Eu tenho problemas sérios com o despertador.
Sempre tive.
Houve uma época em que meu despertador era a minha mãe e essa, sim, funcionava. Insistia, insistia, insistia, até que você resolvia colocar seus pés fora da cama e tomar uma atitude. Claro que aos poucos ele foi perdendo a força, mas até hoje, resolve. Nessa época remota havia também o despertador modelo Meu Pai, que funcionava muito mais rápido, mas trazia como reação adversa um mau humor desgraçado de quem acordou ouvindo gritos. Era foda.
Daí surgiram esses celulares que despertam. A princípio, achei a idéia ótima. Você programava, ele despertava, e veja bem, não tinha problema se acabasse a força, nem nada. Seria perfeito, se não tivesse também uma tecla soneca.
Logo comecei a tentar vencer o aparelho, programando o despertador para vinte minutos antes do horário em que eu realmente precisava acordar. Assim, driblava a tecla soneca.
Eis que, então, troquei de aparelho celular, e este não tinha a tal tecla maldita. Pensei - opa, agora meus problemas acabaram. Mas logo minha mente semi-desperta se habituou e reprogramava o celular para depois de cinco minutos, numa tecla soneca improvisada e burra, e eis que os vinte minutos foram tornando-se trinta, quarenta...
Hoje, chego ao cúmulo de programar meu celular pra tocar uma hora e vinte antes do horário correto. E de dez em dez minutos, o celular toca, eu reprogramo e volto a dormir. Sonambulicamente, sem ter muita idéia do que estou fazendo.
O pior de tudo nesta história é que em alguns dias, como hoje, por exemplo, a mente não lembra que tem que reprogramar e eu perco completamente a hora.
Isto está começando a virar algo bem pouco saudável...
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Dois dias, Salto, frio, milho cozido, bolo de mandioca da Vó e o jogo mais divertido do mundo:
cuja imagem eu fui procurar no Google e acabei encontrando isto aqui:
Ápaputaquipariu!!!