Eu não me sinto no direito de estar estressada.
Diretores de multinacionais sofrem de stress.
Mães de oito filhos pequenos sofrem de stress.
Controladores de vôo sofrem de stress.
Eu não tenho porquê sofrer de stress. Isso não deveria ser um problema.
Mas há anos que fico doente e sempre ouço a mesma coisa dos médicos, dos meus pais, da minha família e das pessoas com quem convivo: você precisa descansar, isso é stress, você está fazendo coisas demais.
Mas há anos que fico doente e sempre ouço a mesma coisa dos médicos, dos meus pais, da minha família e das pessoas com quem convivo: você precisa descansar, isso é stress, você está fazendo coisas demais.
Não, eu não estou.
Pelo menos não parece.
Eu não sei o que me leva a tudo isso.
Eu juro que vou tentar melhorar, assim que eu descobrir como.
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Heroes - Eu não sou muito de acompanhar seriados. O último que acompanhei, mesmo, com direito a largar toda e qualquer atividade pra ver o episódio na hora, foi o Friends, e isso foi numa época em que eu estava no colégio e não tinha nada pra fazer... enfim, não sou uma viciada em séries americanas.
Assisti a primeira temporada de Heroes no final do ano passado. Os primeiros eram muito bacanas, mas depois a coisa entrou num marasmo. Como eu estava com todos os DVDs na mão, gravados, e podia assistir numa tacada só, continuei até o fim, e nos últimos a coisa até deu uma melhorada. Mas no fundo, a sensação sempre foi: não é tão boa que empolgue, não é tão ruim que eu desista. Comecei a ver a segunda temporada numa maratona que passou no Universal Channel, e coincidentemente consegui assistir os dois episódios seguintes nos horários normais. Continua a mesma sensação, com um agravante: muitas coisas da primeira temporada perderam completamente o sentido, personagens que morreram voltaram a aparecer, muita coisa mal explicada, muito clichê e eu tenho a nítida sensação que os roteiristas escreveram tudo sem saber qual seria o final, pensando que depois eles teriam alguma iluminação deus-ex-machinática que traira um bom episódio final. Sabe como é, se o começo e o final são bons, o meio pode ser uma bosta, que todo mundo vai sair falando bem. Eles já deviam é estar num momento Boicote Pré-Greve, e os produtores nem tchum. Enfim, Heroes anda bem chato, risível até, e fica aí a pergunta: por que eu continuo assistindo essa merda?
Juno - Gracinha de filme. Ao contrário do Heroes, todos os momentos em que você pensa: Puta, quer ver que vai cair num clichê? a coisa dá uma guinada e fica super original. Não é piegas, nunca, pelo contrário, o filme tem um clima bacana, começando pelos desenhinhos da abertura, passando pela trilha sonora, que é ótima, e pela própria interpretação dos atores. Tudo é leve, descontraído, e de um humor bem inteligente, um texto muito bem feito. Piadas supimpa (quem assistir, por favor atente para a da menina de cara torta). A menina que faz a Juno, puxa vida, que atriz bacana! É um daqueles filmes que, quando acaba, te deixa com um sorriso no rosto. Não, não espere um filme alertando sobre a importância do sexo seguro, sobre o drama de uma gravidez na adolescência, sobre a polêmica do aborto, que graças a Deus, as pessoas ainda têm bom senso e originalidade nessa vida. Gostaria de ter assistido no cinema, mas, sabe como é, 18 reais por um filme num país subdesenvolvido que não dá valor à cultura me parece um pouco demais. Viva os piratas e os filmes baixados da internet!