quarta-feira, outubro 10, 2012

Dia das Crianças

Tem A MENINA LIA na Galeria Olido, e de graça!
Nesta sexta, sábado e domingo as 16h.
Ingressos distribuídos uma hora antes do espetáculo.


Sala Olido - Av. São João, 473, Centro (ao lado da Galeria do Rock)

Esperamos vocês lá!!!

sábado, setembro 22, 2012

O negócio é postar foto com tratamento bonito no instagram, é fazer propaganda de si mesmo frequentando lugar caro no foursquare, é mostrar o quanto é feliz no twitter, é mostrar que tem amigos no facebook.
Internet hoje em dia é lugar de gente descolada. 
Eu gostava mesmo era da época dos blogs.  Aquele lugar em que a gente podia sofrer, podia chorar as pitangas, podia falar dos nossos fracassos - o lugar dos excluídos, dos que não sabiam se expressar, dos que não tinham outro jeito de botar pra fora...
Blog era lugar de mostrar o que deu errado.
De vez em quando, a gente até encontrava algum legal pra seguir, com textos inteligentes, com boas poesias.
Pode parecer babaquice, mas sinto como se um dos poucos espaços intelectuais da internet estivessem sendo abandonados. 
Saudades dos meus tempos de nerd - quando ser nerd era uma merda.
Não me conformo.
Não vou me conformar.

segunda-feira, setembro 17, 2012

Ah, como eu queria -

- o dom de viajar algumas semanas, meses, anos - pra frente - ver como tudo se resolveu e depois voltar - tranquilona - e rir dessa ansiedade toda e dessa preocupação que eu ainda não sei que não valeu de nada -  como hoje eu rio das coisas que há dois ou três anos me pareciam tão impossíveis - e são tão ridiculamente fáceis - e começar a encher a minha cabeça com novas preocupações - que é claro serão sempre variações dessa mesma - a de hoje - que é a de ontem - mas de roupa nova - de maquiagem - pra esconder as rugas desse problema mais que velho - mas que eu - ao que parece - nunca vou deixar de carregar. 

terça-feira, setembro 04, 2012

Possíveis mudanças no script

Dona Leonino - E avise seus aluninhos que amanhã é dia de teste semanal. Eu mesma terei que dar a aula, já que a professora é uma incompetente, não é mesmo? Agora, suma da minha sala!
Mel - A professora saiu da sala sentindo-se deprimida, mas não derrotada. Tudo que passava pela cabeça dela era:



segunda-feira, setembro 03, 2012

Volta ao Lar

Eu não me canso de entrar em cartaz no Cacilda Becker! 
Esse mês estamos de volta com A Menina Lia. 
Passem lá.

sábado, agosto 18, 2012

Pra mim, um sábado sem trabalhar já significa férias quase inteiras.
A antes impensável alegria de tirar a roupa do varal e dobrar com calma, esticar a colcha em cima da cama e organizar as gavetas e documentos.  
Se é que vai dar tempo de fazer tudo isso...

segunda-feira, julho 30, 2012

Festa JuLina em SaRto







sexta-feira, julho 20, 2012

Começar de novo

E de novo.
E de novo.
Nunca parar de começar.
Nunca parar de acreditar que dessa vez vai dar certo.
É isso. 

(Pra que comprar livro de autoajuda se você pode simplesmente acessar esse blog?)
(E se criássemos um sistema para você poder ler posts aleatoriamente, no melhor estilo o-post-que-cair-pra-mim-hoje-vai-dizer-algo-sobre-o-meu-dia?)
(E se eu mudasse o título do blog pra Biscoitinho Chinês?)
(Isso aumentaria o número de visitantes?)
(O que a numerologia diz sobre publicações nesse dia, nesse horário, com esse número de caracteres?)
(E se eu finalizasse o post com uma música do Guilherme Arantes?)
(Melhor não.)

sexta-feira, julho 06, 2012

Maturidade não é aprender a resolver problemas.
Problema a princípio é sempre sem solução - se assim não fosse, o nome não seria problema. 
Maturidade é perceber que você já passou por tanta merda na vida que já tem referências suficientes pra dizer: se abril de 2011 parecia o fim do mundo e eu sobrevivi; se em maio de 2009 a cagada era bem maior e mesmo assim eu me virei; se novembro de 2000 parecia não chegar ao fim nunca, e hoje já parece que faz tanto tempo; se eu saí dessas, eu encaro qualquer coisa.
Isto dito: Foda-se! 

