domingo, dezembro 26, 2010
quinta-feira, dezembro 23, 2010
terça-feira, dezembro 21, 2010
As peças do ano
- O Ruído Branco da Palavra Noite
- O Homem das Cavernas
- Anatomia Frozen
- Comunicação a uma Academia
- Rainha(s)
- Festa de Familia
- Cats
- Corte Seco
- Embodied Voodoo Game
- O Capote
- As Meninas
- Festa de Separação
- Cinema
- In on It
- Através do espelho e o que Alice encontrou lá
- Paper Macbeth
- A Serpente no Jardim
- Piscina (sem água)
- A Dança Final
- As Troianas - Vozes da Guerra
- As Idéias Sujas de Laura Beckan
- Donka - Uma Carta a Tchekhov
- Policarpo Quaresma
- Lamartine Babo
- Corra como um Coelho
- Santa Joana dos Matadouros
- A Porta
- Tebas
quinta-feira, dezembro 16, 2010
domingo, dezembro 12, 2010
segunda-feira, dezembro 06, 2010
sexta-feira, dezembro 03, 2010
domingo, novembro 28, 2010
domingo, novembro 21, 2010
terça-feira, novembro 16, 2010
Desculpas.xls
domingo, novembro 14, 2010
Caros arianos,
Dá tempo de parar pra pensar mais que 30 milésimos de segundo antes de tomar qualquer atitude.
E de esperar uma semaninha antes de ver o resultado de alguma coisa.
Pela atenção, obrigada.
sexta-feira, novembro 12, 2010
Trilogia do Amor - parte IX (#fracasso!)
Isso de mim que anseia despedida
(Para perpetuar o que está sendo)
Não tem nome de amor. Nem é celeste
Ou terreno. Isso de mim é marulhoso
E tenro. Dançarino também. Isso de mim
É novo: Como quem come o que nada contém.
A impossível oquidão de um ovo.
Como se um tigre
Reversivo,
Veemente de seu avesso
Cantasse mansamente.
Não tem nome de amor. Nem se parece a mim.
Como pode ser isto? Ser tenro, marulhoso
Dançarino e novo, ter nome de ninguém
E preferir ausência e desconforto
Para guardar no eterno o coração do outro.
segunda-feira, novembro 08, 2010
Quanto tempo ainda?
Com a sua cara?
Seu jeito?
Pra não fazer mais esse joguinho de fingir que estou à vontade?
Como se essa fosse mesmo eu, até parece, assim, tão feliz, muito natural?
Pra ver você?
Que tem a minha cara!
Meu Deus, o MEU jeito!
Pra que a gente sinta falta?
Pra que todos digam: Sempre soube! Foram feitos um pro outro!
Ou o clássico: Fui eu que apresentei!
(Mentira, mas nessas horas sempre tem alguém que acredita nisso...)
Aliás, quanto tempo ainda pra contar pra todo mundo?
Quanto tempo ainda pra ter certeza que você é meu?
Falta muito?
Hein!?
segunda-feira, novembro 01, 2010
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Colocados.
Se não há como fugir do fracasso, busquemos o prazer no fracassar.
A superação.
E no futuro contaremos a nossos netos (se um dia tivermos) quão ridícula foi nossa existência.
Passaremos nossos dias vendo vídeos do Charlie Brown.
Ouvindo Los Hermanos.
Fracassando mais, para fracassar sempre.
Amém.
sexta-feira, outubro 29, 2010
terça-feira, outubro 26, 2010
quinta-feira, outubro 14, 2010
Vou aderir
Martin Page in COMO ME TORNEI ESTÚPIDO
quinta-feira, outubro 07, 2010
pares
arranquei as ervas daninhas do calendário
coloquei 2 ou 4 coisas no lugar
como um par de olhos grandes me olhando
no primeiro instante em que abro os meus pela manhã
ou um par de chinelos emprestados por um fim de semana inteiro
ou um par de xícaras de café bem forte
ou um beijo
que como todos sabem, precisa de ambos os lábios pra acontecer.
sábado, outubro 02, 2010
É sim ou não?
--------------------------------------------------------------------------------
Notar que a vida tá crescidinha
já pode alçar seus próprios vôos
não precisa mais de você.
