quinta-feira, janeiro 31, 2008

Me contrata, Folha!

Assisti vários filmes, mas comentarei dois. Um com o Johnny Depp, outro com o Selton Mello, que é o Johnny Depp brasileiro. Ou vocês não sabiam??

Meu nome não é Johnny
(tá vendo como até no título do filme ele quer se livrar da semelhança????)
Bacana, bem bacana, e por causa do Selton Mello. E por isso digo que ele é o Johnny- porque tem um carisma filho da puta, é um puta ator e capaz de transformar em algo fantástico um texto que poderia ficar uma bosta se fosse dito por outro ator. Enfim, o cara é foda. Faz parecer que é fácil, e isso é que faz dele um dos grandes.
O filme tem humor, tem uma história bacana, e não é panfletário, o que me parece bastante importante. Não é um filmezinho social, não quer mostrar o mundo do tráfico, conta só a história do cara que virou traficante sem nem perceber. O começo (a infância do João) é meio chumbrega, e a Cléo Pires deveria ser enterrada viva pra nunca mais nos castigar com uma interpretação daquelas. Fica quieta, filha, que você fica linda de boca fechada. Em compensação, Luis Miranda dá um show fazendo um papel super pequenininho. Esse é outro, dos grandes, dos melhores, e quem duvida assista aos quadros do Terça Insana que ele fez.

Se eu fosse crítica da Folha: Bandido sem querer querendo. 4 estrelas.

Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Ah! Nada como ver o filme que você está esperando há meses na pré-estréia, de graça, com direito a coca e pipoca! E putaquepariu, que filme bom.
Eu sempre achei que Sweeney Todd tinha sido feito pra ser filmado pelo Tim Burton. É a cara dele, o universo dele. Ainda assim, estranhei a princípio. Fúnebre, escuro, o filme pareceu muito macabro. Senti falta dos toques de humor da peça, dos cabelos coloridos da Mrs Lovett, das baixarias gritadas pela mendiga. Aliás, isso de conhecer a peça é um saco, porque você já conhece os textos, as músicas, as piadas, tudo de cor. Mas depois de uns cinco minutos você se acostuma, e percebe que o cara fez a adaptação que precisava, cortou as músicas que precisava, e surgem aos poucos as piadas, as bizarrices, as cenas grotescas que todo mundo esperava. Tinha visto algumas músicas cantadas por eles, e estranhei, também. Mas no cinema, o esquema é outro. Eles não são nem deveriam ser uns puta cantores.
Um humor inglês, é verdade - nós, brasileiros, CACanos, especialmente, é que somos uns fanfarrões. A música By the sea é pra ficar na história. Aliás, a Mrs Lovett de Helena Bonham Carter é pra ficar na história. Incrível a Academia ter esquecido dela. E esquecido do Tim Burton. Mas quem é que liga pra academia? A Academia não deveria fazer parte da história. E Johnny Depp (enfim, um indicado), como sempre, perfeito. Até cantando. Um astro. Um Selton Mello!

Se eu fosse crítica da Folha: A Fantástica Fábrica de Tortas de Carne Humana. 5 estrelas.




sexta-feira, janeiro 25, 2008

Tô confusa

Fudeu!

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Projetos

Projetos.
Escrever projetos.
Revisar projetos.
Fazer orçamentos de projetos.
Ter idéia para projetos.
Procurar editais abertos para mandar.
Projetos.
Pesquisar projetos aprovados.
Ler projetos alheios.
Escrever projetos.
Convidar pessoas para projetos.
Quero um dia parar de ter só projetos.
Quero realizar projetos.
Meu novo projeto de vida.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Ah, essa não!!!

