terça-feira, fevereiro 28, 2006

As Pontes de Madison

Cada vez mais eu confirmo.
Clint Eastwood faz filmes água com açúcar. Clint Eastwood faz filmes previsíveis e que beiram o melodramático. Clint Eastwood faz roteiros oscarizáveis e que não trazem muita coisa realmente original.
E eu adoro!
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Carnaval em Salto. Só um filme. Livro técnico que eu não tive paciência de ler. TPM. Minha família às vezes passa dos limites. E se torna um saco. Às vezes silêncio é uma coisa necessária. Alguém precisa explicar isso pra eles.
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Amanhã chega minha passagem. Faltam só quinze dias. Vovô ainda não sabe. Preciso comprar meias de lã. Preciso conversar com a Cibele. Preciso pegar a mala grande que está em Salto e eu esqueci de trazer. Preciso conversar com a Adriana. Preciso conversar com meus alunos. Preciso entregar projeto pro Armando antes de ir. Preciso fazer projeto do Cem Anos antes de ir. Preciso começar a Hidroterapia antes de ir. Preciso comprar mais uma caixa de Roacutan pra levar. Preciso ligar pra Dora e ver se ela me pega no Aeroporto. Preciso arranjar dois mil reais pra passagem que falta. Espero que a Licia responda meu e-mail logo. Preciso comprar ou pegar emprestado algum livro pras 12 horas de vôo. Preciso ir em algum brechó por aí. Acho que é só.

sábado, fevereiro 18, 2006

Crime delicado

Fui ver na quarta-feira.
Até a metade eu estava odiando. Arrependida de ter entrado na sala. Beto Brant tem que abandonar o subúrbio, né, já deu, vamo combinar?
Do meio pro final eu comecei a achar interessantíssimo. Até que o Beto Brant foi bem além nesse.
Vi que o começo fazia sim bastante sentido. Vi que o diretor tinha sim umas idéias ótimas. E aí saí da sala sem saber o que tinha achado. Refleti, refleti, e continuei na mesma. Li sobre o filme na internet e continuei meio assim.
No fim, acho que o filme é bom. A maneira como ele aborda essa questão dos julgamentos, do pensamento crítico, a relatividade das coisas, é muito boa. Me faz pensar, me atinge. O Marco Ricca está muito bem. A menina nova lá começa exageraaaaaaada mas depois pega o jeito. E bom, só por me fazer refletir já valia a sessão, não é mesmo?
Mas tem algumas cenas longas, que tiram a sua motivação em assisitir o começo do filme. É legal, é inteligente, é até ousado, mas pode ser meio chato também.
Então considero Crime Delicado um bom filme, mas sem toda essa genialidade que já ouvi dizer por aí. Bom, porém estranho. Estranho, porém bom. E ponto final.
E hoje é sábado, e sábado agora é dia de futilidade e de escrever projetos, então sem comentários filosóficos sobre arte por aqui.

domingo, fevereiro 12, 2006

Prezado Jesus,

Naquele dia em que o senhor estava pregado, o senhor e os outros dois rapazinhos, e eu, juntamente com alguns amigos, atirei pedregulhos em Sua direção, acredite: não foi de propósito!
Eu sei que o senhor vai dizer que de boas intenções o Inferno está cheio, talvez o senhor até comente aquela estória do atire a primeira pedra quem nunca pecou, ou ainda aquele papo de Pai, perdoai, eles não sabem o que fazem.
Mas de qualquer modo, eu juro, sr. Jesus, eu não queria.
Eu era uma pobre mocinha sem rumo na Galiléia sem condições de compreender o que é certo e o que é errado. Os pedregulhos praticamente vieram sozinhos até as minhas mãos. Sério! E o senhor sabe, quando não há intenção, a pena é menor. Se isso é verdade até na justiça dos homens, porque não o seria aos olhos de Deus, não é mesmo?
Então, prezado senhor, eu rogo que não seja tão severo no castigo como tem sido ultimamente.
Será que eu realmente mereço essas pessoas que o senhor colocou no seu caminho? Não que eu queira questionar as Suas decisões, mas pera lá, não há Cristo que aguente.
Mais uma vez, não que eu queira duvidar de Suas capacidades.
Eu sei que conviver é uma dificuldade que nos leva ao aprendizado, mas puxa vida, será que precisava pegar tão pesado? Pesado literalmente, se é que o senhor me entende.
Sim, eu sei que o senhor entende. Certas pessoas devem ser um peso para o senhor também. O senhor já parou pra pensar no peso da referida cruz?A fé move até montanhas, mas tem essas coisas que... com o perdão da palavra, putaquepariu, Senhor!
Só peço uma pequena pausa. Dá um tempinho pra eu respirar! Se eu tiver que rifar um por semana vai ser meio complicado. Só nessa eu rifei uma clínica de fisioterapia e um grupo de e-mails inteiro. Veja bem, isso é significativo. São praticamente seis açougueiros e uns quarenta comunistas desvairados! Dava pra encher um ônibus.
Claro que isso não é uma exigência. Quem sou eu pra exigir qualquer coisa? Ainda mais de Sua pessoa. Mas, sei lá, pense bem.
Treinei essa semana inteira a minha linguagem formal pra escrever essa carta pro Senhor. Não que tenha ficado uma maravilha, mas também, não se pode comparar o nível dos antigos destinatários com o atual. Não que os antigos destinatários pensem o mesmo. Mas, enfim, quem se importa com as opiniões dos tais, não é mesmo? Eu até tentei, mas... bem, não se pode ter tudo.
Enfim, são essas minhas poucas palavras. Faça o que estiver ao seu alcance. O senhor tem ajudado em outros setores. Confio no Senhor acima de tudo.
Um Pai, um Filho e um Espírito Santo
Fernanda