--------------------------------------------------------------------------------
(os dois do Michel Melamed)
quinta-feira, setembro 23, 2010
Os sindicatos dos neurônios ligados à carreira, família, bem-estar, futuro, saúde e conhecimentos gerais realizaram na tarde de ontem uma passeata na Zona Sul, lá pelos lados do Bulbo, exigindo maior respeito pela categoria porque ultimamente só tenho usado a parte do cérebro responsável por pensar em Você.
Houve tumulto, mas nenhum ferido.
Parece que Você já fez uma proposta (não o Você de verdade, claro, o Você de dentro da minha cabeça) e espera-se um acordo dentro de alguns dias.
A imprensa sensacionalista busca maiores informações, mas dessa vez eles não vão conseguir não vão conseguir não vão conseguir.
domingo, setembro 19, 2010
THE REST OF
(Há controvérsias. A passagem do tempo pode ser algo bem subjetivo, especialmente em situações de aprisionamento - e coloque-se neste item os pensamentos obsessivos, os regimes não democráticos, os castigos que a gente se impõe - e em situações de ansiedade - no caso de pessoas como eu, todas as demais. Não é de se espantar que exista um fuso horário imaginário - e que nesse momento eu esteja aqui, em São Paulo, escrevendo, enquanto você deve estar em Paris, Londres, Budapeste, Viena, uma dessas cidades aí em que sofrer é artigo de luxo, servida a altos preços nos mais finos restaurantes - divagação das divagações - eu me sento na mesa, frente a você, luz de velas, você pede pra ver o cardápio, reclama de tudo - eu peço logo pra ver a 'carta de sofrimentos' - quero algo tinto, seco, marcante, dizem que a safra de 83 é ótima!)
Ainda, setembro de 2010, pelo menos levando em conta o calendário cristão (e não que você seja muito afeiçoado a qualquer coisa que leve cristão no nome ou a qualquer tipo de regra moral) mas se eu fizesse uma coletânea, THE BEST OF Amores do Ano, não ia ter uma só música que prestasse. Passearíamos por um amontoado de canções esquisitas, algumas com refrão grudento, outras sem refrão algum (e o que será pior?), experimentações musicais sem sentido, todas meio desafinadas, melodias esquisitas, sem poesia nenhuma. Olha, com um pouco menos de sorte, até versões brasileiras malfeitas de clássicos da música brega norte-americana.
Mas, tá, tudo bem, certo, minha vida nunca teve mesmo muita cara de lista da Billboard. É mais curioso e mais sutil, porém, que eu me sinta mais feliz do que no tempo em que minha coletânea do ano era um Single. Que todos os analistas do mundo, todos os fóruns da SongMeanings.net, todas as entrevistas com o próprio autor não seriam capazes de explicar. Talvez tenha sido mesmo questão de inspiração, atordoamento. Eu berrava com toda a força dos meus pulmões o que hoje vejo que nunca passaria de um sucesso estrondoso de uma boy band de um sucesso só. Que gosto musical adolescente sempre foi e sempre será péssimo.
E eu sempre serei uma pessoa 78 rotações nesse mundinho iPod de meu Deus...
quinta-feira, setembro 16, 2010
Trilogia do Amor - parte VIII (Pataquada!)
Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecoló́gica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra.
P.S. Adorei essa palavra, bananóide...
quinta-feira, setembro 09, 2010
Pagu teria orgulho!
terça-feira, agosto 24, 2010
Trilogia do Amor - parte VII (WTF?)
Horóscopo do dia de hoje de acordo com o senhor João Bidu:
Áries No campo sentimental, siga a sua intuição e poderá conquistar uma grande vitória!
Touro Bom astral nos assuntos afetivos. É hora de acreditar no futuro da relação!
Gêmeos O astral revela uma possível vitória nos assuntos do coração.
Câncer Boa sintonia no amor.
Leão No romance, o desejo de ser útil e prestativo vai marcar presença!
Virgem Boas energias para a reconciliação.
Libra A vida conjugal recebe a proteção especial das estrelas.
Escorpião Momentos de prazer e diversão vão estimular a sua vida amorosa.
Sagitário Terá o apoio do par e da família hoje.
Capricórnio O clima é de ótima sintonia entre você e seu par.
Aquário A dois, encontrará o apoio que sempre quis.
Peixes Noite ideal para encontros: há sinal forte de envolvimento.
Campo sentimental, par, amor, a dois, encontros, romance.
Por que cargas d'água todo mundo dá tanta importância pra isso?
Ou sou só eu quem fica achando que tem uma vida amorosa um tanto quanto morosa?
terça-feira, agosto 17, 2010
RUN, FORREST, RUN!!!
