quarta-feira, março 26, 2008

Ontem

Minha mãe me deu uma bota.
A Meissa e a Dea me deram um kit do Boticário.
A Dea me deu também um creme Victoria Secret.
A Cris me deu uma necessaire xadrez.
O Paulo me deu uma caixa de bombom, um bolo, um beijo e um vídeo lindo.
A Maju me deu um emprego.
Amo muito tudo isso.

terça-feira, março 25, 2008

25 no 25

Parabéns pra mim!!!
25 anos. Um quarto de século.
Isso é tempo pra caramba.
E a tendência é piorar.

segunda-feira, março 24, 2008

Ai, fala sério



...ela não é bonitinha???

quarta-feira, março 19, 2008

Paixão

Eu devia ter mais ou menos uns sete anos, e estava dormindo na casa da minha tia ( crianças adoram dormir nas casas dos primos pra brincar até mais tarde... ). Me lembro de acordar no meio da noite, olhar para a beirada da cama e ver uma mulher arrumando o cobertor. Me lembro de pensar que devia ser minha tia, deitar de novo e dormir.
Só muitas horas ou dias depois fui pensar que a mulher era magra demais para ser minha tia.
Só dez anos depois fui conhecer minha avó e descobrir que a mulher era idêntica a ela.
Não sei explicar este fato.
Minha avó sempre foi quase um personagem inventado. Até os 17 anos, ela era só um cartão de Natal que chegava de Portugal no fim do ano, e uma voz ao telefone de tempos em tempos - ligações internacionais eram muito mais caras nestes dias - dizendo que queria me conhecer. Com o passar dos anos a voz foi ficando chorosa. Mais alguns anos, e eu tinha que falar bem alto pra que ela me entendesse. Mais alguns anos, e eu tinha que pedir ao meu avô pra mandar um beijo pra ela, já que ela não conseguia mais falar no telefone.
Quando eu tinha dezessete e fui pra Portugal pela primeira vez, e cheguei na aldeiazinha de casas de pedra e burros andando pelas ruelas de terra e entrei naquela casa escura, ela me viu e só chorou. Eu devia ser um sonho enfim realizado. Ela devia ser a mulher do sonho, a mulher do meio da noite, a mulher da beirada da cama, não sei.
Nas duas semanas que passei com meus avós, enquanto ficávamos sentadas no sofá da sala, ela vendo novelas brasileiras na TV, eu lendo páginas e páginas dos meus livros, às vezes ela me chamava pelo meu nome, às vezes pelo nome da minha mãe, às vezes só me olhava como se não acreditasse no que estava vendo. E eu chorava cada vez que encontrava teias de aranha ao abrir uma janela que não era aberta há muitos anos. E ela só dizia: feche, filha, feche. Tanta luz não me apetece. Eu fechava. E ela me oferecia madalenas com geléia. Ela já não podia mais cozinhar e fazer todos aqueles pratos maravilhosos que meu pai contava que ela fazia, e que eu não pude provar.
Na segunda vez que fui a Portugal, ela já estava presa a uma cama. Já não andava, já não falava, já não podia me reconhecer. Mas os olhinhos ficavam agitadas sempre que alguém dizia: sua neta está aqui, Paixão! Eu me sentava na cama ao lado dela e passava horas lendo páginas e páginas dos meus livros, às vezes a chamava pelo nome, às vezes simplesmente a olhava como se não acreditasse no que estava vendo.
Eram duas e meia da manhã quando o telefone tocou. Corri, atendi e quando ouvi aquele sotaque lusitando ao telefone, eu já sabia.
Inbraima da Paixão Cruz faleceu às 6h da manhã ( horário português ) do dia 19 de março de 2008, em decorrência de pneumonia e de tudo que o Alzheimer já havia causado. Deixa um marido solitário para o resto da vida, um filho que insiste em fingir que não tem vontade de chorar, e uma neta que chora por saber que a essa hora ela está a no mínimo 15 horas de vôo de distância, que não vai ter a possibilidade de vê-la pela última vez e que tem apenas algumas fotos para lembrar da avó que ela por pouco (não) conheceu. Que perdeu alguém que nunca foi de verdade sua, mas ao mesmo tempo esteve com ela sempre, todos os dias, o tempo inteiro.