quarta-feira, julho 04, 2012

Tragédia muito mais que anunciada, ela me disse. Sinceramente não sei porquê você ainda se incomoda.
Eu me incomodo porque dói, rebati. Saber antes ou alguém me avisar de alguma coisa não me tira o direito de sofrer por essa mesma coisa quando ela acontece.
Fingir que não sabe alimenta seu sofrimento.
Eu não fingi que não sabia.
Claro que não. Você de fato acreditou. O que é ainda pior. 


quinta-feira, junho 28, 2012

Eu não publicaria isso se não tivesse certeza absoluta de que você não vai ver - ou, mais ainda, não vai entender. Ninguém vai entender de que porra eu estou falando.
Mas, fora a minha insistência em acreditar nas pessoas, não haveria, mesmo, nenhum motivo para que isso não fosse publicado.
E como eu cansei de seguir acreditando em historinhas que eu mesma criei, segue a realidade.
E você não vai entender, mas foda-se.
Eu também não entendo o que foi que deu tão errado entre a gente.  


segunda-feira, junho 18, 2012

Triste isso.
Bem triste.

http://machismomata.wordpress.com/

quinta-feira, maio 24, 2012

A MENINA LIA


Segunda peça da Cia do Fubá e a primeira minha como diretora. 
Vamoquevamo. 


sexta-feira, abril 27, 2012

Eu não sei.

Eu me reservo o direito de não saber.
Não saber, vez ou outra, é a coisa mais nobre que se pode fazer. 

segunda-feira, março 26, 2012

29

... parecia tão distante, e olha aí, chegou.
É assim que a vida é.
Até que não é uma vida má.
Sem mais.

terça-feira, março 13, 2012

"E eu sempre inventei verdades, meu caro senhor! E as pessoas sempre acharam que eu dizia mentiras. Jamais falamos tanto a verdade, como quando a inventamos."
Pirandello

segunda-feira, março 12, 2012

E sentada na plateia observando os atores trabalharem, de longe, as ideias pulam dentro da cabeça com velocidade tal que é preciso anotar antes que elas sumam para sempre. Pra depois organizá-las em filas, onde permanecerão ansiosas - mas não tanto quanto eu - esperando pela glória de serem colocadas em prática.
Ah, se todas fossem reveladas agora! Talvez alguém pudesse ter ideia do que se passa aqui - desse misto de medo, empolgação, lógica e intuição que boiam dentro do estômago desde que decidi que o palco, só, não servia mais pra mim.
Eu queria a cadeira da primeira fileira, no escuro, pra anotar meus comentários com garranchos que só eu entendo.
Queria estar no meio da plateia após o espetáculo, anônima, e ouvir os comentários de quem nem imagina que eu possa ter algo a ver com tudo aquilo.
Queria o nervoso da noite de estreia, amplificado pela consciência de que depois do terceiro sinal não há absolutamente nada que você possa fazer.
Paradoxalmente, eu queria estar um pouco de fora da brincadeira. Pra poder ser dona de tudo aquilo. Ainda que eu sinta o frio do ar condicionado na plateia vazia, e pense que pra eles que estão mexendo o corpo todo, a temperatura deve estar boa - mas pra quem trabalha só o cérebro e a mão direita que desliza sobre o papel...
Anotações eu faço a lápis - eu que sempre carrego Bic 4 cores na mochila, eu que uso cada cor representando um assunto, eu que defino, eu que organizo, de repente - quem diria! - preferindo a lapiseira - pressupondo e esperando pelo próximo erro - e pelo outro - e mais um - e o outro - e mais um - e mais um - outro - um - outro...

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Dermatologista ontem.
Joguei um: "Estou pra completar 29 anos. Já devo começar um tratamento anti-sinais?"
Esperei um "Imagina, você ainda é jovem e sua pele está ótima".
Ouvi um "Vou te deixar umas amostras grátis".
Um creme pra manhã e um pra noite.
Próximo passo: usar maiô.