A grande questão, e a grande inteligência - ou falta dela - está em saber em direção a que se corre.
Eu, por exemplo, tenho corrido cada vez mais pra dentro de mim.
E andado em círculos, sempre.
Se prestar bem atenção, já dá ver a marca dos meus pés na terra.
E as consequentes poças d'água.
terça-feira, agosto 10, 2010
Achei que esse dia nunca chegaria!
Caro(a) cooperado(a),
Após conferência em seu cadastro, constatamos um débito de 19 parcelas referente ao Fad's (Fundo antecipado de despesas), totalizando R$ 285,00.
Conforme deliberado em assembléia geral no dia 20 de fevereiro de 2006, após 18 meses de débito o cooperado entra para o processo de exclusão.
Iniciado esse processo, o cooperado recebe uma correspondência com AR, notificando o valor do débito e tem o prazo de 10 dias úteis para se manifestar, pelo acerto ou continuidade da exclusão. Neste processo de exclusão o débito total deverá ser quitado em até 04 parcelas consecutivas.
Você ainda não está incluido neste processo podendo quitar parte de seus débitos e se manter regular na sociedade dispondo de todos os benefícios oferecidos pela Cooperativa, tais como assessoria jurídica e contábil, auxílio em contratos, seguro de vida, convênios de serviços firmados com a entidade, entre outros.
Pedimos que entre em contato conosco, no setor de atendimento ao cooperado (pelo e-mail atendimento3@cooperativadeteatro.com.br ou pelo telefone 2117-4700), para que seja feita a quitação/negociação de seu débito, de modo que você não entre no próximo processo de exclusão.
Atenciosamente,
Cooperativa Paulista de Teatro
#meexcluiaê
sexta-feira, agosto 06, 2010
Trilogia do Amor - parte VI (oi???)
Você escolhe o amor?
Ou você dá-se a escolher?
segunda-feira, agosto 02, 2010
Se a palavra QUASE não existisse... eu teria sido feliz. Teria mesmo!
Ontem resolvi ficar acreditando que eu era e, pronto!, hoje estou numa puta ressaca.
Diz que sempre tem um momento em que a gente escolhe. Eu deveria escolher. Eu deveria era ter medo de tudo isso. Eu realmente teria medo da minha vida, se eu já não tivesse tanta certeza que minha vida é inventada.
domingo, agosto 01, 2010
sexta-feira, julho 23, 2010
Abstrações na última semana: 27
Se amor fosse remédio, te juro que eu só tomava placebo.
Se você tá lá mas tem a sensação de que você não é você- e se as pessoas que tão lá não agem como deveriam - e se todos agem como se não fossem quem são- se você vê alguém e sabe ou prefere saber que esse alguém é outro alguém - então devia ter certeza absoluta atestado conclusivo jura de pé junto que é sonho - mas não tem.
Mas é como se eu vivesse no sonho dentro do sonho dentro do sonho dentro do sonho dentro do sonho e fossem precisos mil despertares pra enfim acordar na realidade.
Mas é como se alguém me balançasse pelo braço nessa vida real sei lá quantas camadas pra fora dessa e eu conseguisse ouvir o meu nome ecoando pelos cantos - Fernanda - Fernanda - Fernanda - mas a voz é distante e bora ficar aqui que aqui é sonho e eu posso até morrer que morrer em sonho não dói.
Que se eu cair de um penhasco muito alto e me assustar e meus olho se abrirem com força e minhas pupilas dilatadas encararem aquelas paredes úmidas desse quarto que infelizmente ainda é o meu deus como eu gostaria de não estar mais aqui! eu vou deitar de novo e apertar os olhos com força pra voltar pro mesmo sonho que despertar nem sempre vale a pena mas sabe? Não funciona assim.
Eu outro dia senti saudade do tempo em que eu tinha ilusão e não sabia que era só uma ilusão, e também do tempo em que eu tinha um ilusão e já sabia que era ilusão, mas tudo era melhor do que hoje em que nem acreditar na ilusão eu consigo mais.
Sinto saudade de acreditar no que não existe.
Estou chegando a níveis de abstração literalmente surreais.
sábado, julho 03, 2010
Qual a importância do Mesário?
Se você foi convocado pelo seu Cartório Eleitoral, parabéns! Você foi achado apto para esta tão nobre função!