Paulo Vilhena montando O Arquiteto e O Imperador da Assiria no Satyros 2 é demais pra minha cabeça!
--------------------------------------------------------------------------------------
Todo mundo fala muito do gerundismo.
Eu sei que "eu vou estar passando o número de telefone" ou "vamos estar entrando em contato" é realmente irritante. Concordo e abomino, sim, não poderia deixar de.
Mas alguém já parou pra pensar sobre o futurodopreteritismo?
Sabe, quando a vendedora da loja pergunta se a roupa "seria pra você mesmo?"
"Qual seria a forma de pagamento?"
"A senhora receberia a mercadoria na sua casa."
Osso, viu... Osso!

terça-feira, janeiro 15, 2008

No fim de semana...

E já que estamos numa fase DVDnéfila - com a ajuda das promoções da Renata Vídeo - falemos dos filmes do fim de semana.
Cada vez mais, meus comentários de filmes se resumem a Gostei ou Não Gostei. Uma coisa patética. Uma total falta de capacidade de elaboração. Uma artista sem nenhum noção de crítica - salvo, é claro, a auto-crítica, que desta eu tenho bastante. Até demais.
Mas filme, minha gente, é uma coisa que a gente assiste no escurinho, deitado no sofá de casa, e às vezes até comendo pipoca. Dêem um desconto, que a vida não é assim tão séria.


Wood & Stock- Sexo, Orégano e Rock´n´Roll- Quando estreou no cinema, eu já queria ver, mas sei lá, preguiça. Quando peguei o DVD nas mãos, já fiquei com vontade. Quando vi a sinopse e o trailler, já me imaginei rindo de perder o fôlego. Achei a primeira metade um saco e dormi na segunda metade. Preciso dizer mais alguma coisa?


As Bicicletas de Belleville - Enfim, assisti as Bicicletas de Belleville! São anos de recomendações, anos de "puxa, preciso ver esse filme", e anos de idas à locadora sem lembrar da existência dele. Pois vocês tinham razão: é realmente fantástico. Tão poético, tão silencioso, tão bonito que me arrependo ainda mais de não ter visto no cinema. Eu adoro coisas de animação e desenhos em geral, mas é muito difícil encontrar uma história tão bem elaborada e uma estética tão bacana. Tem que ter muita sensibilidade pra contar uma história dessa sem fugir do tom. Recomendo pra sempre. Clássico para crianças e adultos, e digo mais: meus filhos e netos vão ver esse filme.


Scoop - O Grande Furo - Ah, os diálogos de Woody Allen são realmente inacreditáveis! Scoop tem uma história bobinha, personagens bobinhos, mas não dá pra resistir ao bom humor e às pérolas que surgem durante o filme. Diversão garantida ou seu dinheiro de volta. OK, ele não vai mudar sua visão de mundo, mas quem sabe ao certo qual é sua visão de mundo pra que isso possa realmente fazer alguma diferença?

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Ônibus 174

Acabei de assistir e penso em algo pra dizer.
...
...
...
...
...
O Brasil é um país de merda, mesmo, nenão?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Três vivas!!!

O primeiro vai para o arroz com feijão da Edi!!!!
Enfim, alguém que sabe cozinhar vem trabalhar aqui em casa!
--------------------------------------------------------------------------------------
O segundo vai para as comunidades "Hoje acordei meio" do Orkut.
E todas as piadas a la CAC (in memoriam) que elas gerariam.
Diversão garantida ou o seu dinheiro de volta.
--------------------------------------------------------------------------------------
O terceiro vai para minha anorexia às avessas.
Como, como, como, olho no espelho e acho que estou magra.
E posso continuar comendo.
Doente!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Adeus, microondas!

E humildemente lá fui eu esquentar minha carne moída com batata numa frigideira, depois de acender o fogão com fósforo.
De volta aos velhos tempos.
--------------------------------------------------------------------------------------
Quanto mais quente melhor - do tempo em que fazer filmes ainda era arte, e não comércio. Em que os atores tinham que ser talentosos, e não celebridades convidadas. E as divas, por incrível que pareça, tinham mais de 80 de quadril. Leve e divertido, com diálogos pra lá de bacanas, e as velhas situações de desencontros e travestismo de toda boa comédia clássica. Clássica porque funciona. Uma das melhores comédias de todos os tempos. De verdade.


