Advertência inicial: este será o texto mais diva da história desse blog. Não me acusem de esnobe, vejam que ele é um texto realmente emocionado. Obrigada!
Ontem foi a premiação do Curta Teatro de Sorocaba.
Não, infelizmente não ganhamos os 2 mil do primeiro lugar; também não ganhamos os 1,8 mil do segundo lugar, e tampouco os 1,2 mil do terceiro lugar. Sim, vamos ter que suar pra pagar o aluguel do teatro.
Mas ganhamos Melhor Atriz- sim, eu mesma, recebendo o troféuzinho no palco com as bichas gritando Maravilhosa, o Rafael dando seu famoso grito explosivo depois de fingir que tava calmo a premiação inteira, e a oradora comentando como minha mão tava gelada na hora que eu a cumprimentei, pra depois fazer o discurso mais diva de todos naquele microfone: Eu tô no topo! Gente, quem não assistiu a peça deve ter me odiado naquele momento!
Fomos indicados em Maquiagem e Figurino também - puta peça de viado, hein!?
Todo mundo veio me dizer depois que aquele prêmio tinha sido realmente muito merecido. Eu sempre fico feliz com elogios, e sem graça também. Mas todo mundo me pareceu bastante sincero. E eu fiquei pensando em como as histórias na vida se repetem. Eu me lembro de um ensaio em que eu disse pro Rafa que eu tava morrendo de medo da Lótus, mas por outro lado eu adorava desafios. E é sempre assim. De vez em quando eu preciso me colocar à prova, pra ver se é realmente isso o que eu quero fazer. Quando eu ganhei um prêmio no colégio, eu decidi que eu ia prestar Cênicas. Agora, esse vem numa nova fase, em que estou saindo da faculdade e descobrindo que viver de teatro não é assim um mar de rosas. Mas continua sendo uma coisa que eu amo muito. Essas lições que a gente leva pra vida toda.
E eu não acho que a personagem esteja construída, eu não acho que eu saiba tudo que estou fazendo, eu concordo com o júri, e acho que tem muita coisa a trabalhar. Mas é um desafio que eu continuo querendo vencer.
Não é a primeira vez que me dão Parabéns por algum espetáculo. Na verdade, atores estão acostumados a receber Parabéns por seu trabalho. Alguns Parabéns, aliás, muito pouco sinceros. Mas ontem, pela primeira vez, alguém me disse Obrigado. Obrigado pelo seu trabalho, ele é lindo! Foi no meio de uma multidão de comentários e cumprimentos, e eu confesso que nem lembro direito quem foi. Não guardei o rosto nem a voz da pessoa, e provavelmente ela nunca vai saber que o comentário que ele ou ela fez foi uma das melhores coisas que eu já ouvi na vida.
Gente, agora falando sério, pensem comigo: saímos de São Paulo com uma roupa branca improvisada pelo Rafa Rios em um dia, um banco pintado de branco com tão pouca tinta que dava pra ver que ele era preto antes, uma luz super simples, sem trilha sonora, uma maquiagem feita toscamente sem experiência alguma, depois de ensaiar duas semanas, e ainda queríamos ganhar dois mil reais??? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. A gente é metido mesmo, né!? Pelo menos dessa vez a gente admitiu e não xingou ninguém na premiação...
Momento Coruja:
Ao telefone, Sorocaba- São Paulo:
Eu: Mãe, ganhei Melhor atriz.
Minha mãe (aos gritos): Melhor atriz? Melhor atriz? Melhor atriz?
Meu pai (ao fundo): Eu não falei? Eu não falei?
Ao vivo, São Paulo (depois de pegar a Castello Branco à noite, uhu!)
Minha mãe: Amanhã vou acordar cedo pra assistir o Pequenas Empresas, Grandes Negócios sobre companhia de teatro!
Meu pai: É isso aí, ontem Aparecida, hoje Sorocaba, amanhã Hollywood!!!
Calma, pai. Se o ciclo realmente se repetir, daqui a cinco anos eu fico feliz com um Shell ou APCA, OK? Ai, ai, eu esperarei, não é verdade?