VAI TOMAR NO MEIO DO OLHO DO SEU CÚ, JUSTIÇA ELEITORAL DE MERDA!
sexta-feira, julho 02, 2010
Trilogia do amor - parte V (sic)
Não lembro direito.
Era algo do tipo eu tava num quarto esperando ele chegar.
Depois de muita espera, ele abriu a porta e ele era gordo, gordo, muito gordo, enorme, imenso.
Ele era realmente muito gordo.
Alguém não identificado disse:
Também, com o espaço que você deixa na sua vida pra ele, só podia ter esse tamanho.
Sonho com lição de moral.
Ora, só me faltava essa.
terça-feira, junho 29, 2010
Trilogia do amor - parte IV (sic)
Folha - Para o senhor, contos de fadas não são benéficos?
Zenon Lotufo Jr.* - Um dos problemas é que se generaliza, como se qualquer dessas histórias tivesse papel positivo. Muitas levam ao conformismo, usam o medo como forma de dominação e apresentam crueldades incríveis.
Até as versões "suavizadas"?
Os contos de fadas sempre foram adaptados às características de cada época. Os irmãos Grimm fizeram isso. Mas há autores que dizem que eles domesticaram os contos, que deveriam voltar a ser como eram. E eram muito cruéis. Não há provas de que a criança se beneficie disso. Esses contos surgiram em uma cultura em que o medo era moeda corrente. Todo mundo vivia com medo.
Hoje, também vivemos com medo...
Sem dúvida, mas é diferente pensar na Europa dos séculos 13 ao 18, com a cultura da culpabilização por meio da religião, as pestes, as guerras, a fome. Os contos de fadas de que estamos falando surgiram nesse contexto e em grande medida reforçavam esse medo para manter a obediência das pessoas. Em geral, culpavam as mulheres e as crianças (quando eram curiosas e desobedientes) pelos problemas.
O fato de ter sempre um final feliz não é positivo?
A mulher e a criança raramente têm um papel ativo no final feliz. Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela são salvas magicamente. Essa passividade das heroínas tem uma mensagem clara: quem é boazinha, submissa, vai ser salva por um príncipe.
Então não seriam histórias para as crianças de hoje?
As histórias estão aí, ninguém vai suprimir isso. Mas é importante que o adulto que conta a história discuta esses aspectos com as crianças. Outra coisa importante é pensar se são adequadas à idade. Criança muito pequena pode ficar apavorada e não vai entender uma explicação que as contextualize.
Há entre essas histórias as que podem ser benéficas?
Algumas têm uma mensagem claramente positiva. O "Patinho Feio", por exemplo, mostra alguém que é maltratado porque pertence a outro grupo, ajuda a entender o problema da discriminação.
Os contos podem ajudar a criança a elaborar os próprios medos, como perder a mãe ou ser abandonada?
Não há comprovação de que os contos tenham essa função e de que as crianças gostam deles por isso.
E por que continuam fazendo sucesso e atraindo tanto as crianças?
Eu não sei se eles atraem mais as crianças ou os pais. Sempre foram usados como um meio de levar à obediência: não discuta, é assim mesmo. A Chapeuzinho Vermelho é curiosa e desobediente, por isso se dá mal.
Em sua opinião, esses contos não cabem na cultural atual?
Tanto esses contos como muitos super-heróis modernos passam a ideia de um bem completo e um mal completo. Não acho que essa visão maniqueísta faça bem. De uma forma geral, havendo alternativa de uma coisa mais saudável e até mais "contracultural", acho melhor para a criança.
Seria o caso de um filme como "Shrek", em que os personagens típicos dos contos de fada aparecem em papéis invertidos em relação aos "bons" e aos "maus"?
Pode ser. O ogro sempre foi o mal e é apresentado de outra forma, como herói. Isso é uma forma interessante de abordar o assunto.
*Zenon Lotufo Jr. é psicoterapeuta.