Ex:

Não são poucas as pessoas que fazem parte da minha lista de já invejados. Cujas vidas eu fucei nas redes sociais só pra ter certeza de que eram mais felizes do que eu.
Não são poucas, mesmo.
E de todas guardo certa mágoa, e uma filosofia barata de boteco em que acredito fielmente - embora não faça o menor sentido - me obriga a entender que a felicidade delas será sempre a minha infelicidade.
Podemos chamar esse sentimento de rancor de ex - facilitará, talvez, o entendimento.
E então passo os meus dias tecendo planos de sucesso que não visam a minha felicidade - não, senhores, não é com isso que estou preocupada, estou preocupada em provar pra eles que no fim das contas, vejam bem, eu venci.
E não tente defendê-los dizendo que nunca me fizeram nada - eles fizeram - me ofenderam - desfilaram sua felicidade - provavelmente uma felicidade fingida - sim, mas e daí?
A gente pode perdoar qualquer coisa, só não pode perdoar a felicidade alheia.
E não pode ser feliz se não tiver alguém pra esfregar na cara.
Vai ver é isso que o poeta disse quando disse que "é impossível ser feliz sozinho"...

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Parece que enfim chegou o momento em que fazer teatro se tornou um prazer pra mim.Oi? Antes não era?
Não, não era. Antes era um vício, quase um desespero. Me dava uma alegria imensa - e muito mais quando acabava. O nervosismo, o medo, a vergonha, sei lá que outros fatores faziam do estar em cena um desespero. Desespero agradável, mas ainda assim, um desespero.
Agora o estar em cena é mais confortável. Não tanto que dê preguiça de fazer, claro - mas eu já consigo respirar, olhar, escutar, sem me sentir como se estivesse na rua, escura, de madrugada, uma maleta com cem mil doláres nas mãos.
Engraçado pensar que essa sensação vem depois de muito trabalho - especialmente depois de muito trabalho ruim. Depois da fazer coisas que eu não gostava de fazer. Porque o mundo não vai acabar ali, em cima do palco, nem será essa a última vez que você vai subir nele. Não tem por quê essa sensação de vamos-aproveitar-esse-momento-como-se-fosse-o-último-porque-pode-ser-que-seja-o-último-mesmo.
Não será, amigos. Não será. Cada vez mais essa certeza: não será.
Cada vez mais vontade de comemorar cada momento feliz que eu passo em cima do palco.
Passem lá no Cacilda Becker pra ver se é só da boca pra fora tudo isso. Vai saber...


domingo, fevereiro 05, 2012

Abro a janela, ensaio escrever alguma coisa, fecho a janela.
Fico pensando quantos textos bons poderiam ter se tornado realidade pelos meus dedos, mas não - meus dedos estavam ocupados demais - meu cérebro é relapso demais pra guardar os textos sozinho - e ele também não anda lá muito sossegado.
Declarei aberta a temporada de organização - gavetas, documentos, prateleiras, roupas pra doar, papéis pro lixo, embalagens vazias, remédios vencidos. Não vai acabar nunca. Vou renovar as doenças também, as preocupações, as turmas da escola, o plano da academia, o contrato do seguro e as inseguranças.
Contrata pintor, escolhe cor de tinta, faz orçamento de armário pra cozinha, procura estacionamento 24 horas com plano mensal, tira móvel do lugar - não sobra tempo pra admitir que, no fundo, estou morrendo de medo. Mas não tem problema - o medo sempre esteve comigo, e isso nunca quis dizer nada. A expectativa está comigo também, e acreditem: ela é das melhores.
Abro a janela - a do apartamento - o outro - já sem cortinas - novos ares entram.
Que entrem e fiquem à vontade.



segunda-feira, janeiro 30, 2012

... aqueles momentos da vida em que você tem certeza absoluta que está completamente vazio e que esse vazio nunca vai ser preenchido...


sexta-feira, janeiro 27, 2012

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos

terça-feira, janeiro 17, 2012

Férias

Em clima de total preguiça. Acordo tarde, faço hora na internet, olha a chuva da tarde pela janela, vou à academia, leio alguma coisa, como, e a vida não é muito mais que isso.
A vida está maravilhosa demais para gerar qualquer tipo de crise séria - tô quase pensando em virar dona-de-casa.
Acho que não é uma boa época pra se escrever um post.