sábado, março 15, 2008

Duas vezes atrasada

Primeiro, porque demorei pra ver o filme.
Segundo, porque demorei pra escrever algo sobre ele depois que vi.
Mas agora, posso e devo dizer que conferi Piaf - Um Hino ao Amor e sim, minha gente...
A mulher é um escândalo! Você a vê em cena e pensa que ela está incorporando a Piaf - e aí eu penso como posso ter essa impressão se nunca na vida vi a Piaf ???? Mistérios...
Enfim, estou desistindo da carreira de atriz...
O filme é um tanto melodrámatico, como não poderia deixar de ser pra contar a história (sofridíssima) dessa mulher. Algumas sequências são lindas de doer, mas não vou dizer quais, porque vai que alguém ainda não assistiu - terá alguém mais atrasado que eu?

Crítica da Folha: Non, Je ne regrette rien!!! 4 estrelas





Marion Cotillard ganhando o Oscar (à esq) e Marion Cotillard ganhando o Oscar (à dir).

quarta-feira, março 12, 2008

Estre(ss)amos!!!

Nunca, em toda a vida, tive uma estréia tão lotada.
Nem com tantos problemas técnicos... o caos, o caos, o caos... mas, faz parte da vida!
Estou muito feliz e aliviada e empolgada e preocupadíssima com o show do mês que vem, já.
E pensando em modificações necessárias para semana que vem.
Mas calma, que Deus fez o mundo em seis dias e nem assim conseguiu deixá-lo muito engraçado...

domingo, março 09, 2008

POR INCREÇA QUE PARÍVEL

... mais um show de humor!
Mais monólogos cômicos, mais piadas, mais esquetes, mas pelo menos, pelo menos, a gente conseguiu fugir de usar um dia da semana no título!!!
Na terça-feira é a nossa estréia, e embora o caos esteja rodeando (como sempre), estamos todos empolgadíssimos.
Sabe Deus o que vai ser apresentar num bar, sabe Deus o que vai ser ver o público sentado em mesas, sabe Deus o que vai ser usar aquele microfone - e sabe Deus se a microfonia horrorosa do último ensaio vai continuar.
Sabe deus quanto tempo ficaremos em cartaz, então, meu filho, é bom você correr...
POR INCREÇA QUE PARÍVEL somos: Fernanda Cunha, Fernanda Gama, Maria Julia Martins, Nei Pelizzon e Nelsinho Guimarães, e direção de Tom Dupin.
O Corleonne Bar i Cuccina fica na Rua Atilio Inocentti, 534, Vila Olímpia. Se quiser fazer reserva de mesa, você pode ligar no (11) 3848-0028.
Você pode visitar o porincrecaqueparivel.zip.net ou o www.corleonne.com.br, também, se ainda estiver curioso.

quinta-feira, março 06, 2008

Oi, péra, calma

O tipo de bobagem que só olhar propaganda da Wizard num metrô lotado proporciona...
Matheus Nachtergaele agora toca no Jota Quest???



quarta-feira, março 05, 2008

cansaço filho da puta

Acordei meio dia e quarenta e ainda assim tô numa preguiça desgraçada.
Tô indo em centro e acendendo vela e tomando banho de erva pra ver se minha energia volta.
E nada, nada vai me fazer pensar que certos acontecimentos não tem a ver com isso.
Tudo na vida tem um limite. O meu já chegou, já passou, e ninguém viu.
Não vou ficar aqui chorando pitangas, que sinceramente, não tô a fim.
Semana que vem tem estréia. Todos os anjos do mundo vão me proteger. Eu sei.
Vou lá comer bolo de cenoura da Edi que não veio hoje porque tá doente.
Ou minha casa era um cemitério indígena ou alguém me explica o que acontece com a saúde de quem passa por aqui.
Vou mudar o layout desse blog, que já cansei dele.
Desculpem pelo post deprê. Mas vai passar logo.