sexta-feira, junho 25, 2010
Trilogia do Amor - parte III
O amor não é alguém que fala contigo de hora em hora. O nome disso é locutor da TeleSena. #oamoréoutracoisa
O amor não é algo q vai crescendo, crescendo, te absorvendo. O nome disso é Tampax. #oamoréoutracoisa
O amor não traça o seu destino. O nome disso é GPS. #oamoréoutracoisa
O amor não te leva a lugares inesperados. O nome disso é sequestro relâmpago. #oamor outracoisa
O amor não te enche de esperanças e perspectivas de sucesso. O nome disso é livro de auto-ajuda. #oamoréoutracoisa
O amor não faz tudo fluir melhor por dentro. O nome disso é Activia. #oamoréoutracoisa
O amor não te dá uma nova identidade. O nome disso é serviço de proteção à testemunha. #oamor é outra coisa
O amor não retribui suas declarações. O nome disso é restituição de imposto de renda. #oamoréoutracoisa
O amor não te deixa saltitante. O nome disso é Pogobol. #oamoréoutracoisa
O amor não te deixa radiante. O nome disso é acidente de Chernobyl. #oamoréoutracoisa
O amor não renova suas energias e cura seus males. O nome disso é Cogumelo do Sol. #oamoréoutracoisa
O amor não faz você dar suspiros. O nome disso é dia de Cosme e Damião. #oamoréoutracoisa
Amor não faz seu coração crescer. O nome disso é Doença de Chagas. #oamoréoutracoisa
O amor não é dividir tudo com o outro. O nome disso é comunismo. #oamoréoutracoisa
O amor não dá sentido ao que está diante de você. O nome disso é legenda. #oamoréoutracoisa
O amor não é o maior experimento da vida. O nome disso é ovelha Dolly. #oamoréoutracoisa
O amor não nos deixa mais bobos. O que faz isso é a revista Veja. #oamoréoutracoisa
O amor não é ferida que dói e não se sente. O nome disso é lepra. #oamoréoutracoisa
Mais em naoehamor.
quinta-feira, junho 24, 2010
Trilogia do Amor - parte II
Eu ando desacreditada do amor.
Não sei se ele existe.
Depois que você percebe que o amor é também uma doença, fica difícil manter a ideia de um amor capaz de salvar vidas, ou pelo qual valha a pena sacrificá-la. Ele soa mais como uma bela duma mentira em que as pessoas se agarram para ter em quem colocar a culpa por uma vida miserável ou a responsabilidade por uma vida minimamente feliz. Talvez seja mais fácil acreditar nele do que considerar que a vida realmente não tem sentido algum, que as coisas acontecem ao acaso e que a eterna repetição na qual ela se transforma nunca será interrompida pela chegada de alguém que provará que tudo valeu a pena, e tornará sua existência útil, ao menos por um segundo.
Talvez não haja mesmo nenhum motivo pra você estar vivo, simples assim. Talvez você esteja aqui por estar, e não há nada nem ninguém que fará disso algo legítimo. Nem nada nem ninguém reservado pra você, ou que você mereça, e a vida, meu amigo, seja assim mesmo, cruel.
Bom, como eu ia dizendo, ando amarga.
Ontem assisti Letters to Juliet, um filme romântico e previsível como todos os outros filmes românticos e previsíveis. Mas que possui uma aura completamente envolvente porque traz à tona algo que realmente existe: as tais cartas para Julieta.
Quando você imagina que milhares de pessoas vão a Verona todos os anos olhar um balcão de uma casa medieval onde um dia viveu uma tal de Julieta - que é uma personagem que nunca existiu de um cara chamado Shakespeare que muita gente diz que nunca existiu; quando você imagina que essas pessoas, sofrendo por amor, vão até lá escrever bilhetes e cartas e confessar amores por pessoas que provavelmente nem sabem que tais apaixonados existem; quando você imagina que existem voluntários que recolhem estas cartas diariamente e enviam respostas a quem as remeteu, com conselhos e versos e declarações e seja lá o que for que seja capaz de manter viva a ideia do amor pelo mundo - um amor que ninguém sabe o que é ou se de fato existe;
aí tudo soa tão poético, e a possibilidade de acreditar em algo simplesmente porque acreditar torna a vida mais fácil soa tão revolucionariamente artística, e o esforço dessas pessoas em manter uma lenda viva só para que as próximas gerações continuem a acreditar nela soa tão hercúleo, que fica mais fácil entender porque o mundo continua a insistir em algo que, no fim das contas, não se explica.
Que pode ser que seja isso.
Que o amor seja o pacto ficcional mais bonito que existe.
E que se eu estou sem vontade de contar alguma história pra mim mesma hoje, antes de dormir, seja uma outra questão.
Trilogia do Amor - parte I
e porque, no fundo, é sempre verdade.
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
(João Cabral de Melo Neto, in Os Três Mal-Amados)
domingo, junho 20, 2010
Algum tão forte quanto o meu.
Me falta alguém pra somar, dividir, multiplicar.
Não vejo mais graça em gente que não vê graça na vida.
