça de viado, hein!?

Todo mundo veio me dizer depois que aquele prêmio tinha sido realmente muito merecido. Eu sempre fico feliz com elogios, e sem graça também. Mas todo mundo me pareceu bastante sincero. E eu fiquei pensando em como as histórias na vida se repetem. Eu me lembro de um ensaio em que eu disse pro Rafa que eu tava morrendo de medo da Lótus, mas por outro lado eu adorava desafios. E é sempre assim. De vez em quando eu preciso me colocar à prova, pra ver se é realmente isso o que eu quero fazer. Quando eu ganhei um prêmio no colégio, eu decidi que eu ia prestar Cênicas. Agora, esse vem numa nova fase, em que estou saindo da faculdade e descobrindo que viver de teatro não é assim um mar de rosas. Mas continua sendo uma coisa que eu amo muito. Essas lições que a gente leva pra vida toda.
E eu não acho que a personagem esteja construída, eu não acho que eu saiba tudo que estou fazendo, eu concordo com o júri, e acho que tem muita coisa a trabalhar. Mas é um desafio que eu continuo querendo vencer.

Não é a primeira vez que me dão Parabéns por algum espetáculo. Na verdade, atores estão acostumados a receber Parabéns por seu trabalho. Alguns Parabéns, aliás, muito pouco sinceros. Mas ontem, pela primeira vez, alguém me disse Obrigado. Obrigado pelo seu trabalho, ele é lindo! Foi no meio de uma multidão de comentários e cumprimentos, e eu confesso que nem lembro direito quem foi. Não guardei o rosto nem a voz da pessoa, e provavelmente ela nunca vai saber que o comentário que ele ou ela fez foi uma das melhores coisas que eu já ouvi na vida.

Gente, agora falando sério, pensem comigo: saímos de São Paulo com uma roupa branca improvisada pelo Rafa Rios em um dia, um banco pintado de branco com tão pouca tinta que dava pra ver que ele era preto antes, uma luz super simples, sem trilha sonora, uma maquiagem feita toscamente sem experiência alguma, depois de ensaiar duas semanas, e ainda queríamos ganhar dois mil reais??? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. A gente é metido mesmo, né!? Pelo menos dessa vez a gente admitiu e não xingou ninguém na premiação...

Momento Coruja:
Ao telefone, Sorocaba- São Paulo:
Eu: Mãe, ganhei Melhor atriz.
Minha mãe (aos gritos): Melhor atriz? Melhor atriz? Melhor atriz?
Meu pai (ao fundo): Eu não falei? Eu não falei?

Ao vivo, São Paulo (depois de pegar a Castello Branco à noite, uhu!)
Minha mãe: Amanhã vou acordar cedo pra assistir o Pequenas Empresas, Grandes Negócios sobre companhia de teatro!
Meu pai: É isso aí, ontem Aparecida, hoje Sorocaba, amanhã Hollywood!!!

Calma, pai. Se o ciclo realmente se repetir, daqui a cinco anos eu fico feliz com um Shell ou APCA, OK? Ai, ai, eu esperarei, não é verdade?

sexta-feira, novembro 25, 2005

Sr. Teatro

Eu andei pensando que tem vezes que o teatro me pesa como uma obrigação.
Eu tenho minha teoria de que não sou mais apaixonada port eatro há muito tempo; eu e o Sr. Teatro já casamos e tem dias que eu acordo, olho pro outro lado da cama e penso: Ai, Teatro hoje, de novo, não! Mas em geral são momentos passageiros.
Ultimamente, envolvida em tanta produção, e dando aula, e correndo atrás de tudo, e sem tempo pra fazer nada, eu andava meio de saco cheio de teatro. Aí veio o Curta Teatro de Sorocaba, e me fez ficar tão, mas tão nervosa, que me fez pensar, na terça-feira: porque ao invés de pensar na responsabilidade de ir pro Festival, eu não penso em como é bom ir mais uma vez a um SESi mostrar o meu trabalho? Porque ao invés de ter medo do júri eu não penso que eles poderão dar toques super legais? Porque ao invés de ter medo de pegar a Castello Branco sozinha eu não me empolgo com o fato de que vou fazer algo pela primeira vez?
Tem uma hora na vida que a gente pensa que ter medo é uma coisa que a gente até pode controlar.
E assim passou o meu nervosismo, e assim a gente apresentou na quarta, e assim eu vi que ir pra Festival continua sendo uma delícia, e assim eu vi que realmente escolho as pessoas certas pra trabalhar, e assim eu vi que pra mim estar em cena ainda é maravilhoso e divertido, e assim eu vi que as bichas são minhas fãs, e melhor de tudo, elas vão lotar o Dark Room quando estrear.
E eu só queria declarar aqui que Alberto Guzik disse que eu tenho presença em cena e isso já me fez ganhar a viagem. Claro que continuarei rezando pra além disso ganhar o Festival, afinal, eu tenho uma produção a pagar.
Sábado eu conto o resultado. Ou não conto, se ele for muito desfavorável, que eu já cansei de chorar pitangas por aqui. De modo que todos compreenderão o meu silêncio.
É isso. Um ensaio a menos, e uma nova estréia na semana que vem.

domingo, novembro 20, 2005

... e você abriu, sim, tá, tá bom!


Faltam duas semanas pra estréia e o friozinho na barriga está começando. Tá aqui, ó!

UM HOMEM BATEU EM MINHA PORTA
" Às vezes você dá risada porque quer chorar, mas a água não sai do seu olho"

Criação coletiva de Bruno Caetano, Carolina de Biagi, Fernanda Gama, Maria Julia Martins e Rafael Truffaut
de 03 a 18 de dezembro- sextas e sábados as 21h e domingos as 20h
Teatro Laboratório ECA-USP
Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa J, Cidade Universitária
Entrada Franca ( retirar convites com uma hora de antecedência )

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Quarta-feira, sem falta, lá em Sorocaba. Rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem, rezem.

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Acabei de perder minha última virgindade ali no banheiro. Ai, dor!

terça-feira, novembro 08, 2005

Aí Deus pensou bem e disse:
- Tá, eu vou tirar a mão. Mas só porque o menino prometeu não comer chocolate. Ele tá sofrendo com isso. Ele merece ser feliz em troca.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Só pra dar uma aliviada

Um belo dia, um cara chamado Lars Von Trier teve a brilhante idéia de falar sobre como o ser humano é um inútil que nem conviver em sociedade consegue. Ele fez o primeiro filme e acabou comigo. Aí ele fez o segundo, e eu pensei: Há! Agora eu já conheço o seu jogo e você não me pega mais. E ele pegou.
Gênio maldito!

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Quando foi que eu decidi que esse blog ia virar um muro de lamentações???
Agora que outubro acabou e as coisas parecem estar se acalmando (antes- tá ruim, tá ruim, tá muito ruim; agora- tá ruim, tá ruim, mas tá quase no fim), prometo que vou tentar rechear esse espaço de posts animados, piadas ruins e comentários que não valem de nada. Enfim, voltando às origens.

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Eu já comentei sobre o Pet Shop no Tatuapé chamado PET STOP???
Ai, ai, ai...

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Aliás, que beijo gay picareta foi esse, hein, Glória Perez? Só faltou parar a novela no meio e passar receita de bolo. Bom mesmo foi ver Camila Morgado batendo aquela cara toda torta no vidro.

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Finalmente, depois de mais de um ano de sucesso, as piadas Olga deram espaço à novíssimas piadas, saídas diretamente dos Sete Afluentes do Rio Ota. Competem com Terça Insana como melhor piada do ano.