Ontem foi a premiação do Curta Teatro de Sorocaba.
Não, infelizmente não ganhamos os 2 mil do primeiro lugar; também não ganhamos os 1,8 mil do segundo lugar, e tampouco os 1,2 mil do terceiro lugar. Sim, vamos ter que suar pra pagar o aluguel do teatro.
Mas ganhamos Melhor Atriz- sim, eu mesma, recebendo o troféuzinho no palco com as bichas gritando Maravilhosa, o Rafael dando seu famoso grito explosivo depois de fingir que tava calmo a premiação inteira, e a oradora comentando como minha mão tava gelada na hora que eu a cumprimentei, pra depois fazer o discurso mais diva de todos naquele microfone: Eu tô no topo! Gente, quem não assistiu a peça deve ter me odiado naquele momento!
Fomos indicados em Maquiagem e Figurino também - puta peça de viado, hein!?
Todo mundo veio me dizer depois que aquele prêmio tinha sido realmente muito merecido. Eu sempre fico feliz com elogios, e sem graça também. Mas todo mundo me pareceu bastante sincero. E eu fiquei pensando em como as histórias na vida se repetem. Eu me lembro de um ensaio em que eu disse pro Rafa que eu tava morrendo de medo da Lótus, mas por outro lado eu adorava desafios. E é sempre assim. De vez em quando eu preciso me colocar à prova, pra ver se é realmente isso o que eu quero fazer. Quando eu ganhei um prêmio no colégio, eu decidi que eu ia prestar Cênicas. Agora, esse vem numa nova fase, em que estou saindo da faculdade e descobrindo que viver de teatro não é assim um mar de rosas. Mas continua sendo uma coisa que eu amo muito. Essas lições que a gente leva pra vida toda.
E eu não acho que a personagem esteja construída, eu não acho que eu saiba tudo que estou fazendo, eu concordo com o júri, e acho que tem muita coisa a trabalhar. Mas é um desafio que eu continuo querendo vencer.
Não é a primeira vez que me dão Parabéns por algum espetáculo. Na verdade, atores estão acostumados a receber Parabéns por seu trabalho. Alguns Parabéns, aliás, muito pouco sinceros. Mas ontem, pela primeira vez, alguém me disse Obrigado. Obrigado pelo seu trabalho, ele é lindo! Foi no meio de uma multidão de comentários e cumprimentos, e eu confesso que nem lembro direito quem foi. Não guardei o rosto nem a voz da pessoa, e provavelmente ela nunca vai saber que o comentário que ele ou ela fez foi uma das melhores coisas que eu já ouvi na vida.
Gente, agora falando sério, pensem comigo: saímos de São Paulo com uma roupa branca improvisada pelo Rafa Rios em um dia, um banco pintado de branco com tão pouca tinta que dava pra ver que ele era preto antes, uma luz super simples, sem trilha sonora, uma maquiagem feita toscamente sem experiência alguma, depois de ensaiar duas semanas, e ainda queríamos ganhar dois mil reais??? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. A gente é metido mesmo, né!? Pelo menos dessa vez a gente admitiu e não xingou ninguém na premiação...
Momento Coruja:
Ao telefone, Sorocaba- São Paulo:
Eu: Mãe, ganhei Melhor atriz.
Minha mãe (aos gritos): Melhor atriz? Melhor atriz? Melhor atriz?
Meu pai (ao fundo): Eu não falei? Eu não falei?
Ao vivo, São Paulo (depois de pegar a Castello Branco à noite, uhu!)
Minha mãe: Amanhã vou acordar cedo pra assistir o Pequenas Empresas, Grandes Negócios sobre companhia de teatro!
Meu pai: É isso aí, ontem Aparecida, hoje Sorocaba, amanhã Hollywood!!!
Calma, pai. Se o ciclo realmente se repetir, daqui a cinco anos eu fico feliz com um Shell ou APCA, OK? Ai, ai, eu esperarei, não é verdade?