E também revi A Bela e a Fera. Que ai, é tão bonito!!!!

sábado, janeiro 05, 2008

Francamente,

Poxa!
Sai na chuva, é pra se molhar.
Tá no orkut, é pra deixar todo mundo saber da sua vida.
Esse negócio de conteúdo definido como privado pelo dono do perfil vai contra os meus princípios e a minha necessidade de saber sobre a vida alheia.
Exijo retratação.
--------------------------------------------------------------------------------------
Assisti:
Ninguém pode saber- Fantástico filme sobre quatro irmãos que são abandonados em um apartamento pela mãe. Delicado, sutil, e muito emocionante. O tal do Hirokazu Kore-Eda realmente sabe contar uma história, captando maravilhosamente o universo infantil. E faz isso nos detalhes, nos closes, nas reações dos pequenos atores, sem cair no piegas, sem ficar superficial. Lindo, lindo, de fazer o Cao Hamburger sentar no meio-fio e chorar : isso sim é um filme tocante sobre crianças e pais que tiram férias...


Borat- Eu esperava mais. Falaram tanto desse filme, que achei que a idéia, embora seja mesmo genial, não é muito bem desenvolvida. As piadas ficam um pouco repetitivas. Mas é engraçado, muito engraçado, a cena do Borat brigando pelado com o agente pelos corredores do hotel é simplesmente hilária, e os americanos tipicamente babacas que vão surgindo com suas opiniões reais e babacas ao longo do filme realmente fazem pensar. Fora que o ator é muito bom. Conto os dias para vê-lo em Sweeney Todd. Borat não é tudo isso, mas é muita coisa. De qualquer jeito, recomendo.


Uma vida iluminada- Outro lindo filme. Um jovem esquisito colecionador americano judeu (ufa!) vai a Ucrânia em busca de informações sobre a mulher que salvou a vida de seu avô, durante a Segunda Guerra. Baseado no primeiro romance do Jonatahn Safran Froer, que eu estou com vontade de ler, já que o filme é ótimo e o segundo romance dele (Extremamente alto....) também. Bom roteiro, cenas bonitas (adoro as pareder cheias de coleções, adoro, adooooro) e momentos de ótimo humor, principalmente por conta de seu anfitrião Alex e seu Avô. E um filme que tem uma cachorra chamada Sammy Davis Jr Jr, só por isso já merece uma espiada.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Ai!

Que sofro de hormônios...
--------------------------------------------------------------------------------------
Acabo de assistir, finalmente, O Ano em que meus pais saíram de férias.
Cinema brasileiro querendo ser cinema argentino e fracassando.
Uma pena, que a idéia sempre me pareceu boa. Mas faltou sensibilidade. Ao menos pro meu gosto.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Da escritora que eu não sou...

... pra você.
--------------------------------------------------------------------------------------
No fundo, no fundo, você deve ter razão.
Eu devo viver no tal mundinho cor-de-rosa.
E aqui a gente costuma sonhar e imaginar coisas que talvez nunca venham a acontecer - mas isso, no fundo, não importa, porque aqui usa-se o sonho como combustível. E às vezes, no meio dos sonhos aparece um pesadelo, e esse, esse sim, mais que todos os outros, queima e queima e queima por horas a fio.
Aqui a gente se acostuma a ouvir felizes pra sempre. E aprende a acreditar que tudo acontece, tudo existe e tudo permanece. E constrói os reinos, e constróis os castelos, e constrói até as pessoas para morarem dentro dele.
E agora eu já te coloquei no meu. E, de verdade, agora eu já te amo tanto que se você for embora, ou se brigar comigo, ou se fugir, ou se for pego por algum dragão no meio do caminho, não vai nunca ter ninguém pra colocar no seu lugar.
Aqui a gente não aprende a perder! E se você sumir, meu Deus, que raios que eu vou fazer da minha vida???
Sai da sua história em quadrinhos e vem morar aqui comigo. Eu deixo você brincar de super herói em algum canto, quando der...