Nem em gente que vê graça demais, onde não existe.
Todo o tempo que passei bancando a Frustradinha da Estrela, já não interessa.
Que eu já sei como é - já sei bem - acreditar que se tem um Pra Sempre quando na verdade sempre se teve um Nunca. E continuar acreditando no que não existe, sinceramente, já não interessa.
Muitas coisas já não interessam. Tem as que não entendo, as que ainda não conheço, mas mais do que tudo tem as que não interessam.
E bate a sensação de vazio, típico de gente que dá tudo de si o tempo todo, mais do que deveria, acredita demais, imagina demais, inspira demais, sonha demais. E que cansa das desculpas alheias. Dessas mentiras que você conta pra si mesmo pra fingir que ainda acredita em uma felicidade qualquer que não seja a alheia. Você inventa um mundo pra fingir que ainda é quem você um dia foi. Mas não é mais.
Eu também invento um mundo pra mim. E nesse mundo cabe cada vez menos gente. Já não tem espaço nem pra mim. Mas se eu tento fugir, soa o alarme e alguém sempre me traz de volta.
Pro mundo real.
Onde eu não vejo mais graça.
Qual a graça de um mundo em que ninguém mais se permite sonhar?
segunda-feira, junho 14, 2010
sei lá, mil coisas
sábado, junho 05, 2010
quinta-feira, maio 27, 2010
CONTEMPORÂNEO DE QUEM?
Selecionei um trecho, tem umas partes que eu nem concordo e o texto já é tipo gigantesco...
Bora lá.
Pra ir na expo, você precisa saber da vida inteira do cara, tem que aceitar toda aquela MERDA (porque é MERDA mesmo, gente, vamo para de tentar SALVAR esses caras porque não dá, não...).
Engraçado...
segunda-feira, maio 17, 2010
Não que isso seja uma coisa ruim - quer dizer, até pode ser, sei lá. Mas é que quando eu estou criando alguma coisa, eu preciso viver aquilo muito intensamente até aquilo criar vida própria.
Estou falando de me sentir em uma fase criativa ótima. Textos inteiros surgem na minha cabeça quando estou no ônibus, quando estou dirigindo, quando estou no banho, quando estou comendo, quando estou no cinema. Cenas inteiras. Projetos inteiros. Ideias inteiras. Estou inteira. E adorando as novas descobertas, as novas pessoas, as novas possibilidades. E principalmente descobrindo que o caminho é longo mas é prazeroso.
E que o importante é o caminho. Que não é chegar em algum lugar, mas é o próprio ir até o lugar.
Que o tal teatro não é uma prova de força, é uma prova de resistência. E a habilidade não tem muito a ver com isso, no fim das contas. É mais uma questão de ver quem aguenta até o final - que final?
Talvez seja isso, então, uma grande maratona em que sentir o vento na cara é mais importante que a linha de chegada.
OK, ninguém disse nada sobre os textos inteiros e prontos serem ou não piegas.
Aqui percebemos que sim, eram.
Mas dane-se, só escrevei isso pra justificar que se não escrevo aqui é porque estou ocupada demais escrevendo em outros lugares.
domingo, maio 02, 2010
About a girl
Já gostava do filme, e foi realmente impossível não imaginar o Will com a cara do Hugh Grant.
A história que o livro conta é muito mais profunda, e as resoluções para os personagens são mesmo mais acertadas, mas confesso que eu realmente senti falta do menino pagando o maior mico da vida e arruinando sua vida social cantando Killing me Softly no festival da escola.
Sabe, vocês não tem ideia de quanto esse menino sou eu.
Olha, vocês não tem ideia mesmo.
P.S. Nunca tinha me ligado que o Nick Hornby provavelmente fez uma referência ao Nirvana no título desse livro, porque no filme acho que o Kurt Cobain sequer é citado, ou seja, a adaptação pro filme foi BEM ruinzinha, se formos pensar. Mas eu adoro, anyway.
P.S. 2: Tentei publicar o vídeo aqui, mas não dá mais pra faezr isso. Fica o link:
http://www.youtube.com/watch?v=hKnUCxJvS7s&feature=related
quinta-feira, abril 29, 2010
sexta-feira, abril 16, 2010
Pequenos diálogos entre mãe e filha
- Ah, mãe, só mais cinco minutos, vai? Por favoooor.
- Larga esse livro, minha filha. Vai pra rua, andar de skate, aprender um pouco de hip hop...
