Sabe aquele "teste roschard"? Aquele teste de psiquiatra que mostra uma mancha, um borrão no papel, e tudo que é maluco já pensa em sexo ou morcego? Então, tem a ver. É o seguinte: você pega qualquer história: de amor, no trabalho, o que quiser. Aí você vai afastando essa história, vai botando longe, lá longe, como se fosse uma cadeia de montanhas, lá.... lá no horizonte. Tem uma distância que você coloca as coisas, todas as coisas, qualquer coisa, que elas ficam pequenininhas, só o essencial, como uma sombra, um vulto... e que é de sim ou de não. Tá acompanhando? É simples: tudo em última análise é um sim ou um não. É boa coisa ou é ruim pra você. Isso serve pra tudo. Por exemplo: pensa na tua mulher. Pensou? Agora joga a tua mulher lá longe... cadeia de montanhas lá no horizonte... muito bem. Tá lá? No limite? A última forma? Vê o vulto? O vultinho pequeniniiiiiiinho? É sim ou não? Hein? Sim ou não, rapaz! Sacou!? Pensa no teu trabalho... Jogou o trabalho lá longe! Cadeia de montanhas lá no horizonte... Tá vendo o trabalhinho pequenininho? Sim ou não? Sim-ou-não! Pensa rapaz, pensa. Tudo nessa vida é assim. De tudo pode restar apenas o não ou o sim. O mundo é nosso! Pode olhar. Vai... joga o mundo lá longe pra ver!
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Notar que a vida tá crescidinha
já pode alçar seus próprios vôos
não precisa mais de você.
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(os dois do Michel Melamed)