quarta-feira, agosto 24, 2011

O corpo pede pra comer, o corpo pede pra cagar, o corpo pede pra trepar, o corpo pede pra chorar, o corpo pede pra ficar doente e é simples assim.
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Você vai lá e programa direitinho a lista de reprodução da sua vida, mas Deus insiste em só te escutar no Shuffle.
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Dói, sim.
Não vou negar.
Dói.
Quem sabe, um dia, passa.
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Como uma criança que só cai no choro quando sabe que tem alguém olhando
Chorava na frente do espelho
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- Eu compartilho da sua dor.
- É. Mas ela não dói em você. *
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E justamente por ser assim tão só, podia chorar tão alto quanto quisesse, que não havia ninguém por perto pra ser incomodado.
Essa liberdade toda a deixava feliz.
Pronto. Era só balancear as duas coisas e não choraria nunca mais.
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Destino é o nome que a gente inventou pra quando as coisas dão assustadoramente certo.
Quando elas dão assustadoramente errado, mudamos o nome pra karma.
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No fundo, no fundo, ela sabia que não tinha motivo nenhum pra continuar tocando sua vida como estava. Mas também não tinha motivo nenhum pra mudar. A isso ela deu o nome de inércia.
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Eu tenho planos de fazer um mestrado sobre a Inércia no Trabalho do Ator. Gente inquieta do caralho.
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Bebeu seus longos goles de melancolia e ao fim da noite, não resistindo, pôs tudo pra fora.
No dia seguinte, ainda bêbada de si mesma, pôs-se a escrever textos sem sentido.
Talvez, mais sóbria, não teria dito tudo o que disse.
Talvez, mais lúcida, nunca teria tido nada a dizer.
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A resposta da maioria das questões existenciais é não.
CER-TE-ZA.
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O corpo pede pra dormir. Eu atendo.

* E o único trecho realmente interessante desse post não é meu, é do Chico Buarque e do Paulo Pontes em Gota D´Água. O nome disso é fracasso.

quinta-feira, agosto 04, 2011

Indo para um compromisso, você está dentro de um ônibus que está parado em um congestionamento. Faltam cinco minutos pra você estar oficialmente atrasado, e do lugar onde está até o seu destino, com trânsito livre, você demoraria no mínimo vinte. Talvez esse não seja mesmo o melhor horário pra essa viagem. Mas o compromisso está marcado, e embora você ainda possa desistir - a gente sempre pode desistir, se quiser - essa não é a melhor opção. Você teria que ir outro dia, outra hora, enfim, o ônibus não se mexe, tá apertado, e você começa a se sentir aflito. Passa pela sua cabeça sair do ônibus e ir a pé, mas porra, é muito longe, é muito trampo, e agora que eu já tô aqui e já paguei a passagem o melhor é aguentar firme até o final e ver o que é que dá. Você questiona porque resolveu pegar o ônibus, porque não foi de táxi, porque não foi de carro, e amaldiçoa todos os que não te ofereceram uma carona. Olha pra os outros passageiros e tem raiva deles porque, apesar de estarem na mesma merda que você, pelo menos estão sentados, ou lembraram de trazer um livro, um iPod, ou tem um tênis incrível que parece super confortável enquanto o seu All Star tá apertando. Amaldiçoa a SPTRANS e a Prefeitura, amaldiçoa ter um dia escolhido morar nessa cidade, amaldiçoa o compromisso e você mesmo por ter aceitado. De vez em quando você até torce e pensa que, tudo bem, até que não estou atrasado assim, aposto que todos vão atrasar, eu dou um desculpa, dou um jeito, vai ficar tudo bem. Mas a aflição não passa. Você olha no relógio, o desespero é grande, o tempo corre e você está muito, muito longe de chegar onde quer.
É mais ou menos essa a sensação quando se chega ao tal retorno de Saturno...

quarta-feira, agosto 03, 2011

28 anos e ainda a mesma menina que topa virar a noite fazendo o trabalho em que vai colocar o nome de todo mundo só pra não perder os poucos amigos que tem.