- Quero fazer faculdade pra virar artista, mãe.
- Bom, depois quando não conseguir emprego nenhum como oficineira, não diga que eu não avisei...
- Laura, vai pra sua aula de datilografia AGORA!
- Eu não posso, eu vomitei.
- Toma um DRAMIM e não me enche o saco! E ensina pro teu irmão o que é Torrent, pelamordedeus!
- O Jasão não servia pra você, mãe. Você sabe, homem é tudo palhaço!
- Cala tua boca, menina! Te afogo!
- Mãe, como era mesmo o nome do papai?
- Luis Carlos Prestes, filha. Luis Carlos Prestes.
terça-feira, abril 13, 2010
Só por hoje
Vomitar faz bem, porque não?
Esse sempre foi um blog confessional e de repente, de uma hora pra outra, me deu vontade de transformá-lo num blog de ficção. Diz minha psicóloga que eu deveria escrever ficção, que seria uma boa maneira de encontrar uma finalidade útil pra tanta divagação e tanto pé no mundo da fantasia - porque me veio à cabeça a imagem de uma centopéia nesse momento?
Eu já percebi que tudo o que me resta é uma mente criativa, e como não tenho outra escolha tenho dedicado minhas horas a perceber o que é que dá pra fazer com ela. Então, é isso, fazer ficção de si mesmo. Escrever historinha e fingir que nada disso tá acontecendo com você. Bom, melhor do que escrever historinha pra fingir que TÁ, não é?
Aí penso que quero ir embora, fugir, que quero sumir do mundo e voltar só no dia em que eu já tiver encontrado um jeito de ser feliz, e depois penso que mundo é esse do qual eu tô tentando ir embora, se eu não vivo no mundo há tanto tempo - que porra é ir embora do mundo na minha concepção, é ir ainda mais pra dentro de si?
Falando em concepção, preciso mudar de pílula. A minha já não tá segurando a TPM.
Ah, tá. Um dia de tristeza profunda por mês. Explicado.
segunda-feira, abril 12, 2010
Eu vi
e achei lindo pra caralho.
Veria qualquer uma das duas de novo.
Tô dando sorte com a programação teatral da cidade ou meu senso crítico tá meio esquisito?
terça-feira, março 30, 2010
História sem fim
É meio maluca essa história de celebrar uma separação, celebrar um fim. O ser humano não sabe lidar com as mortes, e estou falando das pequenas mortes do cotidiano. Quando morre a peça que você tava ensaiando, quando morre o emprego, quando morre aquela viagem, quando morre a chance de ficar com aquele cara, quando morre o dinheiro que tava na sua carteira, quando morre 10 reais pra pagar o estacionamento que você achou que era conveniado com o restaurante.
Na infância, sempre contaram pra nós histórias com começo e meio. Histórias sem fim.
Mas a verdade é que tudo começa muito antes e termina muito depois.
Terminar um ciclo. Avaliar o que ficou mas seguir em frente sabendo que seu coração não está mais ali. É preciso ter certeza de onde está seu coração, e isso é algo tão maduro que este texto, esta foto e esta peça não deveriam ser mencionados neste blog.
Muito o que dizer ainda sobre este espetáculo que eu quero ver de novo - cara, pra eu querer ver um espetáculo duas vezes, acredite, é bom...
Assunto pra outros posts.
quinta-feira, março 25, 2010
Gostou especialmente da palavra NÃO,
se apaixonou pelo EU
virou fã de vez do FODA-SE.
Trocou alguns pontos de interrogação por pontos finais,
alguns pontos finais por vírgulas,
e as exclamações por reticências.
E quando chegou ao fim da página, virou e começou a escrever tudo de novo.
domingo, março 21, 2010
domingo, março 14, 2010
Mentira. Nasci, sim.
Mas preferia não ter nascido.
Preferia mesmo era saber organizar minhas gavetas por cores, saber a diferença entre aquela blusa curinga incrível que todos os estilistas recomendam e aquelas peças cafonas que deveriam mesmo ir pra algum bazar de caridade, ao invés de continuar a encher os armários de sabonetinhos e sair pela rua toda amassada e cheirosa, fingindo que está tudo bem.
quarta-feira, março 10, 2010
Diz que vi por aí
domingo, março 07, 2010
Cursed
Uma espécie de Toque de Midas às avessas, ninguém sabe muito bem de onde surgiu ou quando começou, só o que se sabe é que, invariavelmente, tudo que ela sonhava -dormindo ou acordada- não virava realidade nunca.