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

As Horas

Acabei o livro.
Aliás, devorei. Daqui a pouco vou estar no nível Carol, que compra o livro de manhã e a noite já acabou. Mas isso é outro nível de evolução, né? Estou falando de gente como eu, reles mortais. Do tipo que acham super rápido acabar um livro em uma semana. Ainda mais se não é um livro teórico obrigatório pro seu trabalho ou pra sua faculdade.
É lindo, lindo, lindo. Adoro. Emocionante, e triiiiiiiiiiiste... do tipo que começa a doer o coração quando você percebe que o montinho pra trás do marcador ( o montinho do já lido ) está muito maior que o montinho pra frente ( o montinho do que falta ler ).
( Alguém mais tem a sensação de que o autor não vai conseguir finalizar a estória naquelas poucas páginas??? )
E fala de coisas tão simples.
É tão eu.
Muitas coisas do filme não existem no livro e são lindas. Muitas coisas do livro não existem no filme e são lindas. E sim, eu sei, o filme é o filme, o livro é livro, mas putaquepariu, o cara que fez o roteiro é realmente muito bom! E não dá pra ler e não imaginar a Julianne Moore, a Meryl Streep e a Nicole Kidman. E é estranho ver que as descrições das personagens não batem com o físico das atrizes!! Que falta de lógica. O cara que escreveu deve ter se confundido...
E eu não tô aqui pra ser crítica literária, mesmo porque não tenho capacidade pra isso, mas o livro realmente mexeu comigo, e por isso merecia uma citação. É muito bem escrito, mas eu talvez não gostasse tanto dele se não tivesse visto o filme, que é pra vida e está aqui ( movimento já conhecido ) e está lá, dentro do meu DVD- que aliás é uma merda, e de vez em quando se recusa a ler uma ou outra cena dos filmes... Mereço, viu!

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"O que Laura lamenta, o que mal pode aturar, é o bolo. Ele a constrange, mas não pode renegá-lo. É apenas açúcar, farinha e ovos- parte do encanto de um bolo é a sua inevitável imperfeição. Sabe disso; claro que sabe. Mesmo assim, esperava criar algo melhor, mais significativo do que aquilo que produziu, apesar de ter saído lisinho, com o parabéns bem centralizado. Ela quer (admite pra si mesma) um bolo de sonho em forma de bolo verdadeiro; um bolo investido de inegável e profundo sentido de conforto, de abundância. Queria ter feito um bolo que varresse as dores do mundo, ainda que só por uns tempos. Queria ter feito algo maravilhoso; algo que teria sido maravilhoso mesmo para aqueles que não a amam. Fracassou. Bem que gostaria de não se importar. Há alguma coisa, ela pensa, de errado consigo mesma."
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Eu vou fazer a tatoo no peito com o símbolo da reciclagem, juro que vou!
Mas por hora vou ler um livro teórico de teatro pra ver se melhoro o ânimo. Agora que descobri que minha queda de cabelo tem motivos emocionais (???)

terça-feira, fevereiro 07, 2006

"Viver sempre é uma questão de vida-e-morte" C.L.

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E o que são mais 10 sessões de fisio pra quem já fez 30, né???
Cu!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

E o que está além da dor?

Sim, dói, mas o que está além da dor?
Bem, eu diria que além da dor do joelho, eu tenho a dor no pé, eu tenho a dor do ciático, e além da dor eu tive essa semana dor de estômago, cólica menstrual, dor nas costas e garganta inflamada. E meu cabelo ainda tá caindo por causa da porra do Roacutan. Puta que pariu, o pulso ainda pulsa.

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Ai, não aguento mais papo de fisioterapia!? Sim, é joelho. Não, não operei. Sim, ainda tenho dor. É, já fiz várias sessões. Ai, façam como eu e levem livros, assim vocês não torram a paciência de ninguém!

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Falando nisso, A Paixão Segundo G.H. é um grande About Me do Orkut. Meu.
E com isso eu quero dizer que o livro é genial.
Sei lá, ultimamente é bom a gente explicar tudo.
É daqueles que fica aqui. E você tem que ler em doses homeopáticas. E eu vou ter que reler umas quinze vezes pra entender um décimo de tudo que ela disse.
E a capa descolou! Como assim, o livro é novo!!!
E eu mal comecei As Horas e ele já tá aqui, ó!

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Meu Deus, tem tanta coisa acontecendo e tão poucas horas livres na agenda pra acompanhar! Ainda bem que veio em um momento em que eu estou com muita vontade de trabalhar.
Que Deus estenda a mão pra que tudo dê certo! Tá na Zélia!