Era como tentar riscar de novo um fósforo que já tinha sido riscado.
E quando ela, menina sonhadora que era, percebeu, apelou logo pra técnicas orientais de meditação e em concentrar só pensamentos negativos. Uma síndrome do pânico, pensou, uma depressão, quem sabe, até que cairiam bem.
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Cafe Muller World on Facebook
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
A gente fica louco pra entrar em cartaz, entra e fica louco pra sair, sai louco pra voltar.
E agora que eu tô na vibe de me atualizar com a cena teatral paulistana, vai lá:
sábado, fevereiro 20, 2010
Mentira. Nasci, sim.
Mas preferia não ter nascido.
Preferia mesmo era saber organizar minhas gavetas por cores, saber a diferença entre aquela blusa curinga incrível que todos os estilistas recomendam e aquelas peças cafonas que deveriam mesmo ir pra algum bazar de caridade, ao invés de continuar a encher os armários de sabonetinhos e sair pela rua toda amassada e cheirosa, fingindo que está tudo bem.
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
olha...
Ou, no mínimo, vão me fazer desistir dele.
terça-feira, fevereiro 02, 2010
O céu de hoje
Dia ótimo para o trabalho - trabalho? quem aqui tá trabalhando?
No amor, dê mais atenção pra seu companheiro - que companheiro?
Nas finanças, dia ideal para pôr em prática seus antigos projetos - mas que merda de projeto é esse que eu não tô sabendo?
Ou minha vida é uma merda ou ela simplesmente não se encaixa nos padrões astrais.
terça-feira, janeiro 26, 2010
domingo, janeiro 24, 2010
Na ponta do lápis
E eu deixei.
Que eu sempre fui assim mesmo, mulher de me jogar fora.
Tão simples e tão estúpido.
Como eu li por aí: se eu me comprasse pelo preço que eu acho que eu valho, e me vendesse pelo preço que eu valho de verdade, teria lucro ou prejuízo?
A conferir.
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Onde vivem os monstros
Mas é fofo, de todo jeito.
E a trilha sonora, mais ainda.
E eu sou o bode, lembre disso se você assistir.
segunda-feira, janeiro 18, 2010
The Catcher in the Rye
Segundo, eu gosto daqueles diálogos cotidianos, simples, aquelas duas ou três palavras que dois personagens trocam, e parece que ninguém tá falando nada, mas na verdade estão falando tudo.
Terceiro, eu adoro digressão. Eu invento uma história pra minha vida o tempo inteiro, porque eu não iria gostar de gente que inventa histórias em que as personagens inventam histórias pra si mesmas o tempo todo?
Então, é claro que eu gostei desse livro. Eu deveria ter lido quando eu tinha 17 anos. Eu teria me identificado mais. Talvez tivesse matado alguém na escola também, mas isso não vem ao caso. Mas, enfim, agora é tarde, e eu já estou nessa idade maldita em que a gente aprender a tolerar, a suportar, a relevar, a deixar de se preocupar tanto com a vida dos outros e a opinião alheia. Maturidade, meus amigos. That kills me.
Ah!, e esse negócio de ler em inglês é bom pra cabeça e pro bolso. Recomendo.
Ah 2!, todo começo de ano eu prometo que vou ler mais e acabo desistindo. Nem vou falar nada dessa vez.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
Só pra dizer
que insistir em ser feliz é uma coisa que cansa ainda mais.
que pegar metrô não é tão ruim desde que a estação não seja longe de onde você quer ir e você tenha seu MP3 em mãos.
que o CCSP é o lugar mais gostoso pra sentar e ler um livro.
que sempre que você perde dois quilos, você inventa de perder outros dois, e assim é a vida.
que esperar é uma coisa que eu não tô mais a fim de fazer.
que o ano mal começa e a vida já começa a mostrar que tem planos melhores que os seus.
que, alheio a tudo isso, amanhã tem reestreia.
E lembrando que reestreia não tem mais acento.
sexta-feira, janeiro 08, 2010
Because I had loved so long,
God in His great compassion
Gave me the gift of song.
Because I have loved so vainly,
And sung with such faltering breath,
The Master in infinite mercy
Offers the boon of Death.
Isto é Paul Lawrence Dunbar.
Agora, vamos ouvir na voz de Nina Simone.
Pronto. Podemos todos morrer, agora.